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ANÁLISE DAS RELACÕES ENTRE ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO E MANUFATURA ENXUTA: ESTUDO EXPLORATÓRIO EM EMPRESAS AUTOMOTIVAS

Por:   •  14/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  1.231 Palavras (5 Páginas)  •  342 Visualizações

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ANÁLISE DAS RELACÕES ENTRE ESTRATÉGIA DE PRODUÇÃO E MANUFATURA ENXUTA: ESTUDO EXPLORATÓRIO EM EMPRESAS AUTOMOTIVAS

2016

O elemento chave do sucesso das organizações é o alinhamento de suas estratégias e táticas. Tais elementos são norteados por dois aspectos principais: o que precisa ser feito para satisfazer aos clientes e o que precisa ser feito para sobreviver e prosperara como negócio (Womack, 2006).

A estratégia de produção é um conjunto de metas, políticas e restrições auto impostas que descrevem como a organização planeja, dirige e desenvolve todos os recursos investidos na função produção para melhor cumprir sua função que é a de satisfazer plenamente o cliente. Hayes (2008) define a estratégia da produção em três diferentes níveis: corporativa, de negócio e funcional. O primeiro define os mercados nos quais a corporação quer se inserir; o segundo está associado a cada unidade, divisão ou linha de produtos na qual especifica o escopo do negócio; o último nível define como cada área funcional irá contribuir para a estratégia de negócio.

As áreas de decisões da estratégia de produção são divididas em estruturais e infra-estruturais. A primeira é referente a investimentos de longo prazo e segunda descreve os sistemas, políticas e práticas que determinam como os aspectos estruturais da organização são gerenciados (Hayes e Wheelwright, 1984).

Muitos autores reconhecem quatro prioridades competitivas: qualidade, rapidez, flexibilidade e custos. Hill (1993) classifica as prioridades em dois critérios de desempenho: critérios ganhadores de pedido (leva o cliente a dar preferência ao seu produto ou serviço); critérios qualificadores (mínimo de desempenho que o critério deve ter para que a empresa seja considerada pelo cliente).

Skinner (1969) e Hayes (2008) diferem suas opiniões em um ponto importante. O primeiro defende que para obter o sucesso, a empresa deve escolher apenas uma prioridade, em detrimento das outras. O segundo afirma que a empresa pode obter desempenho superior em várias prioridades competitivas, já que uma reforça a outra, ao invés de funcionarem como trade-offs. Para se atingir prioridades competitivas, deve-se haver um padrão de ações dentro das áreas de decisão.

O artigo em questão fala sobre um ponto bastante importante em uma corporação, a Manufatura Enxuta e utiliza o exemplo do Sistema Toyota de Produção (STP). A base desse sistema é a absoluta eliminação de desperdícios, sendo eles, desperdícios de superprodução, espera, transporte, processamento, inventário e fabricação de peças e produtos defeituosos.

Esse sistema é direcionado por dois princípios: o Just in Time, que significa produzir somente o necessário, na quantidade necessária e no momento necessário. O segundo é a autonomação, que exige que o sistema pare de produzir quando um problema gerador de desperdício for identificado. Para Womack e Jones (1996), a Manufatura Enxuta envolve um conjunto de princípios e técnicas. Os princípios são: 1- especificar valor sob a ótica do cliente final por família de produtos; 2 - identificar todas as etapas no fluxo de valor para cada família de produtos, eliminando, sempre que possível, as etapas que não criam valor; 3 - fazer as etapas que criam valor em uma sequência contínua de modo que o produto flua suavemente; 4 - conforme o fluxo é iniciado, deixar que os clientes puxem o valor da próxima atividade fluxo acima; 5 - quando o valor tiver sido especificado, os fluxos de valor estiverem identificados, as etapas que causam desperdício tiverem sido removidas e o fluxo e a puxada tiverem sido introduzidos, começar o processo novamente, até que um estado de perfeição seja atingido, estado este em que valor perfeito é criado sem que haja desperdício algum.

CUA et al (2001) examinaram a relação entre o alcance das prioridades competitivas em 3 conjuntos de práticas de ME: Gestão da Qualidade Total (TQM), Just-In-Time (JIT) e Manutenção Produtiva Total (TPM). Juntas, as práticas de TQM, JIT e TPM compreendem um consistente conjunto para a melhoria da performance operacional. De forma geral, os benefícios mais citados relacionados às práticas da ME são a melhoria da produtividade do trabalho e da qualidade, juntamente com a redução do lead time do cliente, tempo de ciclo e custos de produção (SCHONBERGER, 1992; WHITE et al, 1999 apud SHAH e WARD, 2003).

O artigo é finalizado apresentando dois estudos de caso. Eles foram realizados em duas fábricas multinacionais de autopeças de grande porte.

A fábrica “A” tem como seus principais produtos transmissões mecânicas para veículos de passageiros, picapes, caminhões leves, médio e pesados, e kits (engrenagens, eixos e lucas sincronizadores).

A fábrica “B” tem como seus principais produtos são transmissões como eixos cardans, eixos diferenciais, produtos de chassis, produtos para motores (sistemas de vedação e gerenciamento térmico).

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