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Consequências do Estado Nutricional na forca muscular respiratória de idosos hospitalizados

Por:   •  27/5/2018  •  Resenha  •  1.046 Palavras (5 Páginas)  •  344 Visualizações

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  1. INTRODUÇÃO

Em 1901, temos a primeira referência sobre a fisioterapia respiratória, ela surge com o objetivo principal de remover secreções nas vias aéreas, reduzindo a obstrução brônquica, facilitando a troca gasosa e reduzindo o trabalho respiratório. Com o passar dos anos, esta ciência foi evoluindo e atualmente é cada vez mais requisitada e utilizada na prevenção e tratamento de complicações pré e pós-operatória.

A fisioterapia respiratória é reconhecida mundialmente como uma especialidade indispensável e possui um grupo de interesse dentro da confederação mundial de fisioterapia (WCTP), reconhecido em 2011 na Confederação Internacional de Fisioterapeutas Cardiorrespiratórios (International Confederation of Cardiorespiratory Phisical Therapists ou ICCrPT).

O fisioterapeuta cardiorrespiratório proporciona serviços a indivíduos e as populações em prol do longo ciclo da vida e seus objetivos são: reduzir sintomas, melhorar a funcionalidade, melhorar ou manter o nível de atividades físicas, treinar e capacitar os doentes para a adoção de comportamentos saudáveis e etc. Sua área de atuação é extensa e abrangente, podendo atuar em hospitais (UTI, enfermaria e emergência), Clínicas, Centros de Reabilitação e atendimento domiciliar.

Além do CREFITO e do COFFITO que são os conselhos responsáveis tanto regionais quanto federal da fisioterapia em todo o Brasil, a fisioterapia respiratória também possui sua própria Associação no país desde a década de 80, que é a Associação Brasileira de Fisioterapia Cardiorrespiratória e Fisioterapia em Terapia Intensiva (ASSOBRAFIR), onde representa a fisioterapia respiratória, cardiovascular e em Terapia Intensiva, buscando promover a excelência profissional e defender a qualidade da assistência à saúde.

As diversas condições clínicas da fisioterapia respiratória consistem em: pneumonias, bronquites, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), tuberculose, câncer do pulmão, doença vascular, hipertensão, entre outros. Sempre respeitando o principio de tratamento estabelecido na base patológica e na avaliação subjetiva e objetiva efetuada pelo profissional fisioterapeuta.

Com tudo isso ao seu dispor, o fisioterapeuta cardiorrespiratório também pode oferecer seu conhecimento para ensino, usar de sua competência para compor Programas de Reabilitação e oferecer ao paciente qualidade de vida e bem-estar, com profissionalismo e dedicação.


  1. CONSEQUÊNCIAS DO ESTADO NUTRICIONAL NA FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA DE IDOSOS HOSPITALIZADOS ASSISTIDOS PELA FISIOTERAPIA

Entre fevereiro e agosto de 2008 no Hospital Santa Casa de Londrina (HSCL), foi realizado um estudo entre idosos de ambos os sexos, com idade igual ou superior de 60 anos e internados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), onde buscava avaliar o estado nutricional destes pacientes. O estado nutricional é uma característica individual ou popular onde reflete as necessidades fisiológicas por nutrientes e se estão sendo alcançadas para manter as funções adequadas do organismo, pois suas alterações contribuem no aumento da morbimortalidade e a uma série de complicações graves.

Para avaliar os efeitos do estado nutricional na força muscular respiratória desses idosos, 30 indivíduos foram divididos em dois grupos, o grupo 1 (G1) – pacientes com solicitação médica para assistência de fisioterapia e grupo 2 (G2) – pacientes que não possuíam solicitação médica para acompanhamento fisioterapêutico. Na avaliação de estado nutricional são necessários alguns procedimentos como: exame físico, história clinica, antropometria e exames laboratoriais. Neste estudo foram feitas avaliações de variáveis nutricionais como Índice de Massa Corpórea (IMC), peso, altura e avaliação da Força Muscular Respiratória (FMR) declarada pela Pressão Inspiratória Máxima (PImáx) e Pressão Expiratória Máxima (PEmáx) que foram medidos por um manovacuômetro analógico.

Dentro de ambos os grupos foram identificados diversos diagnósticos como a Insuficiência Cardíaca Congestiva (ICC) e a Broncopneumonia (BCP), além da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e Acidente Vascular Encefálico (AVE). Após as avaliações de estado nutricional de todos os indivíduos, foi identificado o sobrepeso como fator predominante em ambos os grupos, inclusive no G1, enquanto no G2 a maioria foi classificada como eutróficos. Quanto à avaliação final da pressão inspiratória máxima do grupo G1 ficou em 58% enquanto o G2 em 62%, na pressão expiratória máxima, grupo G1 ficou com 79%, enquanto o G2 com 94%. Sendo assim, o grupo G2 possui valores maiores referentes à sua força muscular respiratória.

É necessário ressaltar a importância da fisioterapia cardiorrespiratória neste ponto, pois ela contribui na prevenção e tratamento de complicações, assim como a aceleração da alta e a redução de custos da saúde, pois com o passar dos anos a fisioterapia só tem evoluído e avançado tecnicamente com seu conhecimento, onde pode atuar de modo positivo no prognóstico e sequelas de pacientes hospitalizados.

O fator de sobrepeso, principalmente no grupo G1, só reforça o quanto a taxa de obesos e sobrepesos tem aumentado mesmo com a redução da taxa de desnutrição. A escassez de uma boa alimentação e o sedentarismo só tem contribuído para uma população mais doente com o passar dos anos. Tanto que as causas mais frequentes de internações hospitalares são relacionadas às patologias dos aparelhos cardiovasculares e respiratórios.

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