Fichamento - Economia do Petróleo
Por: Leonardo Avila • 6/2/2020 • Resenha • 1.484 Palavras (6 Páginas) • 517 Visualizações
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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM GESTÃO DE ENERGIAS RENOVÁVEIS
Fichamento de Estudo de Caso
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Trabalho da disciplina Matriz
energética e economia do
petróleo (NPG1351/2940055),
Tutor: Prof. xxxxxxxxxxxxxx
Salvador - Ba
2018
Estudo de Caso :
MATRIZ ENERGÉTICA E ECONOMIA DO PETRÓLEO
PADRÕES COMO FERRAMENTA ESTRATÉGICA
NA IMPLEMENTAÇÃO DE POLITICA ECONÔNICA
DESENVOLVIMENTO DA INDUSTRIA DE
ABASTECIMENTO DE PETRÓLEO DE CINGAPURA
REFERÊNCIA:
GEOK, Wee Beng CHONG, Yvonne. Padrões como ferramenta estratégica na implementação de política econômica - desenvolvimento da indústria de abastecimento de petróleo de Cingapura. Asian Business Case Center, 2013.
O texto aborda a utilização da gestão de qualidade, segurança e ambiental nos portos de Cingapura, com o intuito de adquirirem vantagem competitiva. Criando uma indústria do abastecimento de petróleo aonde não existe e que fosse referência mundial. Com essas práticas que foram sendo aperfeiçoadas ano a ano, Cingapura conseguiu se consolidar como maior centro de abastecimento do mundo, e durante o ano de 2011, aproximadamente 36 mil navios reabasteceram nas águas portuárias de Cingapura.
Os proprietários de navios eram atraídos a Cingapura pela conveniência e eficácia das operações de abastecimento, que levaram a uma reputação de integridade, aonde os combustíveis eram considerados seguros e possuíam qualidade, além de preço competitivo. Porém, essa reputação demorou muito para ser construída, e anos antes Cingapura sofreu com carência de qualidade e quantidade de combustível.
Em 1985-86, Cingapura engatou em mudanças políticas. O governo nomeou um comitê com intuito de revisar o progresso da economia, examinar problemas e prospectos, identificar novas áreas de crescimento e definir novas estratégias para promover crescimento e desenvolvimento. A recomendação desse comitê foi que mudassem a ênfase de fabricação de baixo custo para grande exportador de serviços; as oportunidades viriam da atuação como prestador de serviços internacionais e negócio de comércio de petróleo.
As estratégias recomendadas pelo comitê foram: incentivos tributários, barreiras mínimas de forma que pudesse se tornar uma “cidade de comércio livre”, atitudes que atraíssem corporações de serviço internacional. Foi também colocado como ponto desse comitê a necessidade de criar novas estratégias para os serviços portuários, e em 1990, Cingapura se tornou o maior porto de contêiner do mundo.
Outra oportunidade que surgiu dessas analises foi a de consolidar o serviço de abastecimento de navios. O reabastecimento de navio foi uma atividade portuária auxiliar até meados dos anos 80. A primeira ação política relacionada ao crescimento dessa atividade foi implementada em 1985, onde o governo removeu as obrigações aduaneiras e o requisito de o batelão ser aprovado por autoridades; essa atitude possibilitou o crescimento exorbitante de novas empresas atuando nesse negócio.
Com a maior concorrência, os preços se tornaram mais competitivos e a demanda por combustíveis aumentava, assim começaram a surgir litígios relacionados a qualidade e quantidade de combustível abastecida, os proprietários de navio acreditavam que o combustível estava sendo adulterado e essa publicidade negativa começou a se espalhar internacionalmente, a partir desses acontecimentos o Porto de Autoridade de Cingapura (PSA) começou a se preocupar com a gestão da qualidade.
O desafio inicial era criar um quadro de governança que reforçaria a confiança na integridade da indústria de abastecimento, mas era pretendido também transformar para uma atividade regulada. Assim, em 1987, foi organizado um seminário com 250 participantes de todo mundo, com intuito de coletar informações básicas sobre as atividades de abastecimento portuária de Cingapura. No ano seguinte, a Conferência Internacional de Abastecimento de Cingapura (SIBCON) foi lançada com o tema "Porto de Combustível dos anos 90" e breve evoluiu para um evento regular no calendário anual da indústria. Essas conferências são um importante mecanismo de feedback das atividades.
Para criar condições de desenvolvimento o PSA criou políticas de incentivo: Incentivo financeiro para fornecedores renovarem seus tanques e equipamentos; taxas de concessão; área dedicada para abastecimento; taxas portuárias de abastecimento foram cortadas várias vezes de forma a tornar o preço competitivo.
Em 1988, o Departamento de serviço de abastecimento (BSD) registrou todas as empresas que forneciam combustível. Em 1991, começaram a ser exigidos que os fornecedores estabelecessem escritório no país.
Com a implantação dessas políticas a preocupação com a qualidade de abastecimento continuou crescente, o que fez com que em 1989, a PSA anunciasse o desenvolvimento de um conjunto de procedimentos de "boas práticas" para operações de entrega de combustível e se aliou a Associação Nacional de Navegação de Cingapura (SNSA) como um parceiro chave neste processo de desenvolvimento. Essa aliança possibilitou a implantação de normas para gerenciar o comércio e operações de abastecimento.
A meta do BSD era criar uma padronização dos procedimentos de entrega de combustível, que cobrisse tanto especificações de qualidade, quanto de quantidade, padronização essa que não era encontrada em nenhum outro porto com entrega de combustível.
As normas também tinham o intuito de diminuir o litígio, assim foram discutidas normas para os navios-tanque, onde foram especificadas as características padrão necessárias para o navio tanque moderno como taxa mínima de bombeamento, tabelas de calibração, e maneabilidade. O Procedimento de Abastecimento de Cingapura (SBP) foi publicado pelo SNSA em agosto de 1992 em associação com o PSA. O cumprimento desse procedimento era condicionante para obtenção da licença de fornecedor de combustível, e os que tinham licença, a perderiam caso descumprissem alguma norma. Para a renovação das licenças era necessário depositar tabelas de calibragem de tanque certificadas.
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