Gestão da Qualidade
Por: camilall • 20/9/2016 • Trabalho acadêmico • 6.237 Palavras (25 Páginas) • 295 Visualizações
FACULDADE BILAC
CURSO: ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS
GESTÃO DE QUALIDADE
MARIA CAMILA LOPES– RA:134807
LORRAINE LUIZA DE SOUSA – RA: 134031
ATRIBUTOS DA QUALIDADE DE CAPACETE PARA MOTOCICLISTA
Orientador: Prof. Paulo Sakai
SÃO JOSÉ DOS CAMPOS – SP
2016
- INTRODUÇÃO
O aumento dos acidentes de trânsito e, em particular os que envolvem motocicletas, tem sito alvo de estudos por importantes partes da sociedade, tais como as universidades, empresas, governos e associações não governamentais, chegando à esfera da OPAS/OMS (Organização Pan-americana da Saúde e Organização Mundial da Saúde) com a edição: - “Capacetes – um manual de segurança no trânsito para gestores e profissionais de saúde”, tendo como objetivo promover a orientação aos países que pretendem fortalecer a organização da segurança no trânsito e a promoção da saúde.
A intenção do presente estudo está baseada na técnica de investigação com o levantamento das percepções dos usuários profissionais de motocicletas sobre a qualidade dos capacetes e dos itens que os compõem, bem como as marcas e modelos mais usadas.
- Conceitos da Qualidade
A qualidade é hoje uma das palavras mais difundidas junto à sociedade (ao lado de palavras globalização, cidadania, ecologia, sustentabilidade, etc.) e, também nas empresas (ao lado de palavras como produtividade, competitividade, integração, etc.), por outro lado, existe pouco entendimento sobre o que é qualidade e até mesmo, certa confusão no uso desta palavra. A confusão existe devido ao subjetivismo associado à qualidade e também ao uso próprio com que se emprega esta palavra para representar coisas bastante distintas (TOLEDO, 2006).
A “qualidade” a ser tratada neste trabalho está circunscrita ao produto capacete para motociclista, ou seja, a qualidade sob o enfoque do usuário, especificamente sobre percepção do condutor profissional de motocicletas (GARVIN, 1984).
De modo geral, os autores que tratam do tema qualidade reconhecem a dificuldade de definir, precisamente, o que seja o atributo qualidade. A palavra qualidade ao longo do tempo sempre foi avaliada sob dois pontos de vista: objetivo e subjetivo. Conforme Shewhart (1931), sempre existiram duas dimensões associadas à qualidade.
Uma dimensão objetiva, denominada de qualidade primária, que se refere à qualidade intrínseca da substância – ou seja, dos aspectos relativos às propriedades físicas, impossível de ser separada desta e independente do ponto de vista do ser humano. Uma dimensão subjetiva, ou qualidade secundária, que refere à percepção que as pessoas têm das características objetivas e subjetivas, ou seja, está associada à capacidade que o ser humano tem de pensar, sentir e diferenciar em relação às características do produto.
As definições de qualidade para os teóricos eram praticamente iguais a mesma tônica de satisfação do consumidor: a) Deming (1950) - a qualidade de produto como a máxima utilidade para o consumidor e com atendimento às necessidades atuais e futuras do consumidor; b) Feigenbaum (1951) - a qualidade como o perfeito contentamento do usuário, ou seja, qualidade quer dizer o melhor para certas condições do cliente e, essas condições são: verdadeiro uso e preço de venda; c). Juran (1954) - qualidade como satisfação das necessidades do cliente; d) Ishikawa (1961) - qualidade como a maximização das aspirações do usuário. Busca continua das necessidades do consumidor através da qualidade do produto, serviço, administração, pessoas, atendimento e prazo certo.
A qualidade de um produto é representada pela característica, ou conjunto de características, que determinam a natureza do mesmo. Pode-se, assim, inferir que um produto tem qualidades e não uma qualidade, uma vez que existe uma qualidade para cada característica do produto. E, pode-se dizer que a qualidade global do produto pode ser vista como uma resultante de todas as qualidades parciais.
- Definições e características do capacete para motociclistas
Preliminarmente para melhor entendimento do tema e, em especial sobre definições e características de um capacete, é necessário compreender como um capacete protege a cabeça do usuário. Nesse sentido, o Manual de Segurança no Trânsito para os Gestores e Profissionais da Saúde (OPAS: 2007) surge como um importante instrumento preliminar de consulta para pesquisadores de diferentes segmentos interessados no tema capacete para condutores de motocicletas e segurança no trânsito.
O Manual de Segurança no Trânsito (OPAS: 2007), apresenta enfoque do que se apresenta por trás de um projeto de capacete de alta qualidade, baseando-se no entendimento do que acontece à cabeça do usuário na eventualidade de uma colisão em motocicletas.
- Lesões na cabeça
É importante estudar a anatomia do crânio para compreender o mecanismo das lesões na cabeça e no cérebro (Figura 1):
Constituição da estrutura da cabeça e do cérebro: - o cérebro está inserido em crânio rígido, que se assenta em ossos que compõem a sua base. A medula espinhal passa por um buraco na parte inferior do cérebro. Sob o crânio, aderindo aos ossos, há um tecido resistente, chamado de “dura”, em torno do cérebro. Entre o cérebro e a “dura” há o espaço que contém o “fluído cérebro-espinhal”, que protege o tecido do cérebro de choque mecânico. O cérebro flutua no fluído cérebroespinhal, pode mover um milímetro em qualquer direção e, o mecanismo se completa pelo papel desempenhado pelo crânio que é coberto pelo escalpo e oferece proteção adicional.
[pic 3]
Figura 1 – Estrutura da cabeça e do cérebro
Fonte: Manual de Segurança no Trânsito (OPAS: 2007)
Existem dois mecanismos principais de lesão ao cérebro decorrente de uma colisão de motocicletas: uma através de contato direto e, outra por meio da aceleração-desaceleração. Cada um desses mecanismos causa diferentes tipos de lesão. As lesões na cabeça resultantes querem de contato ou de aceleração desaceleração, são divididas em duas categorias: - lesões mais traumáticas ao cérebro são as que resultam de lesões fechadas – ou seja, ferimento “não aberto” no cérebro. A Figura 2 descreve os dois tipos amplos de lesões ao cérebro e dá exemplos de cada categoria – da mais leve a mais grave.
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