Jogos e Simulações de RH
Por: efraidem • 25/4/2015 • Trabalho acadêmico • 4.324 Palavras (18 Páginas) • 197 Visualizações
Faculdade Marechal Rondon
Coordenação do Curso de Tecnologia de
Gestão em Recursos Humanos
JOGOS E SIMULAÇÕES DE RECURSOS HUMANOS
SÃO MANUEL – SP
2014
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
CAPÍTULO 2 – DESENVOLVIMENTO
2.1 Definição de Jogos e Simulações e suas utilizações
2.2 Definição de Estudo de Caso e sua utilização
2.3 Definição de Dramatização e sua utilização
2.4 Responsabilidade do mediador nos Jogos de R.H.
2.5 Definição de Jogos Cooperativos e sua utilização
2.6 Jogos e sua relação com o desenvolvimento das pessoas
CAPÍTULO 3 - CONSIDERAÇÕES FINAIS
CAPÍTULO 4 – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPÍTULO 1 – INTRODUÇÃO
As tendências de desenvolvimento pessoal e a importância do recurso humano nas empresas buscam apresentar soluções e técnicas que possibilitem às organizações investimentos em programas que lhe propiciem um bom clima organizacional, além de retorno financeiro. Os paradigmas contemporâneos em educação salientam, de maneira fundamental, os modelos socioculturais vigentes e os impactos nas competências essenciais, enfatizando o despertar de talentos para a superação dos paradoxos presentes no contexto organizacional. E para enfatizar, inclusive, a importância do processo de avaliação de resultados, com ênfase na excelência organizacional, as contribuições dos jogos e simulações em educação, treinamento e desenvolvimento do potencial humano, se faz necessário para reforçar a eficácia dos programas discutidos neste contexto.
A simulação empresarial é um método eficiente para fazer com que os envolvidos aprendam determinado assunto, teste seus conhecimentos e habilidades tomando decisões simuladas da vida real e aprenda a buscar informações à medida que necessitar. Os jogos de empresas fazem parte de uma moderna ferramenta estratégica dentro da organização, envolvendo o jogo, no sentido literal da palavra, e a simulação, arranjados de uma forma lógica e estruturada com a finalidade de criar elementos facilitadores para o aprendizado, levando-se em consideração situações reais.
A simulação empresarial em si não se trata de um “jogo” no sentido literal da palavra, mas uma série ordenada de atividades, sobre determinado quesito, que são propostas tendo como intuito a preparação do colaborador nas tomadas de decisões. Ao contrário do método de caso tradicional, simulações empresariais apresentam um ambiente dinâmico e real de tomadas de decisões empresariais. Contribuindo assim, para o engajamento e participação das pessoas e auxiliando-as a resolver os problemas com maior eficácia para o sucesso organizacional.
CAPÍTULO 2 – DESENVOLVIMENTO
- Definição de Jogos e Simulações e suas utilizações
A análise da origem dos jogos de empresas identificou que estes são oriundos dos jogos de guerra. MARTINELLI (1987: 25), argumenta que “... da mesma forma como ocorria com o treinamento dos militares, era possível treinar os executivos através de uma atividade simulada, evitando o treinamento na prática, que poderia trazer conseqüências negativas em termos dos resultados das decisões tomadas”.
A utilização de jogos de empresas com fins didáticos expandiu-se muito, inicialmente pelas empresas, que viram nesse instrumento uma possibilidade de tornar mais rápido e eficiente o treinamento de seus funcionários, e, em seguida, pelas IES (Instituição de Ensino Superior), que começaram a incluir os jogos de empresas nos currículos dos cursos (TANABE, 1977).
Com o progresso da tecnologia de microinformática, tanto do ponto de vista de hardware como de software, em meados da década de 70 os jogos de empresas migraram dos mainframes para os microcomputadores, permitindo a elaboração de modelos mais fáceis de operar. Com o desenvolvimento de novas técnicas pedagógicas baseadas na exploração de vivências dos participantes, os jogos de empresas tiveram grande impulso como instrumento de treinamento e desenvolvimento gerencial. Também foram criadas associações que promovem reuniões periódicas para o compartilhamento dos avanços nesta área de estudos.
No Brasil, a utilização desse instrumento começou pela importação de jogos norte-americanos na década de 70. Com o decorrer do tempo, aliando-se o feedback dos participantes ao aprendizado dos instrutores, deu-se início ao desenvolvimento dos jogos de empresas nacionais.
Os jogos de empresas são abstrações matemáticas simplificadas de situações relacionadas com o mundo dos negócios. Também podem ser definidos como um exercício estruturado e seqüencial de tomada de decisões em torno de um modelo de operações de negócios, no qual os participantes assumem o papel de administradores de uma empresa simulada. Atualmente tem-se observado uma tendência de substituir o termo "jogos de empresas" por "simulação empresarial", tal como utilizado pela ABSEL- Association for Business Simulation and Experimental Learning, uma associação norte-americana ligada à área de simulação empresarial. Uma das razões desta tendência talvez seja o significado que o termo "jogo" possa assumir dado ao seu caráter essencialmente lúdico.
Os jogos de empresas são um modelo específico de simulação, que pode ser definida como uma técnica que manipula modelos representativos e simplificados da realidade empresarial. Através da simulação empresarial é possível experimentar determinados resultados que seriam técnica ou economicamente inviáveis de serem obtidos no ambiente real considerado.
O que caracteriza o processo de tomada de decisão em ambiente de jogos de empresas, é a certeza de que os efeitos percebidos pelos participantes sejam como sucesso ou como fracasso, não estariam representando riscos reais com relação ao seu emprego ou cargo, como se estas decisões fossem tomadas em empresas reais. Por outro lado, a seriedade com que os participantes deverão se comportar no processo decisório está relacionado diretamente com os objetivos da atividade, com as características do ambiente da simulação, com o clima criado para representar a realidade e com a expectativa e a motivação para a tarefa.
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