Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Programa de Pós-graduação em Administração
Por: Flavio Luis Rosa Da Costa • 12/12/2023 • Projeto de pesquisa • 2.345 Palavras (10 Páginas) • 82 Visualizações
Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais Programa de Pós-graduação em Administração
“Políticas Públicas e o empresariado na economia verde:
Um olhar para a importância do investimento em sustentabilidade em nível municipal.”
Projeto de pesquisa apresentado ao Programa de Pós- graduação Stricto – Sensu em Administração da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais.
Belo Horizonte, 2023.
- Introdução
A presente pesquisa visa demonstrar que a pauta da economia verde pode se traduzir, de maneira benéfica, para a questão do desenvolvimento sustentável em nível nacional.
Sabe-se, que, em se tratando de políticas públicas, existe, atualmente, um esforço, de nível nacional, e também, internacional, para que todo o processo, e, também, investimento nas mais diversas produtivas que nós temos em nosso país, seja voltado para a pauta da susentabilidade, para a pauta da economia verde.
Mas, primeiramente, cabe aqui, conceituar alguns pontos:
- O que é economia verde ?
- O que é desenvolvimento sustentável?
- O que é ESG ?
A ideia de economia verde surgiu relativamente um pouco antes da RIO +20, que ocorreu em 2012, isso, cerca de 11 anos atrás, ganhando projeção cada vez mais acentuada, por meio desta conferência.
E, visando entendê-la da melhor forma, nós devemos observar a gênese deste conceito, que acaba por se enquadrar na ideia viável de desenvolvimento econômico sustentável, também, conhecido, somente, como, desenvolvimento sustentável.
A definição clássica de desenvolvimento sustentável, expressa no chamado Relatório Brundtland, é a do desenvolvimento que "satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a possibilidade das gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades". (World Commission...1987).
A concepção de economia verde foi desenvolvida pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) em 2008, mas, outras definições podem, naturalmente, ser encontradas para o mesmo termo.
‘’Ainda, pode-se dizer que: economia verde é um modelo de economia que resulta na melhoria do bem-estar da humanidade e da igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz os riscos ambientais e a escassez ecológica.’’ (Lima, 2017)
De acordo com a Green Economy Coalition, uma coalisão formada por mais de 50 organizações, dentre elas: ONGs, empresas, agências e sociedade civil, que atua para acelerar a transformação dos sistemas econômicos vigentes em economias verdes, definimos o termo como uma economia resiliente e justa, proporcionando a melhor qualidade de vida para todos e respeitando os limites ecológicos do nosso planeta Terra.
Em suma, pode-se dizer que a economia verde é inclusiva, além, de, igualitária, buscando equidade social, e ao mesmo tempo, preserva, o meio ambiente.
Em última análise, nos cabe, no escopo deste estudo, conceituar sobre a ESG:
De acordo com FEROLA, e PAGLIA (2021):
‘’ESG é um acrônimo em inglês para Environmental, Social and Corporate Governance, traduzido para o português como ASG, Ambiental, Social e Governança Corporativa. Independentemente da sigla usada, remete ao conjunto de práticas empresariais relacionadas ao desenvolvimento sustentável como meio estratégico de atratividade financeira e estruturação de uma cultura íntegra de governança.
Como promessa para o futuro dos negócios, a lógica ESG serve tanto a estratégias de gestão, quanto, de investimento, pautando-se, em um conjunto de práticas corporativas atentas às necessidades, riscos e oportunidades relacionados aos escopos ambiental, social e de governança, a fim de gerar valor compartilhado para além do financeiro.’’
Assim sendo, após conceituar estes termos, cabe avaliar que: de acordo com cada um desses pilares, acima mencionados, o intuito desta pesquisa será demonstrar de que forma a empregabilidade dos indivíduos deste país, pode ser sim, alinhada e benéfica, a partir do conceito e da implementação da economia verde, enquanto política pública para o desenvolvimento sustentável do Brasil, e mais especificamente falando, de Belo Horizonte, que é onde se concentrará esta pesquisa.
- Problema da pesquisa
O estudo tratará de analisar as contribuições de forma financeira e ambiental, que a economia verde trouxe para a economia e para a indústria brasileira de forma geral, observando, que, diferente do que muitos relativizam, como por exemplo: empresários de grandes indústrias, alguns mandatários dizem ser ‘’impossível’’, segundo eles, que a economia do Brasil, crescesse se não fosse pela forma exploratória, predatória, essa a qual, ocorreu através de muita exploração e degradação em nosso meio ambiente.
A problemática desta pesquisa, ocorrerá de forma a justamente, conseguir demonstrar que, é possível, sim, através da aplicação na prática e da contextualização da economia verde, determinadas indústrias crescerem, elevarem sua produtividade e lucratividade, e, ao mesmo tempo, conseguirem cumprir com a agenda ambiental que é tão cobrada e questionada, tanto, domésticamente (internamente), como também, externamente.
Sabe-se que, em um quadro comparativo e analítico, em um universo de 100% de empresas que se consideram sustentáveis e com responsabilidades perante o meio-ambiente, apenas uma taxa entre 20% e 30%, efetivamente, estão conectadas e comprometidas em cumprir a agenda ambiental, principalmente em grandes capitais, como Belo Horizonte. Por que isso ? Qual é o interesse, perante o empresariado, para que a agenda ambiental não seja efetivamente cumprida, e seja negligenciada ?
É o que, através de análises, investimentos, recursos e fatores governamentais, como os da política pública, por exemplo, trarei no escopo desta pesquisa.
- Objetivo geral
Examinar e explicar, como funciona a questão da economia verde, além disso, observar, em algumas empresas a nível municipal, no município de Belo Horizonte, se está sendo abordada, efetuada, da maneira correta, o comprometimento com a política ambiental e sustentável, e o que o governo brasileiro tem feito para efetivamente punir as empresas que não cumprem com a agenda ambiental, (se é, que, podemos dizer, que algo está sendo feito).
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