PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS Programa de Graduação em Direito-Filosofia I

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATOLICA DE MINAS GERAIS

Programa de Graduação em Direito-Filosofia I

Bernardo Figueiredo Gonçalves

Trabalho sobre A Obra “Discurso Do Método”

Respostas As Questões Propostas Sobre A Obra “Discurso Do Método “Do Autor Renê Descartes

Bernardo Figueiredo Gonçalves

BELO HORIZONTE

Bernardo Figueiredo Gonçalves

Trabalho sobre “Discurso Do Método”

Respostas as questões sobre a obra “Discurso Do Método “do Autor Renê Descartes da página 135 da apostila de filosofia

                                                       Trabalho apresentado ao programa de graduação em direito da Pontifícia Católica De Minas Gerais, como requisito para a aprovação na disciplina Filosofia no primeiro período do curso.

Orientador: Valéria Lima Bontempo

Área de concentração: Descartes “Discurso Do Método”

BELO HORIZONTE

2019

Questão 01). Renê Descartes afirma: “Se esse discurso parecer longo para ser lido de uma só vez, poder-se-á dividi-lo em seis partes. “Qual é a temática de cada uma dessas partes?

1° Parte: São feitas configurações gerais acerca das ciências. Fala sobre as disciplinas ensinadas ao mesmo na escola e sobre os livros que leu. Após isso, é mostrado método por ele utilizado para conduzir-se-á razão.

2° Parte: Aqui, Descartes procura mostrar-nos as regras principais para a ciência. Ele mostra como discernir verdadeiro e falso e fala que se utilizássemos esse raciocínio desde a infância, o mundo se apresentaria de um modo diferente.

3° Parte: Nesta, Descartes define a sua “Moral provisória” que o mesmo cria para si mesmo, já que pretendia reconstruir seus pensamentos tirando deles opiniões e crenças velhas e ultrapassadas

4° Parte: É onde Descartes procura provar a existência de Deus através dos fundamentos de sua metafisica. O filosofo elabora um resumo de suas meditações metafisicas.

5° Parte: Renê, resume sua física deduzida de sua metafisica. Ele mostra aplicações do método em questões da física e da medicina, além de questões da alma

6° Parte: La estão escritas as peças que Descartes considera fundamentais para a evolução do conhecimento e as razoes que o levaram a escrever o tratado.

Questão 02). Indique qual foi a crítica de Descartes em relação a filosofia, a teologia, a matemática e outras áreas do conhecimento.

Descartes se relata que gostava dos matemáticos pois achava que os mesmos possuíam certeza e evidencias de suas razões, porém ainda não tinha percebido sua verdadeira aplicação e julgou que so serviam para artes mecânicas e se espantou ao ver que seus fundamentos tidos como sólidos e seguros não tivessem construído algo mais elevado. Entretanto Descartes ira dizer sobre a teologia afirmando que a venerava influído pela vontade de almejar o reino do céu, entretanto como aprendeu sobre ela ficou descontento por ver que para sua análise e êxito era necessário ter uma “assistência do céu” e que suas verdades estão muito além da inteligência humana sendo a teologia estudada dentro da escolástica. Além disso o autor ira falar sobre a filosofia reconhecendo que apesar de ter sido cultivada por espíritos mais elevados ela tem suas discussões muito contestadas e postas em dúvida. Por conseguinte, Descartes ira dizer que as demais áreas do conhecimento por terem a filosofia como base não eram solidas como a história, geografia e linguagens que se pautavam na imaginação e memoria, por isso não fez questão de aprende-las dedicando-se a ciência que poderiam encontrar em si mesmo ou no grande livro do mundo passando-os a não acreditar naquilo que apenas tinha sido imbuído a ele através de exemplo e hábitos, se livrando assim desses enganos.

Questão 03). Descartes é um autor cético? Justifique sua resposta.

Ao contemplar a questão sobre se Descartes poder ser considerado um cético, se faz necessário, inicialmente, estabelecer o conceito de ceticismo. Entende-se como cético aquele que nega a existência de uma verdade que se permanece em estado de questionamento constante e de abdicação do entendimento de qualquer verdade como absoluta. Em seu discurso, o autor propõe que duvidemos de tudo aquilo que temos como absoluto e concreto, entretanto diferentemente dos céticos, seu intento é de a partir disso chegar ao conhecimento real e a uma verdade(admitindo dessa maneira a existência do mesmo).Desta forma, utilizando o método de questionamento constante, proposto pelos céticos, Descartes o supera demonstrando como o próprio ato de pensar era uma verdade absoluta(onde mesmo duvidando de sua própria existência, não podia duvidar que duvidava).

Questão 04). Qual o método proposto por Descartes para obter o verdadeiro conhecimento? Explique cada uma de suas partes.

O método proposto por Descartes dividia-se em quatro pontos: O primeiro consistia em jamais tomar algo como verdadeiro caso não fosse conhecido como tal, ou seja, evitar cuidadosamente a pressa e a prevenção, e apresentar de maneira clara e distinta ao espirito, não tendo motivos para duvidar dele. O segundo tina como base repatriar cada uma das dificuldades sendo analisados em uma quantidade de parcelas que fossem possíveis e necessárias para melhor soluciona-los. O terceiro preceitua em conduzir por ordem no pensamento, iniciando pelos objetivos mais simples e mais fáceis de conhecer, para que houvesse uma relação de forma gradativa. Por fim, o ultimo preceito tinha como base efeituar em toda parte relações metódicas completas e revisões gerais nos quais nada seria omitido gerando assim a possibilidade de tudo poder ser conhecido pelos homens.

Questão 05). Qual a opinião de Descartes sobre o conhecimento obtido através dos sentidos?

Renê Descartes na obra em questão afirma que os sentidos nos enganam, ou seja, que nada que imaginávamos existe de maneira genuína a essa imaginação. Dessa forma, o autor ira dizer que há homens que se enganam com o próprio raciocínio e por isso chegou a conclusão de pensamentos que ocorreram quando estamos acordados (conscientes) podem ocorrer também quando dormimos e dessa maneira tudo aquilo que é adquirido, entretanto em seu espírito-conhecimento baseando-se nos sentidos são tidos como ilusões, aos sonhos e não mais corretos.