RESENHA " A ARTE DA GUERRA"
Por: 17061997RAFAELA • 13/12/2015 • Resenha • 2.021 Palavras (9 Páginas) • 1.247 Visualizações
TZU, Sun. A arte da guerra; L&PMPOCKET vol.207; [Tradução de Sueli Barros Cassal]; Porto Alegre: outono, 2006. [pic 1][pic 2]
Renomado estrategista de guerra, filósofo chinês, e vitorioso general do Rei Hu Lu, Sun Tzu (544 A.C) é mundialmente conhecido por ter escrito o livro “A Arte da Guerra”, no século IV a. C. Não há registros da data de sua morte, pois foi uma figura histórica cuja existência ainda é bastante questionada por vários historiadores. Em seu livro (um dos mais antigos e valiosos tratados militares), aborda estratégias e certas qualidades essenciais que um general deve possuir para vencer qualquer batalha. Sun Tzu possui grande influência sobre estudiosos e militares que abordam assuntos sobre estratégias de guerra, através desta obra. Até mesmo profissionais do ramo de negócios, possuem o filósofo e estrategista como grande inspirador de suas decisões.
O Livro inicia-se a partir do momento em que faz-se uma breve apresentação da importância dos ensinamentos de Sun Tzu, que apesar de constituírem um tratado de guerra, hoje são, perfeitamente adaptáveis ao mundo das empresas e dos negócios; Posteriormente, o comentarista Se-Ma Ts`Ien apresenta uma das histórias mais contadas sobre Sun Tzu, onde descreve o modo pelo qual ele empregava as “concubinas” do palácio, para demonstrar ao rei, exemplos de manobras e estratégias de combate, com o intuito de provar a veracidade de seus ensinamentos. A essência dos ensinamentos de Sun Tzu está na proposta de se “ganhar uma guerra antes mesmo de desembainhar a espada”. Segundo o autor, para vencer uma guerra, é essencial que se conheça: a terra, isto é, o meio em que se travará a batalha, o inimigo e a si mesmo, eis a arte da guerra. A Arte da Guerra é uma obra bem estruturada, possui uma escrita simples e bastante objetiva, utiliza-se uma linguagem limpa com pequenas frases, e possui sentido oral muito claro. O livro é dividido em treze capítulos, sendo eles: da avaliação, do comando da guerra, da arte de vencer sem desembainhar a espada, da arte de manobrar as tropas, do confronto direto e indireto, do cheio e do vazio, da arte do confronto, da arte das mudanças, da importância da geografia, da topografia, dos nove tipos de terrenos, da pirotecnia, e da arte de semear a discórdia, que expressam várias estratégias e técnicas para se compreender a arte da guerra.
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No Primeiro capítulo, da avaliação, Sun Tzu diz que a arte da guerra é uma questão vital para o estado, o âmbito onde a vida e a morte andam lado a lado, que leva ou as ruínas ou determina a sobrevivência, e então, deve ser estudada seriamente, ser examinada com cuidado e nunca negligenciada. Enfatiza que só é possível obter glória e sucesso na jornada de uma guerra, se não perder de vista cinco fatores necessários para a arte da guerra: a doutrina, o tempo, o espaço, o comando e a disciplina. Com o conhecimento desses cinco fatores e a sabedoria em usá-los, se tornará possível uma previsão de que lado vencer. Tudo se baseia no planejamento, precisa-se avaliar previamente o próprio exército e o inimigo, calcular as possibilidades de vitória, para então, saber guiar o exército e obter êxito.
O segundo capítulo, do comando da Guerra, destaca que os custos de uma guerra são muito elevados para qualquer Estado, principalmente quando as manutenções das tropas duram longos períodos de tempo. O autor afirma que um bom general deve fazer de tudo para que a guerra seja rápida, pois dessa forma, poupará a vida dos soldados e ainda os gastos dos cofres dos príncipes. A ênfase deve ser sobre a velocidade e a eficiência, sem prolongar operações.
No terceiro capítulo, da arte de vencer sem desembainhar a espada, enfatiza que é extremamente importante saber vencer o inimigo sem travar batalhas, refere-se a importância de tomar o país inimigo intacto. Para Sun Tzu, a excelência de um general consiste em vencer o inimigo com a inteligência, sem ser preciso lutar. Diz ainda que se você conhecer o inimigo e a si mesmo, não precisa temer o resultado de cem batalhas, se você conhecer a si mesmo, mas não o inimigo, para cada vitória você sofrerá também uma derrota, mas se não conhecer nem o inimigo, nem a si mesmo, você será derrotado em todas as batalhas.
O quarto capítulo, da arte de manobrar as tropas, coloca ênfase na disposição das tropas no terreno e declara que o segredo da vitória de hábeis generais está na defesa, pois eles preveem todas as eventualidades, conhecem a situação do inimigo, sabem o que podem fazer, e até onde ir, mesmo em vantagem não descansam, continuam agindo com o mesmo entusiasmo e vontade de vencer. O Autor ressalta que um bom general é aquele que vence sem cometer erros, que domina os elementos essenciais da arte da guerra, isto é, combatem um inimigo já derrotado.
No quinto capítulo, do confronto direto e indireto, Sun Tzu diz que é imprescindível que se comande com organização muitos soldados assim como se comanda poucos, que um general apto deve conhecer todos os seus subordinados, e persuadi-los sobre qualquer decisão. Descreve que numa guerra, os exércitos se valem de forças diretas para desfechar a batalha, e indiretas para consolidá-la, que quando combinadas se tornam infinitas e capazes de deter os ataques inimigos. É relevada a força, a estrutura dinâmica do grupo em ação, a coordenação, a coerência e são apresentados diversos métodos de ataque e defesa.[pic 4]
O sexto capítulo, do cheio e do vazio, trabalha os pontos fortes e os fracos, autor diz que um bom general deve tomar o campo de batalha antes mesmo do inimigo, obtendo vantagem. Também descreve que deve-se moldar o inimigo, o atraindo para onde desejar que ele vá, impedindo que ele chegue aonde queira ir, que é importante evitar o confronto quando o inimigo estiver forte e atacar quando ele estiver fraco, cabe ao comandante inteligente impor a sua vontade ao inimigo, e não permitir que o inimigo imponha a dele.
No sétimo capítulo, da arte do confronto, são estratégias que Sun Tzu aborda em relação ao general que recebe ordens de um soberano, este deve sempre posicionar seus soldados em local vantajoso. Depois de instalar as tropas, relata que é necessário fazer com o que está longe se torne próximo, transformar perdas em lucro, substituir a inatividade pelo trabalho, transformar lentidão em agilidade, praticar as estratégias de dissimulação, avaliação e determinação sempre antes de fazer qualquer movimento, pois com o uso destes artifícios se tornará um conquistador.
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