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RESENHA TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO- UFMG- 1° PERIODO

Por:   •  13/10/2022  •  Resenha  •  842 Palavras (4 Páginas)  •  134 Visualizações

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        Administração e Contexto Brasileiro foi o livro lançado em 1983 pela editora FGV - Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro - RJ, escrito pelo importante escritor Guerreiro Ramos. A obra é composta de seis capítulos, sendo que o primeiro é introdutório e os   demais são: O conceito de ação administrativa; Desenvolvimento tecnológico e administrativo, à luz de modelos heurísticos; Contribuição à sociologia e à estratégia da modernização; Burocracia e estratégia do desenvolvimento; O formalismo, no Brasil, como estratégia para mudança social. Trataremos aqui apenas do capítulo dois, abordando temas como: Racionalidade funcional e substancial, problemas e tensões éticas da organização, a alienação, poder, auto-alienação no trabalho, etc.

        No capítulo, é possível conhecer alguns aspectos do conhecimento. Primeiramente, têm-se que mesmo que eles se relacionem, os estatutos normativos nunca poderão ser misturados com os estatutos normativos da vida humana em geral. Segundamente, temos que existe uma compreensão de que a produtividade e a eficiência são coisas mais difíceis do que a teoria tradicional descreve. E também, em terceiro, é preciso salientar o pensamento de que é preciso conhecer como é e como funciona a influência vinda do ambiente externo em relação às organizações. Na obra, é mostrada uma visão ampla e geral das teorias desenvolvidas por grandes estudiosos do tema, voltada para a elaboração de uma doutrina ligada às características da realidade brasileira. Dessa forma, é estabelecido o conceito da sociologia especial da administração.

No livro, o autor constrói seu trabalho no formato de artigos independentes, cada um deles havendo uma intensa análise de seus temas, precisão epistemológica e grande valor bibliográfico. É inegável a contribuição desta obra para os estudos da administração, pois  apresenta  detalhes  e   informações  de  grande valia para o melhor aproveitamento dos assuntos retratados. Pode-se   conferir   detalhes   históricos,   sociais   e   culturais   que   são a chave para o entendimento das características do tema. Mostra também que seu pensamento contribui para pensar e construir uma administração mais crítica e rigorosa epistemologicamente falando. Sem dúvidas a obra tem um valor estimável e sua contribuição é profunda para o aprendizado da administração no contexto brasileiro. O pensamento de Guerreiro Ramos se mostra atual e consciente.

O livro “Organização e Poder: Empresa, Estado e Escola” foi lançado em 1990 pela editora Atlas em São Paulo - SP, escrito pelo renomado escritor Fernando Prestes Motta. A obra é constituída de cinco capítulos, sendo eles: Organização, burocracia e autonomia; 2. A organização nascente; 3. Organização, mecanização e dominação; 4. Organização, automação e consenso; 5. Organização, integração e poder. Será retratado nessa resenha somente os capítulos um e dois, tratando de temas como: burocracia e despotismo, centralização política, absolutismo, o sistema francês, o circuito fechado da burocracia, o bonapartismo, etc.

No livro, é construída uma resposta às alterações sociais e políticas ocorridas nos últimos tempos. Nele, temos as organizações sendo examinadas como sendo configurações institucionais resultantes da tecnoburocracia enquanto categoria social ascendente. É mostrado que o poder da tecnoburocracia (burocracia no nível máximo de técnica e tecnologia) origina-se do comando da técnica das organizações.

A burocracia acontece através da monopolização do Estado. Desde a juventude de uma pessoa, o molde tecnoburocratico é incutido no imaginário dela, seja dentro da submissão ou dentro da dominação, dessa forma, acontecendo a obrigação de disciplinar aos trabalhadores, com a finalidade de regular a luta de classes. Para que ocorra uma mudança nesse cenário, é preciso que a geração de novas organizações que atendam aspectos populares contra a  dominação  do sistema. Dessa maneira, escolas e empresas seriam exemplares pontos de partida para que isso ocorra.  Porém, essas instituições continuam burocráticas, o que as torna uma reafirmação dominadora, burocrática-capitalista.

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