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Resenha Safari da Estrategia

Por:   •  25/6/2015  •  Resenha  •  1.046 Palavras (5 Páginas)  •  1.817 Visualizações

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Faculdade Novos Horizontes

Mestrado Acadêmico em Administração

Estratégia em organização - 2º bimestre/2015

Profª. Drª. Caissa Veloso e Sousa

Data de entrega: 03/07/2015

RESENHA DO LIVRO: SAFARIA DE ESTRATÉGIA – UM ROTEIRO PELA SELVA DO PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

Regina Aparecida da Silva[1]

MINTZBERG, H.; AHLSTRAND, B.; LAMPEL, J. Safári de estratégia: um roteiro

pela selva do planejamento estratégico. Porto Alegre: Bookman, 2000.

O objetivo principal do livro, Safári de Estratégia, é apresentar as 10 principais Escolas do Pensamento Estratégico, trazendo de uma forma abreviada, o fundamento de cada uma delas, bem como suas premissas, vantagens e desvantagens essenciais.

Logo no início do livro os autores trazem uma parábola para ilustrar o que será discutido no livro. Trata-se de uma história sobre os cegos e o elefante em que é apresentado que o todo não é formado somente por uma única parte. Também aborda que não é somente pela soma das partes. Que é muito mais que isso, mas que é necessário entender todas as partes que o constitui.

Essas escolas de pensamento são divididas em três grandes grupos. O primeiro grupo é o das escolas de natureza prescritiva que é formado pelas escolas do Design, do planejamento e do posicionamento. Nesse grupo há uma preocupação maior em como as estratégias devem ser formuladas do que em como são efetivamente formuladas. O segundo grupo é composto por seis escolas de natureza descritiva que é formado pelas escolas empreendedora, cognitiva, de aprendizado, do poder, cultural e ambiental. Elas consideram aspectos específicos do processo de formulação de estratégias e preocupam-se menos com a prescrição do comportamento estratégico ideal e mais com a descrição de como as estratégias são formuladas. O terceiro e último grupo é composto por uma única escola - de configuração - onde é descrito os estados da organização e dos contextos que a cercam, e o processo de geração de estratégias. A primeira parte é chamada de configuração, e a segunda de transformação.

Uma estratégia pode acontecer mediante um processo de concepção e muitas vezes pode ser definida por um único estrategista, como é mostrado na Escola do Design, ou através de uma formulação de estratégia como um processo formal e também por um grupo de analistas ou planejadores formais, em destaque na Escola do Planejamento. Já na estratégia da Escola de posicionamento observa-se a formulação de estratégia como um processo analítico, pois se verifica também a relevância da utilização de ferramentas analíticas, calculando dados e analisando informações inerentes ao processo.

A estratégia inclui também o abstrato, ilustrada mais detalhadamente na Escola Cognitiva onde a formulação se dá como um processo mental. A estratégia é definida por pessoas, e essas pessoas também intervêm diretamente neste processo de formulação, e em alguns casos em busca pelos seus interesses pessoais, como enfatiza a Escola do Poder, pois nessa escola vemos a formulação de estratégia como um processo de negociação.  No caso da Escola Empreendedora observa-se a importância de líderes pró-ativos e suas habilidades de verem além do horizonte, pois nela a formulação de estratégia é como um processo visionário.

Já na Escola do Aprendizado as equipes de trabalho são outra ferramenta relevante, gerando aprendizados coletivos, muitas vezes de suma importância em ambientes instáveis em que põe os administradores em situações nunca anteriormente vivenciadas, pois a formulação de estratégia é tida como um processo emergente.  Na Escola Cultural é destacada a importância da cultura de uma empresa que pode muitas vezes ser decisiva para o sucesso da estratégia, pois nessa escola a formulação da estratégia é tida como um processo coletivo.

 É indiscutível a força do ambiente que circunda as instituições, desta forma o processo estratégico também é debatido com grande destaque na Escola Ambiental que em sua formulação de estratégia é um processo reativo. Finalmente pode-se perceber que na Escola da Configuração tem-se a formulação de estratégia como um processo de transformação, e esse fator leva à adoção de estratégias de mudanças.

No livro em questão o todo se refere à estratégia e as partes se referem às escolas de pensamento. Todavia esta obra não é um livro de respostas, nesse sentido os autores fazem um parecer em relação a diversos teóricos, e com isso trazem pontos de vista diferentes, dessa forma é percebido que a estratégia não é inerte, que a todo tempo ela faz interações tanto com o ambiente interno quanto com o ambiente externo das instituições.  O Safári de Estratégia mostra os principais instrumentos a serem levados em consideração em um processo de formulação estratégica, que irão se diferenciar de acordo com as particularidades de cada instituição e do ambiente em que ela se insere.

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