Resenha de documentário Como a Terra fez o homem?

Resenha de documentário

Como a Terra fez o homem?

    Um dos fenômenos mais fantásticos do Planeta é a sua constante transformação. Além disso, é magnífico perceber tais mudanças em nossos corpos, desde os ossos até em nosso modo de se comportar. Como exemplo, é possível citar que carregamos vestígios do período aquático até os dias atuais, o que acaba nos remetendo aos antepassados, carregando algumas de suas características.

    É possível dizer que, pelo menos cinco eventos cataclísmicos mudaram a vida no planeta Terra. Como maior exemplo, temos um que ocorreu há cerca de 250 milhões de anos, onde os gases tóxicos se acumularam no planeta graças à grandes explosões vulcânicas e isso fez com que a vida na Terra fosse praticamente extinta, além da extinção dos dinossauros, é claro.  Porém, mesmo com eventos tão catastróficos e violentos, ainda é possível ver vestígios de nossos ancestrais em cada corpo, destacando que tais catástrofes permanecem intrínsecas a nós, se relacionando com nossa anatomia até hoje.

   Entre os variados exemplos, temos a capacidade de arremessar, uma habilidade que vem do costume de nossos ancestrais de atirar lanças para caçar animais há milhares de anos. O soluço também é ligado aos ancestrais, desta vez os que viviam em meio aquático e eram capazes de respirar em ambos os meios (aquático e terrestre), isto indica a transformação da vida, seu “deslocamento” da água para a terra.

   Temos também os ouvidos, os menores ossos do corpo, que nos conectam com criaturas, como os répteis primitivos, de tempos geológicos, na Pangeia. E o arrepio, advindo da época em que a pele era recoberta por pelos bem mais espessos.

   Tudo isso mostra que carregamos marcas de uma extinção em massa e que até hoje temos resquícios de nosso passado evolutivo.

    Através de testes, foi analisado o psicológico do ser humano para comprovar essa teoria de que carregamos marcas do passado. Com o tema “presa e predador”, foram expostas imagens de paisagens e a que mais relaxou os indivíduos foi a de um espaço verde e amplo. Com isso, foi comprovado cientificamente que nossos neurotransmissores nos passam a sensação de que lugares abertos são mais seguros, já que a visão é mais “limpa” para evitar o perigo. E, ligando ao tema, comprovando que até nossos reflexos estão ligados aos ancestrais, já que isto é uma forma de sobrevivência da antiga terra predatória.

    Ligada à busca de perigo, temos também a capacidade de reconhecimento de rostos em diversos objetos (nas nuvens, na frente de um carro), já que antigamente os seres viviam em alerta para não serem caçados.

    Em uma reserva natural na África, é analisado o modo de vida de um tipo de primata, os Monogos. Eles têm como costume o altruísmo, o compartilhamento de recursos e não são violentos. Essas características vêm do passado, quando o Rio Congo separou estes primatas de outros, porém um lado ficou com mais recursos, onde os Monogos se estabeleceram. Já que não possuíam concorrência e estavam isolados, não necessitavam de competição para sobreviver, algo que transformou a espécie em pacata, trazendo estas características até hoje.