Resenha do Livro Crítica da Obra: “Príncipe” de Nicolau Maquiavel
Por: Pri.jorge • 6/12/2021 • Resenha • 2.248 Palavras (9 Páginas) • 177 Visualizações
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Crítica da obra: “Príncipe” de Nicolau Maquiavel
Nome: Priscila Jorge
RA: 1030155
Professor: Eduardo Boonen
Curso: Gerenciamento de Projetos
CAPÍTULO XV
DAQUELAS COISAS PELAS QUAIS OS HOMENS, E ESPECIALMENTE OS PRÍNCIPES, SÃO LOUVADOS OU VITUPERADOS
Resiste observar quais necessitem ser os modos e a atuação de um príncipe para com os súbitos e os amigos, sendo que imagina ser considerado presunçoso escrevendo sobre o assunto. É mais favorável ir em busca de verdade extraída de fatos e não á imaginação com a intenção de escrever algo benéfico para alguém que se interessa, pois muitos geram repúblicas e principados jamais vistos ou conhecidos como tendo realmente ocorrido.
Admitindo, assim, os assuntos pertencentes a um príncipe imaginário e falando daqueles que são verdadeiros, melhor dizendo que todos os homens, máxime os príncipes por situados em posição mais preeminente, quando analisados, se fazem perceber por alguns daqueles atributos que lhes acarretam ou até mesmo reprovação ou louvor. O príncipe precisa ser prudente para saber fugir da infâmia daqueles vícios que o fariam perder o poder, cuidando evitar até aqueles que não chegariam a pôr em risco seu posto.
Existe uma diferença de como se vive e como se deveria viver, que aquele que abandona o que se faz por aquilo que se deveria fazer, aprenderá antes o caminho de sua ruína do que o de sua preservação, eis que um homem que queira em todas as suas palavras fazer profissão de bondade, perder-se á em meio a tantos que não são bons. Daí é necessário, a um príncipe que queira se manter, aprender a poder não ser bom e usar ou não da bondade, segundo a sua necessidade.
Exemplo: Um líder em uma empresa não pode apenas ser bom, liberal, terá de ser miserável, para não ser desprezado e perder sua autoridade perante os colaboradores, sendo assim terá o respeito e bem-estar da equipe.
Para gerir as pessoas na organização é preciso proporcionar como base a motivação, comunicação, trabalho em equipe, habilidades, capacitação e crescimento. Os colaboradores são a chave de sucesso para a empresa e com uma boa liderança pautada nos pilares de gestão de pessoas, é possível desenvolver equipes de alta performance.
CAPÍTULO XVI
DA LIBERALIDADE E DA PARCIMÔNIA
A soberania utilizada de forma que todos conhecem lesa a um príncipe, porque se usada seriamente e como se deve usá-la, ela não se torna conhecida e não conseguirá tirar de cima dele a má fama do seu adverso, mas querendo manter entre os homens o nome de liberdade é necessário que não se esqueça nenhuma forma de suntuosidade. Se assim proceder um príncipe consumirá em ostentação todas as suas finanças e terá a necessidade de memorizar excepcionalmente o povo de impostos, ser duro e fazer tudo o que lhe trouxer dinheiro se quiser manter o conceito de liberal. Isso fará com que se torne odioso, tendo ofendido a muitos e premiado a poucos com essa soberania.
Um príncipe deve gastar pouco para não precisar roubar seus súditos, para poder defender-se, para não ficar pobre e desprezado, para não ser forçado a tornar-se rapace, não se importando de levar a fama de miserável. Não existe coisa que tanto destrua a si mesmo quanto a liberdade, pois enquanto a usa, perdes a faculdade de utilizá-la, se tornando pobre e desprezado e para fugir a pobreza passa a ser odioso. Portanto, é mais ciência ter a fama de miserável, que dá origem a uma infâmia sem ódio, do que, por querer o conceito de liberal, ver-se na necessidade de incorrer no julgamento de rapace, que cria uma má fama com ódio.
Exemplo:
CAPÍTULO XVII
DA CRUELDADE E DA PIEDADE; SE É MELHOR SER AMADO QUE TEMIDO, OU ANTES TEMIDO QUE AMADO
O príncipe, contudo, deve ser lento no crer e no agir, não se alarmar por si mesmo e proceder por forma equilibrada, com prudência e humanidade, buscando evitar que a excessiva confiança o torne incauto e a demasiada desconfiança o faça intolerável. Deve, sobretudo, abster-se dos bens alheios, posto que os homens esquecem mais rapidamente a morte do pai do que a perda do patrimônio.
Se é melhor ser amado que temido ou o contrário, é necessário ser uma coisa e outra, mas como é difícil agrega-las é mais seguro ser temido do que amado. Os homens tem menos dificuldade em ofender a alguém que se faça amar do que a quem se faz temer, pois uma amizade é mantida por um vínculo de obrigação, o qual é quebrado a cada oportunidade que lhes convenha e isso se deve ao fato de os homens serem maus.
O amar vem de acordo com cada homem, mas o temor lhes é obrigatório, sendo assim o Príncipe deve fazer o uso do que lhe tem nas mãos, e não no que depende da vontade alheia.
Exemplo:
CAPÍTULO XVIII
DE QUE MODO OS PRÍNCIPES DEVEM MANTER A FÉ DA PALAVRA DADA
Pode-se lutar de duas formas, uma com as leis (próprio do homem) e outra com a força (próprio dos animais). Pelo fato do primeiro caso as vezes não ser o bastante, cabe recorrer ao segundo, pois uma sem a outra não é durável. Para um príncipe é necessário saber empregar os dois modos, isso foi ensinado aos príncipes pelos antigos escritores, os quais descrevem como Aquiles e muitos outros príncipes antigos foram confiados à educação do centauro.
Aqueles que agem apenas como o leão, não conhecem a sua arte. Logo, um senhor prudente não pode nem deve guardar sua palavra, quando isso seja prejudicial aos seus interesses e quando desapareceram as causas que o levaram a empenhá-la.
A um príncipe, portanto, não é essencial possuir todas as qualidades mencionadas, mas é bem necessário parecer possuí-las. Porém, é preciso que ele tenha um espírito disposto a voltar-se segundo os ventos da sorte e as variações dos fatos o determinem e, como acima se disse, não se apartar do bem, podendo, mas saber entrar no mal, se necessário. É que os homens em geral julgam mais pelos olhos do que pelas mãos, porque a todos cabe ver, mas poucos são capazes de sentir.
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