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Resumo Antropoteoria de Guerreiro Ramos - a atitude parentética

Por:   •  28/4/2019  •  Resenha  •  1.287 Palavras (6 Páginas)  •  249 Visualizações

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Tema: Antropoteoria de Guerreiro Ramos: a atitude parentética

Texto: RAMOS, Alberto Guerreiro. Modelos de homem e teoria administrativa.

PUCPR/Mestrado em Administração/Série Monográfica: Caderno de Ciências Sociais

Aplicadas, n. 3, 2001.Tradução de Francisco G. Heidemann.

1. Sobre o que é este texto?

O artigo de Guerreiro Ramos busca reavaliar a evolução da teoria administrativa,

através dos modelos de homem como seu ponto de referência (a saber, homem

operacional, homem reativo e homem parentético), pois já não cabe mais à teoria

administrativa continuar a legitimar a racionalidade funcional da organização, como tem

feito em larga escala. Antigamente, o problema básico era superar a escassez de bens

materiais e de serviços elementares, mas atualmente, é necessário que haja um grande

esforço nos ambientes de trabalho, apesar de não ser a verdade hoje. O artigo ainda aborda

o que provocam as crises nas organizações de hoje, que é o fato de elas, por finalidade e

por operação, ainda admitirem que as velhas carências continuam a ser básicas, enquanto

de fato o homem contemporâneo tem consciência de carências críticas que pertencem a

outra ordem, isto é, que estão relacionadas a necessidades que vão além do nível da mera

sobrevivência. E dessa forma que o darwinismo social, que tradicionalmente tem validado

a teoria e a prática da administração, tornou-se obsoleto por força das circunstâncias.

2. O que está sendo dito, de modo detalhado, e como está sendo dito?

No final do século 19 houve uma mudança de orientação nos estudos sobre

organização e trabalho. Antes, não havia sentido tentar integrar os interesses de

empregadores e empregados, antagonismo esse que era legitimado pela tradição e pela

ciência social da época, cuja imagem de homem estava de acordo com o tipo de

administração que Taylor e os autores clássicos advogavam. Entretanto, hoje os livros

que têm grande aceitação pública são os notórios por suas críticas aos sistemas sociais e

organizacionais vigentes, pois tornou-se normal afirmar que há uma atmosfera de crise a

envolver as organizações contemporâneas, e está se reflete na teoria que se formula sobre

elas. Há um elevado grau de ambiguidade e confusão que atormenta o ambiente interno

e externo das organizações atuais, o que reflete no grande interesse em saber como

abordar os problemas que nos confrontam. Focando nestas dificuldades, estudiosos deram

a entender que está surgindo um novo modelo de homem, cujo desenvolvimento eelucidação são essenciais para superar o atual estado crítico da arte e da teoria da

administração, o “homem parentético”.

Em toda a história do estudo da administração, os teóricos e profissionais fizeram

suposições acríticas sobre a natureza do homem, em suas obras e suas ações. Hoje, porém,

dificilmente será satisfatória uma teoria administrativa que ignore suas implicações

psicológicas. Sendo assim, na teoria administrativa, tem-se o homem operacional que

equivale ao homo economicus, homo sociologicus e ao homo politicus, cuja

características psicológicas básicas conformarem-se aos critérios inerentes ao sistema

social industrial e, portanto, a manterem-no ilesos. Além disso, ele tem sido considerado

um recurso organizacional a ser maximizado em termos de produto físico mensurável,

cuja a organização, implica: trabalhador é visto como um ser passivo, programado;

treinamento para “ajustar” o indivíduo aos imperativos da produção; visão do homem

como calculista (motivações e recompensas) e isolado; indiferença às premissas éticas e

de valor do ambiente externo; sem possibilidade de liberdade pessoal; e convicção de que

o trabalho é essencialmente um adiamento da satisfação.

Uma alternativa a esse tipo de homem foi o “homem reativo”, sugerido na década

de 1930, na Escola de Relações Humanas, que via o homem como um ser mais complexo

devida sua visão mais sofisticada sobre a natureza da motivação humana, não

negligenciavam o ambiente social externo da organização, e consideravam o papel de

valores, sentimentos e atitudes sobre o processo de produção. Para os humanistas, o

sistema industrial e a empresa funcionam como variáveis independentes, e o objetivo

principal da administração é estimular comportamentos que reforcem sua racionalidade

específica. Porém, os objetivos que buscavam não haviam realmente mudado, as reações

positivas eram em favor das metas da empresa, ou seja, seu objetivo principal era ajustar

os indivíduos aos contextos de trabalho, e não o seu crescimento individual. Para

despertar reações positivas em favor das metas da empresa, pois viam o trabalhador como

um ser reativo, eles desenvolveram procedimentos para lidar com as relações humanas,

realizando assim, a inserção total do indivíduo na organização, o transformando no

“homem

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