Saúde e humanização

Humano: você é?

A saúde é um dos assuntos que mais se faz presente nas discussões atualmente, muitos se perguntam como deve ser o atendimento à aqueles que buscam atendimento seja na saúde pública ou privada.

O atendimento deveria ser feito de forma empática, onde é necessário se colocar no lugar do outro, daquele que sente-se fragilizado, muitas vezes com seus valores questionados, e ainda com a possibilidade real da finitude da vida, usando a fala, o toque, o olhar, para garantir a dignidade daquele que se sente enfermo, a humanização da dor, do prazer, depende da nossa capacidade de ouvir e falar, de criarmos diálogos, para resgatar o respeito à vida humana.

Ser gentil, educado, compreensivo, dar um sorriso ao paciente, muitas vezes é difícil, pois também temos sentimos, dores e necessidades, mas não devemos esquecer que muitas vezes, um toque nas mãos e uma simples pergunta “Como você está se sentindo?”, pode transformar o dia daquele paciente, deixar essa pessoas ciente de tudo que está acontecendo, de forma clara e corretas, faz com que a mesma se sinta mais segura, menos angustiada, e mais colaborativa e aderente ao tratamento.

Em alguns momentos vamos nos deparar com pacientes que já estão fora de possibilidade de cura e será necessário lidar com essa situação afim de amenizar suas dores físicas e emocionais, o acolhendo.

O cuidar é um ato de amor, amor ao próximo, a profissão que escolhemos, a humanidade, os profissionais envolvidos no cuidar não são somente os da saúde, os médicos, a equipe de enfermagem, são também os porteiros, os atendentes, a equipe da limpeza.

Você já parou para pensar de como se sente um paciente que após ter um episódio de vômito na recepção da Unidade Básica de Saúde, ouve da moça da limpeza, “Nossa tio, não deu tempo de chegar no banheiro, que sujeira fez aqui heim, que nojo!”

Ou ainda um paciente com câncer na fase terminal e que encontra-se em cuidados paliativos e está internado no quarto 340, e é rotulado como o “terminal do 340”.

O paciente não deve nunca perder sua personalidade, pois acima de qualquer enfermidade ou necessidade ele é ser humano, com sentimentos.