Sintese dos textos trabalho e capital monpolista e economia politica
Por: Calcabrine • 11/1/2016 • Resenha • 897 Palavras (4 Páginas) • 717 Visualizações
Os textos “Trabalho e capital monopolista” e “Economia política: uma introdução crítica” sugerem que a partir de um processo evolutivo o homem transforma-se em ser social. Mediante o trabalho, a humanidade se constitua como tal, deixando de ser apenas um ser natural. A definição de trabalho sugerida é de que por uma necessidade de sobrevivência do ser humano, o mesmo precisava interagir com a natureza de forma a modificá-la, esse ato se caracteriza como trabalho, que é também uma ação que altera o estado da natureza para que a mesma seja mais útil. Em razão do trabalho, os seres humanos, utilizando suas características naturais (corpo), se distinguem da natureza, mas participam dela. Por conta disso, os homens criaram a si mesmos, em virtude de sua própria atividade, tornando-se seres sociais. Além disso, existe uma comparação nos textos entre o trabalho humano e o animal, visando determinar as diferenças entre eles. Considerando que cada vez mais o ser humano se torna ser social, afastando-se de suas características naturais, essa distância faz com que ele seja consciente, antecipando suas vontades com vistas ao fim.
O trabalho do ser humano é aprendido, consciente e proposital, ele transforma a natureza para satisfazer suas necessidades, porém, ao contrário dos animais que exercem o trabalho de forma instintiva, ele projeta as atividades e a finalidade do trabalho na mente antes de realizá-las de fato. Essa transformação realizada pelo homem está veiculada sempre a um instrumento de transformação que parte de uma objetivação que pode ser num plano subjetivo ou objetivo. O plano subjetivo aborda a questão da modificação da natureza quando o ser humano cria essa modificação em sua mente antes de pô-la em prática. A objetiva diz a respeito da ação em si, que sairá da abstração e concretizará a modificação na natureza.
Dessa forma, os textos dizem que a principal vantagem do ser humano em relação aos animais não é só a questão física, mas também a capacidade de abstração. Sendo assim, as atividades humanas, por exemplo, podem ser mediadas por instrumentos ou por terceiros, diferentemente do mundo animal.
A análise, proposta pelos textos, é nada mais que avaliar quais formas o trabalho assume diante das relações capitalistas de produção, abordando o posicionamento do capitalismo em relação à força de trabalho. Os autores sugerem que a produção capitalista necessita de um intercambio de relações mercadorias e dinheiro. No entanto, para que isso ocorra, é necessário que exista a separação dos trabalhadores dos locais de produção, pois, dessa forma eles podem vender sua força de trabalho a terceiros. O segundo ponto é que os mesmos devem ser livres da escravidão, para que eles não sejam impedidos de oferecer sua força de trabalho. Por ultimo, o emprego do trabalhador serve como forma de expandir a unidade de capital que pertence ao empregador, que atua como um capitalista, nessas condições. Então, o processo de trabalho começa quando o empregador e trabalhador fazem um contrato ou entram em acordo estabelecendo as condições dessa venda da força de trabalho. A economia capitalista tem força para converter todos os tipos de força de trabalho em trabalho assalariado. Assim, o trabalhador faz a venda da sua força de trabalho, pois as condições sociais impostas a ele não lhes dão outra alternativa para sobreviver. Já o empregador, que tem uma quantidade de capital, se esforça para expandir a mesma de forma a converter parte em salários. Assim, o processo de trabalho, que de forma geral serviria para a produção de valores úteis, agora, nada mais é do que um processo específico
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