VISÕES DO SER HUMANO NUMA PERSPECTIVA HISTÓRICA
Por: Janaína Maria • 25/3/2017 • Resenha • 1.428 Palavras (6 Páginas) • 858 Visualizações
Visões do Ser Humano numa perspectiva histórica.
Rascunho!!
Na idade antiga
Alguns filósofos desse período, tentaram explicar a origem do mundo (cosmos), o entendimento do ser, sua relação própria e com o mundo. Como exemplo de pré- socráticos podemos citar Tales de Mileto que afirmava que “todas as coisas estão cheias de deuses.” Tales Dessa forma a natureza passa também a ser considerada como algo divino. Xenófanes de Cólofon afirmou que os deuses não tinham semelhança humana e que Deus é o Cosmo. Pitágoras de Samos trouxe consigo o estudo da origem do mundo através da matemática, a mesma está em tudo. Herávlito de Éfeso afirmou que “tudo corre, nada para... Ninguém se pode banhar duas vezes nas águas do mesmo rio.” Afirmando que o mundo está em constante movimento e que todas as coisas se modificam.
Os sofistas sempre abusavam da dialética, que é a arte argumentativa, como exemplo podemos citar Protágoras que tem sua famosa e célebre frase: "O homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, das coisas que não são, enquanto não são." Tendo como base para isso o pensamento de Heráclito. Também podemos citar Górgias que representa um dos maiores oradores da Grécia Antiga. Sócrates veio para filosofar fortemente, apesar de não ter deixado nada escrito. Oráculo de Delfos deixou-nos a seguinte indagação: “Conhece-te a ti mesmo.” Platão teve uma visão dualista, onde inspirou sua metáfora mais clássica: O mito da caverna, onde fala do mundo das ideias, mundo das sombras. Era o mundo da luz X o mundo das aparências. Aristóteles reage contra Platão, indagando que não há separação entre matéria e espírito. Também na idade antiga houve a escola dos romanos, onde esteve presente o estoicismo, com relação a razão do homem e o epicurismo, com relação ao prazer de viver.
Na idade média
Nesse período, entre os séculos VI e XV existia uma visão de mundo bastante característica, tendo como essência o cristianismo, que evoluiu durante o período. Na visão cristão, não era o indivíduo, mas o Criador que determinava o que constituía a felicidade. Eles acreditavam que Deus havia determinado as regras individuais e coletivaas e que a felicidade não vinha desse mundo, mas da união com Deus em um mundo superior. Essa crença, formulada pela igreja, dava sentido a vida e a morte, ou seja, era uma concepção cristão-medieval era teológica. A Bíblia e a filosofia grega eram os principais instrumentos utilizados nesse período.
Embora possua forte ligação com a antropologia grega, a concepção bíblica parte da linguagem da revelação. Por isso, o ponto de partida pressupõe a origem divina do homem. Dentre seus principais aspectos podemos citar: o homem: visto como imagem de Deus e convidado a viver em comunhão com ele, trazendo consigo a salvação que é um dom dado a quem a quiser ter essa relação com o criador. A influência da filosofia grega, da patrística e de Santo Agostinho predominou nos autores medievais. Agostinho e Aristóteles influenciaram fortemente A principal síntese da antropologia medieval se encontra em Santo Tomás de Aquino, que fundamentava que o homem é corpo e alma inteligente, incorpórea e se encontra, no universo, entre os anjos e os animais, ele contestou o platonismo e a tese das ideias inatas.
Na idade moderna
Na modernidade surgem diversas antropologias. A Renascença é conhecida como idade do humanismo, que falava muito sobre dignidade. O homem é visto como o centro da criação, tendo uma dignidade natural, inerente à sua própria natureza, um ser que reproduz em si a harmonia do cosmo(mundo). Portanto, este período retoma os ideais gregos e romanos que exaltam o homem em sua plenitude e valorizam a vida terrena. A antropologia da Renascença rompe com a imagem medieval cristã do homem e inaugura a imagem racionalista do homem que prevalece nos séculos XVII e XVIII.
O ser humano e a vida passam a serem explicadas à luz do mecanicismo, como exemplo podemos citar René Descartes, que estabelece uma visão dualista do ser humano. O espírito, pensamento que pensa a si mesmo e que oferece consciência de si, está em oposição ao corpo e à natureza enquanto um agregado de objetos sem alma. O empirismo inglês foi uma versão importantíssima do racionalismo. John Locke foi o principal representante, pois ele traçou a imagem do ser humano que dizia que o que distingue o homem é o trabalho de seu corpo e a obra de suas mãos, cujo produto, incorporado ao Estado lhe oferece uma propriedade. O indivíduo e Deus são os únicos soberanos na sociedade. Outros principais pensadores desse período foram: Voltaire, Diderot, Espinoza, Gusdorf. O ser humano passou a ser analisado em seu contexto geográfico e cultural.
Na idade contemporânea
Esse período foi marcado pelo romantismo, que se trata de um movimento de sensibilidade e ideias que foi se formando ao longo do século XVIII. Os autores desse período romântico, resistiam às ideias iluministas mecanicistas de Newton e empiristas de Locke. Enfatizavam a primazia do sentimento sobre a razão. Jean Jacques Rousseau foi um dos representantes desse movimento. Desenvolveu uma antropologia que se opõe tanto à antropologia clássica de tipo platônico, quanto à antropologia cristão-medieval. Ele rejeita toda forma de transcendência, a cultura e a moral existente Herder em sua antropologia afirmava que o homem é um ser de linguagem, a qual é a própria forma humana da racionalidade e não um dom divino, ou seja um ser racional.
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