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A ASSOCIAÇÃO DE PRODUÇÃO DE ARTESANATO DAS MULHERES INDIGENAS KAXINAWÁ TARAUACÁ E JORDÃO – APAMINKTAJ

Por:   •  25/10/2022  •  Projeto de pesquisa  •  4.272 Palavras (18 Páginas)  •  106 Visualizações

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ASSOCIAÇÃO DE PRODUÇÃO DE ARTESANATO DAS MULHERES INDIGENAS KAXINAWÁ TARAUACÁ E JORDÃO – APAMINKTAJ

PROJETO FARINHA DA ALDEIA

IDENTIFICAÇÃO DO PROPONENTE

Entidade proponente

Associação de produção de artesanato das mulheres indígenas Kaxinawá (Hunikuî) Tarauacá e Jordão

Nome Fantasia

 APAMINKTAJ.

CNPJ

03.602.293/0001-75

Endereço

Rua Simão Leite Damasceno, nº 70, Bairro Senador Pompeu, Cidade: Tarauacá, UF: Acre, CEP: 69.970-000

E-mail

adriano.cacautk@gmail.com 

Telefones

68 – 99202-1447 – 99203-8031

DADOS BACÁRIOS  

Banco Número e Nome

 001 – BANCO DO BRASIL

Conta

11.779-x

Tipo de Conta

POUPANÇA

Agência

2713-8

  1.   APRESENTAÇÃO DA ENTIDADE

                       Associação de produção de artesanato das mulheres
indígenas Kaxinawá (Hunikuî) Tarauacá e Jordão. APAMINKTAJ, foi criada, no intuito de reunir e valorizar o trabalho das mulheres Hunikuî. Nasceu da necessidade de termos o nosso trabalho e poder ajudar os nossos maridos e comprar alimentos, roupas para nossas crianças. Um dos maiores motivos também de criar associação e a geração de emprego e renda para os parentes indígenas. Os avanços são poucos, devido estarmos localizados em várias terras indígenas em todo o estado do Acre, isso dificulta reunirmos para realizar as atividades em conjunto.

                   Kaxinawá é maior povo indígena do Estado do Acre, somos uma população crescente de dez mil pessoas, distribuídos em 12 terras indígenas, em cinco municípios do Estado do Acre. Ainda lutamos pela demarcação de uma terra chamada Curralinho no município de Feijó que no passado pertenceu ao nosso povo. Estamos localizados também no Peru, uma população bastante grande.

  1.  NOSSA MISSÃO

                  Nossa missão e buscar parcerias, através de investimentos e incentivos a geração de emprego e renda para as nossas comunidades indígenas, sendo que os incentivos são poucos para que os povos indígenas venham a realizar a exploração e comercialização de produtos e matéria-prima que eles inseriram na cultura do povo brasileiro.

  1. OBJETIVO GERAL

            Gerar emprego e renda nas comunidades indígenas Kaxinawá;

             Garantir uma produção sustentável e com zero queimadas e desmatamentos, causando mínimo possível de impacto ambiental;

              Incentivar outras comunidades tradicionais a investirem na produção e comercialização de produtos tradicionais.

  1. OBJETIVOS ESPECIFICOS

Produção sustentável para fins de comercialização da farinha de mandioca;

Criação de marca de farinha produzida 100% em aldeia indígenas, agregando valor de marcado ao produto;

Gerar emprego e renda na comunidade local;

Incentivo ao empreendedorismo nas comunidades tradicionais.

  1. JUSTIFICATIVA DO PROJETO

               A produção de alimentos no mundo exige cada vez mais cuidados que vão desde a produção primária até sua comercialização ao consumidor final. As regras para produzir os mais diversos tipos de nutrimentos dentro dos padrões de qualidade determinados pelos órgãos que regulamentam e norteiam sua fabricação são inúmeras e complexas. Não importa se o destino é para consumo interno ou para exportação, se grande ou pequeno produtor. Todos devem seguir ou procurar se adequar ao mais próximo do que é estabelecido pela legislação oficial.  

         No Brasil, é cultivada em quase todas as regiões, sendo utilizada principalmente sob a forma de farinha e outros produtos industrializados. Apesar de não existirem dados estatísticos, o consumo de mandioca de mesa no Brasil é muito grande. A maior parte dessa mandioca é produzida em culturas de “fundo de quintal”, cuja produção não passa por processo organizado de comercialização (Carvalho et al., 1995). Na Amazônia o segmento da cadeia produtiva da mandioca na Amazônia que merece atenção visando à melhoria de processos se refere às estruturas e aos equipamentos rudimentares das casas de farinha e processamento artesanal que resultam na produção de farinha de mandioca com baixa qualidade.

              Várias das operações de processamento são realizadas manualmente, sendo um trabalho fisicamente muito desgastante, que em geral envolve toda a família. A estrutura e os procedimentos adotados nas unidades de processamento, em geral, comprometem o rendimento de produção e a qualidade dos produtos e que as normas da legislação para unidades de alimento não são atendidas, práticas higiênico-sanitárias não são adotadas, ocorrendo contaminações microbiológicas e por partículas sólidas que comprometem a conservação dos produtos e sua segurança para consumo humano.

    Com extensão territorial de 164.123 Km2 e uma população de 803.513 habitantes, o Estado do Acre divide-se em cinco microrregiões: Alto Acre, Baixo Acre, Purus, Tarauacá-Envira e Juruá. A Regional de Tarauacá situa-se no centro do estado á 400 kg da capital, compreendendo os municípios de Tarauacá, Feijó e Jordão. O município de Tarauacá tem elevada produção de mandioca e respectivamente uma produção de farinha que se destaca mundialmente pelas qualidades organolépticas e sensoriais. Conhecida como “farinha Tarauacá” possui uma notoriedade e uma preferência pela população local há décadas. Neste produto estão vinculados a tradição e o conhecimento tradicional do “saber fazer” diferenciado.

       A partir deste reconhecimento, a Embrapa Acre vem estudando este produto desde 2010 em termos de qualidade físico-química, definição das etapas do fluxograma de processamento e potencialização dos resíduos de fabricação. Os resultados das pesquisas a qualificaram como um produto de qualidade, bem como diante da aceitabilidade e do reconhecimento dos consumidores pela “farinha de Tarauacá”, a partir de 2013 o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA/SFA-AC) passou a reconhecer este produto como potencial para embasar uma Indicação Geográfica na região.

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