A Autoridade e Liderança
Por: admrodrigo • 14/1/2019 • Artigo • 786 Palavras (4 Páginas) • 145 Visualizações
Autoridade e Liderança nas organizações públicas
Os elementos, autoridade e liderança, de acordo com o material disponível na plataforma de estudo, são necessários para regular o funcionamento dos processos, pois afetam o comportamento das pessoas no que diz respeito à limitação de autonomia, à possibilidade de promover inovações nos processos de trabalho, à flexibilidade de alocação de recursos ou atuação, à utilização de competências adquiridas, entre outros aspectos. Dessa maneira, a ausência de definição clara da cadeia de comando pode inspirar atritos e significativos problemas gerenciais.
Especificamente na administração pública existem diversas situações em relação a composição dos servidores/agentes públicos em sua estrutura de trabalho, que podem ser representados por aqueles de carreiras (concursados), de nomeações políticas (comissionados), de contratados por tempo determinado, e ainda, de estagiários, ou seja, é uma diversidade bem grande de situações que torna maior a necessidade de um perfil de liderança, autoridade e gerenciamento competente do gestor público, principalmente se pensarmos que a cada troca de chefe do poder executivo, esse perfil poderá sofrer alterações.
Independentemente dessa diversidade no quadro de “funcionários”, no serviço público se trabalha com uma forte presença do processo burocrático, de hierarquia de autoridade, que se distribui sobre forma de subordinação entre escalões de agentes, respaldando a centralização do poder decisório utilizada, que tende a procurar mecanismos de preservação de determinadas posições. Em contrapartida, o gestor conta com a possibilidade de recorrer a delegação, que é uma reação positiva a centralização, a fim de atenuar os efeitos nocivos que a concentração do poder pode causar.
Nesse contexto, essa “rigidez” que se encontra nos processos decisórios do administrador público afeta o comportamento dos envolvidos, pois conforme já foi dito, pode interferir na autonomia, inovações, flexibilidade, competências, enfim, nas atitudes dos subordinados, por que além de ser uma característica da esfera pública, ainda sofre interferência do plano de governo e da vontade política que cada chefe do executivo eleito impõe, dificultando a implantação de medidas inovadoras e criativas que poderiam melhorar a prática de determinado serviço, por exemplo, minimizando o retrabalho e perda de tempo que possa ocorrer em determinado processo.
Um aspecto recorrente no órgão público, quando se nomeia um gestor público, é que muita das vezes o escolhido não tem experiência de atuação na área em que irá administrar, fato este que pode dificultar sua tomada de decisões perante aos subordinados, pois estes podem duvidar das propostas indicadas reduzindo a confiança e a motivação da equipe, bem como afetar o alcance dos resultados desejados.
De qualquer forma a delegação de autoridade é um elemento importante para amenizar os possíveis efeitos negativos, isso se observar aspectos para maior eficiência dessa relação, que segundo o texto “Comportamento Organizacional”, do nosso material, pode ser:
- Clareza na delegação: o gestor define o objeto da delegação, a atividade que está sendo confiada ao subordinado, o que se espera de resultado, a forma de avaliar os resultados (finalísticos ou intermediários) e o período envolvido no processo. É necessário ter cuidado na escolha para não se sentir inseguro fazendo com que designe outro agente para a execução da mesma atividade, pois costumam acontecer e pode representar atritos em decorrência da sobreposição de atuação ou apresentação de resultados diferentes.
- Especificação da autoridade e autonomia delegada: o agente delegado deve perceber claramente sua competência delegada, para compatibizá-la com o cargo ou função exercida originalmente, porém essa delimitação de poder deve ser observada pelo agente que delega, pois ele que responderá em ultima instância por eventuais excessos ou omissões.
- Participação do delegado no processo de concepção e transferência: a interação e comunicação entre os envolvidos devem ser perfeitamente estabelecidas. O agente delegado deve ficar atento ao desempenho de suas atividades originais e ser capaz de analisar seu potencial para a execução das atividades delegadas, informando ao superior eventual divergência.
- Informação aos demais membros da organização: a falta da informação aos demais servidores em relação à transferência de autoridade faz com que estes não reconheçam a legitimidade da atuação por delegação.
- Estabelecimentos de indicadores de controle dos resultados das ações delegadas: a delegação tem por finalidade a transferência de atividade para liberar o dirigente para ações em áreas prioritárias. Sendo assim, a atuação deve ser monitorada pelos resultados e para isso o dirigente precisa definir os pontos de controle ou indicadores de resultado que o agente delegado informe o seu desempenho.
A hierarquia direciona as relações e as atividades decorrentes da subordinação, cujo o agente superior pode ordenar a execução de atividades a seus servidores, fazendo com que haja uma cooperação. Dessa maneira o gestor deve exercer sua autoridade com competência e liderar de forma que estimule e motive a todos os envolvidos a fazerem com eficiência e qualidade aquilo que for proposto e se comprometerem a melhorar os seus resultados e os da organização.
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