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A CONTRIBUIÇÃO DOS CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL ÁS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS

Por:   •  14/6/2018  •  Trabalho acadêmico  •  1.079 Palavras (5 Páginas)  •  481 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO DISTRITO FEDERAL

ROBERT ALMEIDA LIMA

RGM: 1526080-1

A CONTRIBUIÇÃO DOS CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL ÁS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS

BRASÍLIA

2018

ARRUDA, Marilia Cecilia Coutinho. A CONTRIBUIÇÃO DOS CÓDIGOS DE ÉTICA PROFISSIONAL ÀS ORGANIZAÇÕES BRASILEIRAS. CENE-FGV-EASP Centro de Estudos de Ética nas Organizações. E & G economia e gestão, Belo Horizonte, v.5 n.9, p. 35-47, abr. 2005. Resumido por Robert Almeida Lima estudante de Administração no Centro Universitário do Distrito Federal.

A ética profissional diz respeito a pessoas que exercem uma atividade reconhecida como profissão, bem como a associações profissionais e sindicatos no exercício de suas atividades específicas, ao passo que a ética nos negócios se refere às empresas e às organizações em geral. A empresa necessita desenvolver-se de tal maneira que a ética, entendida como a conduta ética de seus empregados e os valores e crenças primordiais da organização, torne-se parte de sua cultura.

O conceito e a prática da ética nos negócios evoluíram muito desde a década de 1950. Inicialmente, a ênfase estava nos profissionais que deviam agir de forma correta nas organizações. Nos anos de 1960, os trabalhadores procuravam mais reconhecimento dentro das organizações, chegando mesmo a participar dos Conselhos Diretivos em empresas alemãs. Posteriormente, a Ética nos Negócios começou a constar como disciplina nos currículos das faculdades de Administração. A ética ganhou importância e passou a ser considerada em dimensões até então nunca pensadas. Com a expansão das empresas multinacionais por outros continentes, alguns conflitos de padrões éticos em diferentes culturas levaram as organizações a criar códigos de ética corporativos, estabelecendo alguns limites para várias de suas práticas. Simultaneamente, o surgimento de novas profissões também exigiu o desenvolvimento de códigos de ética específicos. Para fins do presente trabalho, define-se a ética como a parte da filosofia que trata da moralidade das ações humanas, ou seja, conquanto boas ou más. A ética se apoia na própria realidade humana, na qual a razão encontra e sabe que há princípios morais universais corretos. Parte-se, portanto, dos pressupostos básicos do realismo filosófico.

A ética das virtudes é a repetição de ações boas até que elas se tornem um hábito. Solomon (1999) identifica as virtudes mais importantes para os negócios, como a honestidade, a justiça e a credibilidade (SOLOMON, 1999, p. 111). No entanto, desenvolve o “Catálogo das virtudes”, explicando o significado de cada uma, o contexto em que ela pode ser exercida na empresa, o mito com que pode ser vista, a utilidade para si e para os outros, o excesso e a deficiência, e a “prova dos nove”, uma exemplificação divertida de como o verdadeiro exercício de uma virtude se contrapõe ao seu desempenho superficial (SOLOMON, 1999, p. 110- 154). Trata-se de uma amostra que pode parecer excessiva e confusa, porém ajuda a definir o “estilo ético” de um profissional e a contribuição de seu comporta- mento virtuoso para a organização.

O profissionalismo é uma forma ética de trabalhar se, com base no bom conhecimento técnico-científico e no reconhecimento social, assegura bom desempenho da economia. O profissionalismo como virtude se revela muito importante para as empresas e para a sociedade. O mercado requer competência profissional, ou seja, um trabalho dedicado, por vezes extenuante, para fazer as coisas da melhor forma, tanto do ponto de vista técnico como científico. Daí que a cultura de um mercado livre só pode levar a resultados positivos, se houver um trabalho sério. A ética associada à excelência acaba por desenvolver virtudes, isto é, qualidades que capacitam as pessoas a encontrar motivos para agir bem, com liberdade. São os valores transformados em ações (ARRUDA, 2001, p. 71). Ainda que não se referisse às empresas, Aristóteles (1973) identificou muitas virtudes importantes para ser vividas nessas instituições, a saber: prudência, justiça, moderação, liberalidade, ambição, sabedoria e amizade.

Quando os códigos de ética profissional não são suficientes para orientar os empregados, e a empresa não possui regras claras, o recurso para diminuir conflitos acaba sendo as leis ou as normas jurídicas (LECLAIR, 1998, p. 17). A maior parte dos problemas éticos, no entanto, parece advir da gerência de recursos humanos e da administração de pessoal: avaliação de desempenho, contratação, demissão, rebaixamento, benefícios e relacionamento no trabalho (TOFFLER, 1993, p. 3-4).

Por seu caráter social, as pessoas influenciam os demais pelos efeitos de suas ações. Na empresa, o esforço para atingir as metas denota uma consideração para com os dirigentes e os demais colegas. Fica claro, então, que a virtude exige atitude de buscar o bem, não só para si mesmo, mas também para os outros, e não apenas porque isso seja economicamente rentável (FONTRODONA, 1998, p. 27-28). O fator humano, cujo valor é imprescindível para o processo produtivo e por ser seu destinatário, dá-lhe direito de preferência sobre os recursos matérias e tecnológicos (MELÉ, 1994, p. 27).

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