A UNIVERSIDADE CORPORATIVA
Por: renan_1601 • 13/9/2018 • Resenha • 951 Palavras (4 Páginas) • 291 Visualizações
RESENHA 2 - UNIVERSIDADE CORPORATIVA
A universidade corporativa não é uma universidade, e sim a nova denominação dos chamados Centros de Treinamento e Desenvolvimento de Recursos Humanos de grandes empresas. As principais preocupações das empresas ao criarem uma universidade corporativa são, desenvolver pesquisas e ações para obter respostas para as suas atividades-fim, ou seja, estão procurando treinamento e desenvolvimento para seus profissionais nos assuntos de seu interesse operacional e estratégico. A educação permanente na universidade acadêmica é vista como uma aprendizagem para a vida toda, enquanto que a da universidade corporativa atende a uma determinada necessidade, em espaço e tempo limitados, ou seja, quando o indivíduo sai (ou é mandado embora) da empresa, ou ainda, quando mudam as diretrizes do mercado, aquele conhecimento tende a cair em desuso.
Universidade Corporativa é definida como um espaço educacional dentro de uma empresa e por ela gerenciado, com o objetivo de institucionalizar uma cultura de aprendizagem contínua, que vise proporcionar a aquisição de novas competências vinculadas às estratégias empresariais, com o propósito de assegurar vantagens competitivas permanentes às empresas. De acordo com teóricos como Meister (1999), Senge (1996) e Stuart (1998), a universidade acadêmica é incapaz de proporcionar a formação exigida pelo mundo do trabalho em constante resstruturação e a universidade corporativa é a grande saída para os problemas educacionais da atualidade. Ter um ambiente de aprendizagem é um diferencial em uma empresa. Não é sempre necessário ter um espaço físico, algumas empresas como a IBM Global Campus, prescindem deles porque utilizam fortemente a educação a distância em todas as suas variáveis. São os chamados ambientes virtuais de aprendizagem. A primeira universidade corporativa foi criada no ano de 1955 - a Cotronville - ligada à empresa General Eletric , nos Estados Unidos. No Brasil, a primeira empresa a ter foi a Accor, criada em 1992, em Campinas, São Paulo. Apoiar-se na competência formativa da universidade acadêmica passou a ser um fator de sucesso para a universidade corporativa . São dois os motivos principais para que isso aconteça. Em primeiro lugar, porque as universidade acadêmicas " têm a competência de agregar valor" aos programas das empresas. O segundo motivo é que as universidades corporativas, sozinhas, não têm seus cursos reconhecidos pelo Ministério da Educação e precisam da parceria com as universidades acadêmicas para obterem esse reconhecimento. As universidades corporativas são, para as empresas, importantes instrumentos de marketing , fazendo com que se direcione pontualmente a busca de parceria, principalmente com universidades públicas . Os professores das públicas são responsáveis por mais de 85% das pesquisas realizadas no país, e estas instituições agregam 90% dos doutores-pesquisadores registrados nos Grupos de Pesquisa do CNPq. Isso significa que, com elas, o risco pode ser bem menor e o reconhecimento social consideravelmente maior. O fato das universidades corporativas não terem seus cursos reconhecidos pelo MEC e precisarem do aval de uma instituição acadêmica, também é consideral para o convite. Ter um membro do corpo docente da comunidade acadêmica de uma universidade pública pode facilitar muito a elaboração e aprovação de grades curriculares, programas de disciplinas e listagem de bibliografia teoricamente consistente. Algumas universidades corporativas estabeleceram convênios, como por exemplo a UniMetrô, Universidade Corporativa do Metrô, montada em 1999, estabeleceu com a Universidade de São Paulo (USP), no ano de 2004, e hoje oferece MBA aos seus funcionários. A Universidade Embratel é parceira das Faculdades Ibmec, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), em alguns de seus programas. Universidades públicas tem vantagens no que diz respeito aos recursos materiais, laboratórios podem ser equipados, novos computadores e demais recursos tecnológicos. Além disso, os professores e técnicos administrativos que trabalhassem nos novos cursos teriam uma remuneração complementar, via Fundação de Apoio. A instituição ampliaria consideravelmente o número de alunos a custos reduzidos e em tempo menor. O curso não seria limitado ao espaço físico do campus universitário, gracas à utilização do ensino a distância que contaria com vídeo-conferências e e-learning.
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