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Analise da competitividade das exportações brasileiras

Por:   •  29/6/2019  •  Relatório de pesquisa  •  1.701 Palavras (7 Páginas)  •  177 Visualizações

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Matriz de atividade individual

Módulo: 3 – Internacionalizações de empresas

Atividade: 5.2.2 – Atividade Individual

Título: Analise da competitividade das exportações brasileiras

Aluno: Dimas Freire de Oliveira

Disciplina: Negócios Internacionais

Turma: SP G - 13

Introdução

O Brasil vem se consolidando com um forte concorrente no mercado internacional em diversos setores, como por exemplo; calçados, bijuterias, biquínis e moveleiros.

Neste trabalho, discutirei como este processo aconteceu, e quais os fatores auxiliaram neste posicionamento.

Justificativa

Alguns fatores, como custo de mão de obra, oferta de matérias-primas, automação industrial, qualidade, preço e design entre outros, são determinantes no posicionamento dos produtos, assim como sua diferenciação em relação aos competidores no mercado interno e em âmbito internacional.

No setor calçadista, preço e capacidade produtiva são os principais fatores para o posicionamento perante os concorrentes internacionais.

Outro ponto importante diz respeito à substituição do couro por materiais sintéticos e borrachas o possibilita uma maior automatização do processo fabril.

O Brasil já é autossuficiente na área produtiva, e atualmente é o único país que possui tecnologia em todos os processos da produção de calçados. O país só chegou a este status, pois desenvolveu:

  • O maior conglomerado calçadista do mundo;
  • Possui rebanhos bovinos e curtumes para a produção do couro;
  • Oferta de indústrias produtoras de todos os componentes utilizados na produção de calçados;
  • Cursos e instituições para formação de recursos especializados;
  • Centros de pesquisa para desenvolvimento de novos projetos e tecnologias;

No caso do mercado de bijuterias, o design com a “cara” brasileira e o preço competitivo são os principais fatores de diferenciação em relação ao mercado internacional. Segundo Vera Masi, diretora da Masi Associados, empresa que promove a Bijóias, feira de acessórios de moda “o fato de serem assinadas por designers, assim como as francesas, que são referência no mundo, é um dos diferenciais em relação às peças chinesas”.

A tendência atual dos grandes compradores internacionais é, cada vez mais, escolher produtos provenientes de países em desenvolvimento que possuam uma certificação de qualidade no que diz respeito às normas ambientais e sociais.

Outro ponto fundamental diz respeito a incentivos e convênios com órgãos governamentais, como a Agência de Promoção de Exportações Brasileiras (APEX) e o Instituto Brasileiro de Gemas e Metais Preciosos (IBGM) que auxilia a promover peças brasileiras no mercado estrangeiro, através da participação em feiras internacionais, promoção de rodada de negócios e confecção de material promocional.

Quando voltamos os olhos para o mercado de biquínis, considerando a atual imagem positiva da moda praia brasileira no exterior, especula-se que apenas 10% da produção sejam destinados à exportação, gerando divisas de US$ 18 milhões anuais, muito pouco se comparado com os US$ 755 milhões gerados pela China, maior exportador mundial (junto com seu protetorado Hong Kong).

No ranking dos maiores exportadores ainda estão Itália, México e Alemanha respectivamente, o terceiro, o quarto e o quinto. O Brasil aparece no vigésimo sexto lugar.

Distintas estratégias e fatores de competitividade explicam os diferentes resultados. A China e outros países asiáticos têm como principal fator de competitividade o preço. O México também compete por preços (no mercado norte-americano) devido a não incidência de tarifas. Países, como Itália e França, competem por diferenciação.

O mercado internacional ainda tem importância reduzida para a maior parte das empresas brasileiras desse setor. Uma explicação seria o tamanho reduzido do mercado externo quando comparado ao mercado interno. Com isso, muitas empresas não buscam a exportação de forma pró-ativa. Acabam exportando de forma passiva ou reativa, de uma maneira quase acidental

Desenvolvimento

Características da indústria calçadista

O mercado de calçados tem sido cada vez mais explorado pelos países em desenvolvimento em função do custo de mão de obra mais baixo. Porém só este fator não é sustentável no longo prazo, além dos impactos sociais relacionados com este tipo de situação.

A crescente importância do marketing e da publicidade para a fixação da marca, a melhoria do processo produtivo, terceirização e racionalização das atividades.

A melhor estratégia é agregar valor aos produtos, através da melhora da qualidade, design diferenciado, produtos sofisticados, eficiência técnica e produtividade.

Existe uma preocupação muito grande dos países produtores, através da formação de centros de apoio, formação de mão de obra, disseminação de informações técnica de mercado.

Características da indústria moveleira

Há que se observar alguns aspectos que caracterizam a nova estrutura de produção do setor moveleiro.

A tecnologia evolui, trazendo incremento para o processo produtivo através da utilização de máquinas controladas micro eletronicamente, possibilitando a melhora na qualidade dos produtos, bem como uma maior flexibilidade do processo produtivo.

Outro ponto importante diz respeito à especialização das empresas reduzindo a verticalização através da terceirização.

Além disso, a onda de conscientização ecológica e o aumento das restrições obrigaram as empresas a utilizar chapas de madeira reflorestáveis como o pinus e o eucalipto e até mesmo materiais recicláveis.

O Brasil possui a maior oferta de madeiras tropicais do mundo, porém, oficialmente, participa com apenas 1% do comércio internacional de madeira. Esse potencial, agregado às condições excepcionais de clima, solo, dimensões continentais, que permite a exploração racional, desenvolvimento de novas florestas, remanejamentos, cultivos de novas espécies e reflorestamentos, podem destacar cada vez mais a posição brasileira frente ao mundo que luta contra a escassez de matéria-prima.

Essa enorme vantagem competitiva poderia ser utilizada para a colocação da indústria brasileira de móveis de madeira em posição de concorrência em nível internacional. Países desenvolvidos como Itália e Alemanha mantêm suas vantagens competitivas baseando-se no grau de modernização de suas máquinas e equipamentos, pois a indústria de máquinas para móveis nesses países é bem atualizada tecnologicamente. Ou seja, esse é o ponto forte de competitividade. Países em desenvolvimento como Indonésia e Filipinas aumentaram as suas exportações de móveis após ser proibida a exportação de madeira bruta, pois entendem que a matéria-prima é o seu ponto forte.

Características da indústria de bijuterias

Os principais produtores mundiais de bijuteria são China e Hong Kong. Por seu grande volume de produção, baixo custo de mão de obra e por sua originalidade aos olhos ocidentais, os produtos provenientes desses países invadiram todos os mercados compradores.

A participação brasileira no mercado mundial de bijuterias ainda é pouco expressiva diante da potencialidade. Em 2009, a bijuteria brasileira respondeu por apenas 0,3% da oferta mundial, registrando exportações da ordem de US$ 18 milhões.

Os principais fatores que influenciam as importações são:

  • Produto similar a preço mais baixo;
  • Produto inovador.

Tratando-se de um acessório de moda como a bijuteria, a inovação parece ter maior peso. Todos os canais de distribuição estão em busca de novidades e de produtos diferenciados.

Exportações mundiais de artigos de bijuteria, 2005-2009

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Características da indústria de biquínis.

A moda praia é um segmento diferenciado do setor de confecções no Brasil, com grande potencial para exportação.  O setor de moda praia, como o de confecções em geral, é marcado pela presença de micro, pequenas e médias empresas. Mas para o setor em geral, o potencial para exportação existe, sobretudo, na demanda mundial pelos nossos biquínis. Esta demanda foi formada principalmente pelo destaque dado por diversas revistas de moda internacionais, que destacam os biquínis brasileiros em suas reportagens. Segundo a revista de moda italiana “The Best of Intima” (2-2006), o país possui uma beleza nacional, não só em sua geografia, mas também nos corpos que desfilam pelo seu extenso litoral. Esta beleza, em parte fruto de uma grande miscigenação, em parte cultuada e buscada através de academias de ginástica e cirurgias plásticas, tornou-se uma “identidade nacional”, sob a qual se construiu uma forte imagem do Brasil no mundo.

Porém quando comparamos o tamanho do mercado externo em relação ao mercado interno, existem fatores que comprometem uma participação mais efetiva no mercado internacional. Entre elas podemos citar:

  • A maioria dos países desenvolvidos tem três meses de verão frente a oito no Brasil.
  • O hábito da brasileira de comprar vários biquínis e trocar a cada estação só é repetido por estrangeiros de alta classe social.

Esses fatores por si só, minimizam a possibilidade de empresas já consolidadas no Brasil, consolidar sua marca no mercado externo.

 

A posição de cada país no ranking de exportações mundiais é resultado de distintas estratégias e fatores de competitividade. China e outros países asiáticos têm como principal fator de competitividade o preço. Esses países são praticamente imbatíveis em termos de custo na produção de manufaturados em geral. Outros países, como o México, embora não possuam uma estrutura de custo tão baixa quanto a dos asiáticos, conseguem competir por preços no mercado norte-americano devido à não incidência de tarifas, o que representa um ganho de 25% frente a um concorrente como o Brasil.

Já o Brasil, que respondia por mais de 70% das exportações de moda praia, em 2005, aparece em 26º lugar no ranking de exportadores, com 1,08% das exportações mundial, correspondente a 18,3 milhões de dólares.

Conclusão

Apesar da melhora da posição brasileira no que diz respeito a concorrência internacional e a participação no mercado exportador, ainda existem muitas oportunidades de melhoria.

O design, a oferta de mão de obra e de matéria-prima são fatores positivos do Brasil em relação a outros países exportadores, porém ainda temos que evoluir muito na industrialização, para que possamos competir em “pé de igualdade” com os concorrentes asiáticos.

Outro ponto importante é a fixação da imagem do país internacionalmente, o que garante em muitos casos a abertura de novos mercados e a oportunidade de exposição dos produtos brasileiros.

Referências bibliográficas

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