Argentina Crise e Caos
Por: gleycerodrigues • 24/6/2015 • Pesquisas Acadêmicas • 691 Palavras (3 Páginas) • 232 Visualizações
“BUENOS AIRES- Três das cinco centrais sindicais argentinas protagonizam desde esta madrugada uma greve geral de 24 horas em protesto contra a política econômica da presidente Cristina Kirchner. Os líderes da Confederação Geral do Trabalho (CGT) "rebelde", a CGT "Azul e Celeste" e a Central dos Trabalhadores Argentinos (CTA) "rebelde" anunciaram hoje de manhã que a adesão à paralisação é "elevada". Segundo os sindicalistas, grandes empresas argentinas - entre as quais montadoras e empresas alimentícias - estão paralisadas nesta jornada.” Ariel Palacios, correspondente de O Estado de S. Paulo
Fonte: http://economia.estadao.com.br/noticias/economia-internacional,greve-geral-contra-cristina-kirchner-consegue-alta-adesao,181681,0.htm
Um dos assuntos mais comentados esses últimos dias na mídia é a crise financeira que a Argentina está vivendo.
Recentemente fiz uma viagem de férias e o roteiro incluía Buenos Aires na Argentina e Santiago no Chile onde pude contemplar como expectadora o cenário sociopolítico do país. Conhecer culturas diferentes nos permite apreciar o novo e fazer com que pudesse entender um pouco mais da disciplina Teoria do Desenvolvimento Organizacional e fazer links da teoria com a prática.
A Argentina é um dos maiores países da América Latina e já foi considerado um país desenvolvido, porém suas constantes crises o rebaixaram a um país subdesenvolvido como o Brasil. De volta a estaca zero a Argentina elimina toda e qualquer possibilidade de se tornar um país desenvolvido. Seus índices econômicos, sociais e industriais estão longe de atingir um nível pleno de desenvolvimento.
É sabido que a crise da Argentina não é algo recente ou atual, já que se arrasta e se repete por alguns anos. Segundo o economista e professor de comércio exterior Carlos Stempniewski “de certa forma a crise de 2001 nunca foi resolvida totalmente, pois parte dos credores não aceitou o calote e foi para a justiça, o que impede até hoje o país levantar fundo internacional de ajuda”.
É notório que o problema não foi resolvido, trazendo consigo vestígios e sequelas de um período de crise e caos.
Mediante ao histórico político-social vejo, em meu devaneio, a Argentina como uma “empresa”, que luta para se manter no mercado internacional, que sofre pressão externa do mercado global.
Percebo baixo nível de resiliência, visto que, não dispõe de capacidade de resistir e superar o momento de crise, impedindo de superar o caos e modifica-lo em elemento de aprendizado, transformação e mudança.
A grande questão é a falta de gestão. Uma gestão madura e competitiva geraria um país com grandes oportunidades de crescimento, em contra partida, vemos seus “colaboradores” (povo argentino) beirando a loucura, desesperados e temerosos pelo futuro da organização (Argentina).
Se a gestão atuasse em melhorias contínuas e congruentes na “organização” certamente o cenário seria diferenciado, poderíamos ver um país emergente e totalmente resiliente. A grande questão não é viver o caos e sim, transformá-lo em um aliado, um parceiro, um agente de mudanças.
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