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A Crise Argentina

Por:   •  26/8/2018  •  Ensaio  •  757 Palavras (4 Páginas)  •  332 Visualizações

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ORIGENS DA CRISE ARGENTINA(2001)

A crise econômica ocorreu durante a década de 1990. O marco da crise argentina se deu pela queda do PIB real, entretanto outros acontecimentos antecederam esta queda.

É durante o mandado do então Presidente Carlos Menem, na década de 1980, que os primeiros movimentos que levariam a crise apareciam. Menem fixou a equivalência do peso argentino a um dólar, com a finalidade de ter o mesmo valor real da moeda americana.

Durante seu primeiro mandato a moeda argentina parecia mesmo estar valorizada. Houve de fato um crescimento econômico. Investidores estrangeiros foram atraídos,

Em 1988, no governo de Raul Alfonsín, a argentina havia suspendido o pagamento da divida externa.

Após enfrentar dois casos de hiperinflação, onde as reservas do Banco Central eram menos de US$ 500 milhões e a inflação chegava a 5.000% ao ano, o então presidente Raul Alfonsín, em 1988, suspende o pagamento da dívida externa argentina. É no ano seguinte, em 1989, que os primeiros movimentos que levariam a crise acontecem. Carlos Menem assume de forma precipitada a presidência após o frágil governo de Alfonsín.

Dois anos depois, em 1991, o Ministro da Economia, Domingos Cavallo, lança o Plano de Conversibilidade, conhecido também como Plano Cavallo. Ou seja, o plano fixava a equivalência do peso a um dólar, com a finalidade de ter o mesmo valor real da moeda americana. O que acabou por dolarizar a economia.

Menem durante seu primeiro mandado, de fato levou a Argentina a um crescimento econômico. A moeda argentina parecia estar valorizada. Investidores estrangeiros foram atraídos,

Uma crise bancária estoirou e os bancos tiveram de ser entaipados e guardados por polícia com metralhadoras e coletes à prova de bala para não serem destruídos por uma população em fúria, inclusive milhares de cidadãos da classe média que invadiram as ruas de Buenos Aires e outras cidades do país.

Os turistas e homens de negócios estrangeiros, ou a classe alta ou empresarial dólarizada com contas e cartão de crédito domiciliado no estrangeiro, subitamente, sentiram-se noutro mundo: os dólares ou euros que traziam na carteira passavam a valer quatro vezes mais em pesos.

A partir de 19 de dezembro e da saída do Presidente De la Rua e do ministro das Finanças, Domingo Cavallo, tido como um mago das contas públicas nos anos 1990, sucederam-se dois presidentes provisórios até final do mês. A crise política e social atingiu o auge. Finalmente a 30 de dezembro, o parlamento consegue eleger Eduardo Duhalde que iniciou um processo de aprofundamento da bancarrota: a depreciação do peso continuou e procedeu-se à "pesificação" (passagem da denominação em dólares para pesos) de todos os ativos e encargos. O sector não-financeiro foi muito penalizado.

Apesar de um "programa de estabilização" a partir de abril de 2002, a contração que se seguiu foi brutal. O produto interno bruto caiu 10,9% nesse ano e a inflação mensal disparou, nesse abril, para 10,4%. Em termos acumulados ao longo da crise o vento de recessão destruiu 30% da riqueza nacional.

Nos três anos seguintes à bancarrota desordenada deixada por Domingo Cavallo no final do ano de 2001, o governo argentino recusou-se a negociar a reestruturação da dívida soberana. Só em 2005 resolveu avançar com um plano que oferecia as piores condições possíveis à esmagadora maioria dos detentores dos títulos da dívida: o repúdio dos juros em atraso e uma troca de títulos oferecendo entre 25% e 35% do valor original e com um reescalonamento dos prazos.

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