OS ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS
Por: Vivian Oliveira • 19/10/2017 • Trabalho acadêmico • 727 Palavras (3 Páginas) • 369 Visualizações
UNIVERSIDADE UNICESUMAR
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ARRANJOS PRODUTIVOS LOCAIS
CLUSTER SÃO BENTO DO SUL
VIVIAN MATHEUS DE OLIVEIRA
CURITIBA
2016
1. Histórico Cluster São Bento do Sul
Em Santa Catarina encontra-se uns dos maiores clusters moveleiro do pais localizada na região de Alto Vale do Rio Negro, formada por três municípios, São Bento do Sul, Rio Negrinho e Campo Alegre. A ocupação desta região ocorreu na segunda metade do século XIX, pelos imigrantes alemães e poloneses que vieram para conseguir novas alternativas de sustento, em face das dificuldades econômicas enfrentadas na Europa pelo empobrecimento dos camponeses. A região agradou muito esse imigrantes pois tinham grande conhecimento e experiência no tratamento de madeira e a região dispunha desta matéria-prima, assim ocorreu uma crescente aparição de pequenos empresas de base familiar (Bercovich, 1993).
Com o início das extração de madeira para comercio a consequência foi o surgimento das marcenarias.
Segundo Kaesemodel (1990) com o grande volume de sobra de materiais os empresas fazem o reaproveitamento da matéria-prima, produzindo-se artefatos e utilitários de madeira bem como móveis em geral.
O processo de internacionalização ocorre com a diminuição das vendas para o mercado interno de móveis residenciais de estilo colonial – imbuia e com o aumento da aceitação da madeira de pinus já conhecida no exterior e considerada pouco nobre entre os empresários, porém abundante na região. A preocupação ecológica na Europa não permitindo a entrada de madeira 4 nobre associado e o fato do pinus brasileiro ser produzido em menor tempo e com custos reduzidos (15-20 anos para beneficiamento) em relação ao europeu (30-40 anos) constituem fatores estimuladores para a produção de móveis para este mercado.
Com esse desenvolvimento, permitiu que outras empresas se instalassem na região, como fabricantes de insumo (adesivos, tintas, serras) produtores de serrado, fabricantes de máquinas, prestadores de serviço (afiadores de ferramentas de corte, assistência técnica e consultoria, transporte e logística, entre outros).
Uma das principais características de um cluster avançado é uma densa relação horizontal e vertical, nesse caso as empresas trocam informações sobre o desempenho do produto ou da própria matéria-prima, como também aspectos que exigem maior abertura na troca de experiências e conhecimentos (uso de laboratório, desenvolvimento conjunto de projetos e eventos) porem percebe-se que dentro desse cluster o compartilhamento de informações e cooperação tende a ser pequeno. No entanto, a cooperação ocorre mais intensamente em aspectos pouco relevantes para o aumento do desempenho competitivo pelas empresas; como, por exemplo, a questão do empréstimo de matéria-prima, negociações sindicais e solução de problemas de transporte e energia. A questão que merece destaque e que vem sendo incrementada nos últimos anos, demonstrando maior participação dos empresários em torno de um objetivo comum, é a organização de feiras.
2. Investimentos em P&D
Na área de P&D, os investimentos estão insuficientes no aspecto de equipe qualificada, que trabalha em tempo integral no desenvolvimento de projetos ou produtos. A maioria das empresas utiliza o conhecimento tácito interno dos prototipistas, funcionários da produção e, com apoio dos próprios donos, efetuam o desenvolvimento tecnológico ou planejam pesquisas. Fatores como o know how acumulado, a experiência e tradição, formam o principal aprendizado, que repassado internamente nas empresas, acaba sendo a principal fonte para desenvolvimento e novas pesquisas. Se, de um lado, isso representa dificuldades para absorver novas tendências em função do foco interno da P&D, porem permite flexibilidade e agilidade para solucionar com rapidez os problemas em função da grande experiência acumulada. Sendo assim observo que a melhor forma de desenvolvimento da P&D na busca das inovações, poderá ocorrer através de fóruns para a troca de idéias com foco para a ação coletiva em superar esses obstáculos como também problemas comuns de gerência; investigar soluções para questões ambientais; organizar feiras e delegações; e consórcios de compra.
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