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Os Arranjos Produtivos Locais

Por:   •  25/1/2018  •  Artigo  •  506 Palavras (3 Páginas)  •  370 Visualizações

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Arranjos Produtivos Locais

As organizações produtivas que têm como princípio a interação e a atuação conjunta dos mais variados agentes – tais como redes, arranjos e sistemas produtivos e inovativos - vêm se consolidando como uma forma primordial de se promover a geração, aquisição e difusão de conhecimento e inovações. Para isso, entende-se que a competitividade das empresas depende cada vez mais das redes em que participam, e que a proliferação das mesmas, de todos os tipos, é considerada como a mais marcante inovação organizacional associada à difusão do novo padrão tecnológico e produtivo.  

Essas novas organizações assumem importância ainda mais fundamental para o enfrentamento dos novos desafios colocados pela emergência da era do conhecimento, pois estas facilitam os processos de aprendizagem coletiva, cooperação e a dinâmica inovativa. Com isso, destacam-se os novos padrões de cooperação e competição entre os diversos agentes políticos, sociais e econômicos, ressaltando que a interligação de empresas produtoras, fornecedoras e prestadoras de serviços e destas com outras instituições, “requer também equipamentos e metodologias operacionais inovadores e, nesse sentido, são crescentemente dependentes tanto das TIC, como de informação e conhecimento.” (Cassiolato & Lastres, 2005, pg 4)

Os arranjos produtivos locais e as sinergias coletivas geradas por suas interações, e destas com o ambiente onde se localizam, aumentam chances de sobrevivência e crescimento no mercado das empresas, constituindo-se em significativa fonte geradora de vantagens competitivas. A participação em tais organizações industriais é estratégica para empresas de todos os tamanhos, mas especialmente empresas de pequeno porte, ajudando-as a superar barreiras ao seu crescimento e a produzir e comercializar seus produtos em mercados nacionais e até internacionais.

Pode-se destacar também a literatura neo-schumpeteriana, que desenvolve o conceito de sistemas de inovações e traz para o cenário econômico a importância de economias e aprendizados por interação, envolvendo agentes como as próprias empresas, seus fornecedores e clientes, instituições de ensino e pesquisa públicas e privadas. Esta visão salienta o propósito localizado e específico, em relação aos processos de aprendizados e inovações das empresas, dando significativa importância ao conhecimento tácito e à questão espacial.

Para Schumpeter (1982) em citação feita por Cassiolato & Lastres (2001), “a inovação é representada pelas novas combinações de produção descontinuadas, sendo um processo absolutamente revolucionário na condição de desenvolvimento econômico, substituindo assim a tradicional forma de competição (competição de preços)”.

Dentre as contribuições dos neo-schumpeterianos acerca dessa temática, encontra-se a oposição ao conceito de que micro e pequenas empresas não têm capacidade de inovar e se tornarem competitivas, pois se tinha a concepção de que somente grandes empresas com recursos financeiros poderiam inovar através de gastos com P&D.

Com isso, sobressai a questão das interações que as empresas estabelecem, como a relação entre os fornecedores e os clientes, empresas, universidades e instituições públicas, etc., sendo que não é possível analisar as inovações de uma empresa, tendo somente ela como foco, mas sim é necessário olhar toda a sua teia de relações. Sendo assim, um conceito de suma importância, e que precede e embasa os arranjos e sistemas produtivos locais, é o de sistema de inovação.

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