Boaventura, Santos Pelas mãos de Alice - Fichamento
Por: edigon • 20/3/2025 • Pesquisas Acadêmicas • 423 Palavras (2 Páginas) • 18 Visualizações
FICHAMENTO
SANTOS, Boaventura de Sousa. Pela mão de Alice: o social e o político na pós-modernidade. 14 ed. São Paulo: Cortez, 2013, cap. 10.
O autor aborda alguns aspectos como sendo gargalos que impedem a total desenvoltura dos princípios universitários, partindo de uma ótica que abrange interferências externas, que na maioria das vezes estão inteiramente relacionadas com o contexto no qual a universidade está inserida. Mostra também como a universidade se modificou ao longo do tempo para incorporar as diferentes tendências que se apresentavam no seu meio. Acrescenta ainda como possível solução para um dos problemas universitários uma maior participação da comunidade e do Estado nos rumos das instituições acadêmicas.
No início do capítulo coube a compreensão de universidade construída sobre a força de criar ideias, que segundo Ortega y Gasset (1982) não existe, pois tal instituição resume suas funções a transmissão de cultura, ensino das profissões, investigação científica e educação de novos homens da ciência. E paralelo a esse ideal, Karl Jaspers (1965) afirmava que a universidade era uma instituição com o aval do Estado e da sociedade para aperfeiçoar a mais lúcida consciência produzida em determinada época, com a participação de seus membros que devem congregar-se nela com o único objetivo de procurar incondicionalmente a verdade.
As primeiras transformações ocorreram em 1960 com a compreensão da necessidade dos três pilares dessa entidade: Ensino, Pesquisa e Extensão; que apesar de aparentarem um retrocesso para o desenvolvimento, em verdade potencializou a expansão das funções da universidade.
A ideia que se tem de Universidade é como sendo um ambiente ou uma instituição com toda uma sistematização, hierarquia, corpo docente, corpo discente e estruturas físicas capazes de fornecer ou transmitir de maneira eficaz o conhecimento.
Não só o conhecimento como instrumento fim, mas todos os saberes necessários ao pleno desenvolvimento humano. Existe um paralelo nas instituições universitárias sobre o seu papel de fato e o que a comunidade espera dela, nesse sentido as pessoas que compões essas comunidades talvez não tenham um real significado do que realmente acontece por trás dos muros institucionais.
A pouca ou nenhuma contribuição do Estado, no sentido de financiamento da Universidade, tem sido um dos seus problemas mais notáveis, ao mesmo tempo a comunidade tem sido esperançosa e visto a universidade como redentora de todos os problemas da sociedade.
O autor salienta que a Universidade, a partir das atividades de extensão, deverá criar espaços de interação com a comunidade, identificar eventuais atuações e a definir prioridades, para sempre que possível sejam pensadas novas formas de “serviço cívico” em associações, cooperativas e comunidades, entre outras.
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