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O EXAME PREVENTIVO DO PAPANICOLAU – ÍNDICE POSITIVO EM MULHERES

Por:   •  24/8/2017  •  Trabalho acadêmico  •  2.801 Palavras (12 Páginas)  •  467 Visualizações

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O EXAME PREVENTIVO DO PAPANICOLAU – ÍNDICE POSITIVO EM MULHERES

João Victor Oliveira Barbosa – RA C804FA-0

Karen Adriane Moreira Salatini – RA 97920-1

Luan Miguel – RA N799BB1

INTRODUÇÃO

O exame do Papanicolau é considerado um dos mais importantes exames realizados para a prevenção da mulher, que é utilizado para rastrear o câncer do colo de útero. Em 1924 o médico George Papanicolau foi o primeiro a descrever o exame (BADIGLIAN FILHO, 2001).

O câncer do colo do útero é o terceiro mais frequente em mulheres, logo atrás do câncer de mama e colorretal, e o quarto câncer que mais causa mortes no Brasil. Sendo uma doença com evolução lenta, geralmente no início é assintomática, podendo evoluir para quadros com sangramento e secreção vaginal anormal, dor abdominal com queixas urinarias e/ou intestinais (INCA, 2016).

Depois dos tumores de pele do tipo não melanoma, o câncer do colo do útero é o mais incidente na região Norte do Brasil (INCA, 2015).

Considerado um importante problema de saúde pública o câncer do colo de útero foi configurado o quarto tipo de câncer mais comum, em 2012 foi estimada 527 mil novos casos em mulheres no mundo todo. Cerca de 70% da incidência desse tipo de câncer é observado em regiões menos desenvolvidas (I NCA, 2015).

O exame preventivo é importante pois o câncer do colo do útero pode levar até 10 anos para se desenvolver, no início o tumor é assintomático, por isso é fundamental os exames preventivos, pois o câncer do colo do útero é a segunda neoplasia maligna que mais acomete as mulheres (BADIGLIAN FILHO, 2001).

Muitas mulheres têm como o exame de prevenção uma forma de se cuidar, demonstrando interesse e preocupação em cuidados com a saúde, apesar de saber a importância dos exames preventivos para se ter uma vida saudável, muitas mulheres só buscam ajuda com o surgimento de sintomas, fatores hereditários e fatores de riscos (DUAVY, 2007).

OBJETIVO

O presente estudo tem por objetivo evidenciar o exame preventivo Papanicolau e sua importância na saúde da mulher a partir de uma pesquisa desenvolvida com base em análise documental, constituindo-se de uma revisão da literatura.

DESENVOLVIMENTO

O HPV ou papiloma vírus humano é capaz de infectar pele e mucosas. Atualmente é conhecido a existência de mais de 150 tipos diferentes desse vírus, aproximadamente 40 desses tipos podem infectar o trato ano-genital. No mínimo 13 tipos de vírus HPV são considerados oncogênicos, com maior probabilidade de provocar lesões percursoras e infecções persistentes (INCA, 2016).

A infecção com o papiloma vírus é comum, e provisória, na maioria das vezes a infecção tem regressão espontânea. São pequenos os casos que a infecção persiste, em particular, esses casos são causados pelo tipo oncogênico do vírus (potencial para causar câncer), levando a formação de lesões, que não identificadas podem progredir para o câncer, o principal causado por este vírus é o do colo do útero, em pequenos casos pode apresentar câncer na vagina, vulva, anus, pênis, boca e orofaringe (INCA, 2016).

Geralmente as infecções por HPV não apresentam sintomas, ou seja, são assintomáticas, e de caráter transitório, regride naturalmente. A infecção pode acometer tanto homens quanto mulheres, em alguns casos pode ocorrer lesões microscópicas. Acredita-se que cerca de 5% das pessoas que possuem infecção por HPV apresente alguma manifestação da patologia (INCA, 2016).

O HPV pode se manifestar de duas maneiras:

  • Lesões clinicas: são lesões que podem ser vistas a olho nu, com a presença de verrugas, como o aspecto de couve-flor e possui tamanho variável, tecnicamente as verrugas são denominadas condilomas acuminados, mas popularmente é conhecida como “crista de galo”, “cavalo de crista” ou “figueira”. Em mulheres as lesões podem ser observadas no colo do útero, vulva, vagina, púbis, perineal, ânus e perianal. Já nos homens essas lesões podem ser encontradas no pênis, bolsa escrotal, púbis, perianal e ânus. Essas lesões também podem ser encontradas na boca e garganta (INCA, 2016).
  • Infecções subclínicas: esse tipo não é visível a olho nu, e pode ser encontrada nos mesmo locais, porém não apresenta nenhum sinal ou sintoma. Quando encontrada no colo do útero pode ser de dois tipos: lesões intra-epiteliais de baixo grau, que é somente a presença do vírus e a segunda é denominada de lesão intra-epitelial de alto grau, que são as lesões percursoras do câncer do colo do útero (INCA,2016).

Acredita-se que a infecção pelo HPV é um grande fator para o desenvolvimento do câncer, mas não suficiente. Existem outros fatores que aumentam a chance de desenvolver o câncer do colo do útero, como imunidade, genética, comportamento sexual, idade (mulheres com mais de 30 anos tem mais chances da persistência da infecção), e fatores externos como tabagismo, interferem no desenvolvimento ou agravamento em infecções e lesões que podem progredir para o câncer (INCA, 2015).

O câncer de colo de útero se dá pelo contagio com o vírus Papiloma vírus Humano conhecido como HPV, sendo a principal causa, porém nem todas as mulheres que tem contato com o vírus pode desenvolver o tumor (BADIGLIAN FILHO, 2001).

O câncer de colo de útero possui alta taxa de prevalência e mortalidade em mulheres de níveis socioeconômicos mais baixos, por se tratar de um problema de saúde pública em países em desenvolvimento, existem barreiras de acesso ao serviço público para detecção e tratamento prévio da doença e lesões. Existem estudos que mostram que além dessa dificuldade ao acesso a rede de serviço público, muitas mulheres ainda sofrem por questões como o medo e preconceito por parte dos companheiros. Mesmo com todos esses problemas, muitas mulheres ainda procuram por exames de prevenção, estando vinculada ao aparecimento de sintomas, com a preocupação com a saúde, o prazer de se cuidar periodicamente, pois reconhecem o risco em potencial para desenvolver patologias (DUAVY, 2007).

Em 2016 foram esperados 16.340 casos novos de câncer no colo do útero no Brasil, estimado um risco a cada 100 mil mulheres 15,85 novos casos (INCA, 2015).

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FONTE: Instituto Nacional do Câncer Jose Alencar Gomes da Silva. Coordenação de Prevenção e Vigilância. Estimativa 2016: incidência do câncer no Brasil / Instituto Nacional do Câncer Jose Alencar Gomes da Silva – Rio de Janeiro: INCA, 2015. Disponível em: http://www.inca.gov.br/estimativa/2016/estimativa-2016-v11.pdf

O câncer de colo de útero acomete mais mulheres entre 25 e 60 anos; porém estudos apontam que os adolescentes compõem uma população muito vulnerável para o desenvolvimento da patologia, pois quanto antes o início da vida sexual maiores as chances de problemas de saúde de teor sexual e reprodutiva, sendo que grande parte dos adolescentes não usam a proteção adequada contra DST e gravidez indesejada. Estudos mostram que o contagio por HPV ocorre no início da vida sexual (CIRINO; NICHIATA; BORGES, 2010).

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