O PAPEL DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO ESPÍRITO SANTO NO COMBATE AO ASSÉDIO MORAL
Por: alessandrajob • 1/4/2015 • Artigo • 2.252 Palavras (10 Páginas) • 259 Visualizações
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
ALESSANDRA ROCHA SANTOS
O PAPEL DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO ESPÍRITO SANTO NO COMBATE AO ASSÉDIO MORAL
VITÓRIA – ES
2014
UCAM – UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES
ALESSANDRA ROCHA SANTOS
O PAPEL DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO ESPÍRITO SANTO NO COMBATE AO ASSÉDIO MORAL
ARTIGO CIENTÍFICO ENCAMINHADO À UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES - UCAM, COMO REQUISITO PARCIAL PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE ESPECIALISTA EM GESTÃO DE PESSOAS.
VITÓRIA – ES
2014
O PAPEL DO SINDICATO DOS BANCÁRIOS DO ESPÍRITO SANTO NO COMBATE AO ASSÉDIO MORAL
Alessandra Rocha Santos
RESUMO
A preocupação básica deste estudo é refletir sobre o papel do Sindicato dos Bancários no combate ao Assédio Moral praticado contra os bancários do Espírito Santo. Analisar a importância do apoio prestado pelo Sindicato às vítimas de Assédio Moral. Foi realizada uma pesquisa bibliográfica considerando contribuições de autores como VERGARA (2007), SOUZA (2009), MAKHOUL (2004), entre outros, procurando enfatizar a importância do combate ao Assédio Moral nas instituições, em especial as agências bancárias do Espírito Santo.Concluímos que o Sindicato tem participado ativamente do processo de conscientização e prestando apoio médico e jurídico às vítimas de assédio moral.
Palavras-chave: Assédio moral. Sindicato. Vítima.
Introdução
Apesar do surgimento de várias teorias da administração que passaram a considerar o valor do ser humano, observam-se, no dia-a-dia das organizações, ações com impactos negativos na qualidade de vida dos trabalhadores, como a pressão por resultados oriunda de uma alta competitividade organizacional. A sociedade capitalista reflete isso em suas atividades empresariais.
O ambiente de trabalho muitas vezes não é compatível com as expectativas do trabalhador. Na busca por atender ao capitalismo, cria-se um ambiente de competição e individualização do trabalho. Neste contexto, surge o assédio moral. Para compreendê-lo, faz-se necessário o estudo dos aspectos que permeiam o ambiente de trabalho. Sendo o assédio moral uma conduta depreciativa do caráter humano, ele é mais grave, por vezes, que a própria lesão física.
Makhoul (2008, p.2), do sindicato dos bancários de São Paulo, afirma que “o assédio moral é definido como todo o comportamento abusivo (gesto, palavra e atitude) que ameaça, por sua repetição, a integridade física ou psíquica de uma pessoa, degradando o ambiente de trabalho”.
O estabelecimento de metas no setor bancário é comum. Segundo Makhoul (2008, p.38), nesse ambiente competitivo e capitalista, o setor bancário surge como um dos setores onde existe a maior ocorrência de assédio moral no trabalho.
A existência desse assédio no setor bancário tem impelido os sindicatos dessa categoria a exercerem um papel de grande importância no combate de suas práticas, seja prestando esclarecimento sobre o tema, seja divulgando entre os funcionários as formas de identificação do assédio moral e as possíveis formas de combate.
O Sindicato dos Bancários do Espírito Santo foi constituído para fins de defesa e representação legal da categoria profissional dos empregados, em estabelecimentos bancários com base territorial no estado do Espírito Santo, visando melhorias nas condições de vida e de trabalho de seus representados, além de defender a independência e a autonomia da representação sindical e atuar na manutenção e na defesa das instituições democráticas brasileiras.
O estudo proposto nessa pesquisa justificou-se pela importância do tema na qualidade de vida dos bancários do Espírito Santo, investigando o papel do Sindicato dos Bancários do Espírito Santo como um aliado na luta contra essa prática.
A pesquisa foi pautada na seguinte pergunta: qual apoio o Sindicato do Espírito Santo oferece para as vítimas de assédio moral?
Desenvolvimento
O assédio moral tem alcançado trabalhadores de todas as classes, mas, segundo Makhoul (2008, p.49), os bancários estão entre as principais vítimas deste abuso. A forma como os bancos organizaram seu ambiente de trabalho – com quadro de funcionários reduzido, metas quase inatingíveis ou impossíveis de serem alcançadas e pressões por produtividade – criou um ambiente propício para a proliferação do assédio moral.
O assédio moral é caracterizado por um ato de abuso de poder que torna pior o ambiente de trabalho, com comportamentos negativos dos superiores em relação aos subordinados, causando prejuízo emocional para o trabalhador e para a empresa. Conforme podemos ver em Hirigoyen (2008, p.11), o assédio moral é classificado como “uma conduta abusiva que atente, por sua repetição ou sistematização, contra a dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, pondo em perigo sua posição de trabalho ou deteriorando o ambiente de trabalho."
Já Salvador (2002, p.1) descreve o assédio moral da seguinte forma:
O assédio moral decorre de um desvio no exercício do poder nas relações de trabalho, que visa criar ao trabalhador um ambiente hostil, desestabilizando o trabalhador, que hostilizado, com medo do desemprego, o torna dócil e menos reivindicativo. (SALVADOR, 2002, p.1)
Geralmente, há relações hierárquicas autoritárias, com ofensas repetitivas. Portanto, a repetição das práticas humilhantes ao longo do tempo é o fator danoso neste processo de assédio moral. O fator tempo de repetição dificulta o diagnóstico do assédio moral. Segundo Hirigoyen (2008, p.9):
Um indivíduo pode conseguir destruir outro por um processo contínuo e atormentante de assédio moral. Pode mesmo acontecer que o ardor furioso desta luta acabe em verdadeiro assassinato psíquico. Todos nós já fomos testemunhas de ataques perversos em um nível ou outro, seja entre um casal, dentro das famílias, dentro das empresa ou mesmo na vida política e social. No entanto, nossa sociedade mostra-se cega diante dessa forma de violência indireta. A pretexto de tolerância tornamo-nos complacentes. (HIRIGOYEN, 2008, p.9)
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