PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS E MERCADO DE TRABALHO
Por: sephiroth1208 • 21/11/2016 • Trabalho acadêmico • 973 Palavras (4 Páginas) • 342 Visualizações
O PNE NO MERCADO DE TRABALHO: EVOLUÇÃO OU RETROCESSO?
1. INTRODUÇÃO
Pesquisa realizada sobre a integração dos indivíduos portadores de deficiências: física, mental, auditiva e visual, no mercado de trabalho, pois entendemos que o trabalho é um dos principais meios de introduzir uma pessoa com deficiência na sociedade.
Incrementos tecnológicos permitem a simplificação e objetivação dos trabalhos simplificando a execução e otimizando custos na produção. Porem isso não acontece, pois a disputa ainda é cruel e bastante acirrada na maioria dos casos, onde alguns ainda são excluídos levando-se em conta o critério da integridade física desses indivíduos.
Questões como o número de pessoas que atua no mercado de trabalho ainda ser reduzido, a não valorização da mão-de-obra, barateando salários.
A lei de cotas veio para minimizar parte desses problemas dando oportunidades a pessoas em situações desfavoráveis para mostrar seus conhecimentos e habilidades.
2. DESENVOLVIMENTO
Podemos verificar com os dados da pesquisa deste artigo que existe uma dificuldade muito grande nas empresas de hoje aceitar os Portadores de Necessidades Especiais (PNE) em suas rotinas de trabalho e especificar o trabalho de ambas.
Outras empresas chegam até não contratar os mesmos como funcionários para evitar os encargos e contratam os mesmos como estagiários para que realizando o serviço bem, o seu contrato seja prorrogado sem nenhuma chance de efetivação e só sendo chamado a entrar no quadro de Efetivos, se realizarem uma produtividade que seja considerada satisfatória.
Por outro lado, observamos também os relatos de “não-deficientes” que trabalham com os PNEs, que relatam ter dificuldade em aceitar o colega deficiente como um “ser produtivo”, na medida em que os protegem de poupá-los de serviços mais habilidosos ou por insegurança de que o trabalho não seja realizado corretamente, sendo demonstrada rejeição por parte dos demais empregados “os comuns”, pois acham que são obrigados a trabalhar mais do que os PNEs, eles dizem que a responsabilidade sobre eles aumenta.
Notamos através de dados estatísticos apresentados que boas partes dos PNEs empregados hoje em dia não possuem a chance de exercer suas capacidades intelectuais, ou ter alguma oportunidade de mostrar outros talentos/capacidade de produção, tendo que trabalhar no campo com atividades braçais e sobrevivendo a poucos salários. Muitos deles aceitam esse tipo de trabalho/remuneração, pois querem demonstrar para a família, que estão trabalhando, que possuem sua própria renda; deixando o ditado: “ele é deficiente, então é incapaz de realizar alguma atividade”, “ainda bem que me deram um emprego”, de lado. Pois o preconceito que existe é enorme. Já os que são empregados, a pesquisa nos mostra que boa parte deles possui a carga horária igual ao um não-deficiente e que ganham bem menos do que deviam (menos de dois salários mínimos), dificultando a liberdade deles em serem independentes, e até mesmo de se especializarem em alguma outra área, através de cursos profissionalizantes ou ensino superior.
Os mesmos também ainda procuram conciliar o horário de trabalho e estudo para que consigam uma evolução em suas áreas, e que por muitas vezes também não conseguem cargos de acordo com a sua formação. Hoje contratar um PNE é também uma grande dificuldade nos concursos públicos, onde os mesmos precisam ter um aval da instituição especializada para que ateste sua eficiência no ramo aprovado.
Neste aspecto, pensemos um pouco... Se para nós com as dificuldades que passamos hoje sem sermos PNE já encontramos diversas diversidades no mercado, imaginem para eles que não possuem só as suas dificuldades físicas, como também as quebras de pensamento dos outros, por terem um preconceito embutido de que um PNE não é capaz por ter uma deficiência? Por outro lado, eles se mostram em plenas condições de aprendizado, e de conhecimento para com o que está sendo desempenhado e passado para o mesmo.
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