Planejamento Estratégico: Análise de cenário e teoria do caos

Planejamento Estratégico: análise de cenário e teoria do caos

Nos dias atuais, com a instantaneidade que o mundo se transforma, a informação se propaga, a tecnologia avança e as necessidades se modificam é imprescindível que as organizações se adequem e estejam atentas às mudanças que rapidamente influenciam em seu planejamento estratégico. Assim, para direcionar suas estratégias visando o alcance de seu objetivo necessitam de análise do seu posicionamento frente a essa globalização, buscar formas de prevenir e prever influências e levantar fatores positivos e negativos, potencializando os seus pontos fortes.

O planejamento estratégico é o processo que analisa a organização sob as mais variadas perspectivas, definindo seus objetivos por meio de um direcionamento que possa ser monitorado nas suas ações concretas. Como ferramenta de gestão, auxilia a organização a se projetar para o futuro e a se articular com o ambiente externo, tendo ênfase para além de tarefas de gerenciamento de rotina, pois cria, de forma sistemática e participativa, um conjunto de objetivos, prioridades e iniciativas estratégicas de longo prazo.

Em suma, tem como função identificar fatores futuros possíveis de ocorrer analisando o contexto interno e externo no qual a organização se insere e, por meio dessas informações, possibilitar que sejam tomadas as decisões mais acertadas através da idealização clara e objetiva do cenário atual.

Uma técnica que auxilia na elaboração de estratégias nesse ambiente complexo e incerto é a análise de cenários! É uma ferramenta de identificação de fatores que podem projetar alternativas dentro de um cenário competitivo através da identificação de contextos futuros. Além disso, atua como uma forma de aprendizagem organizacional contínua para fundamentar o planejamento estratégico. As vantagens de uma análise de cenários são a percepção do ambiente, vantagem competitiva e a tomada de decisões estratégicas.

Como destacado no artigo A elaboração de cenários na gestão estratégica das organizações: um estudo bibliográfico, para os autores Fahey e Randall os cenários atuam como projeções alternativas de um futuro, e que, pelas incertezas, poderá ou não se desenvolver. E as informações destes possíveis cenários servirão de embasamento para a organização definir possíveis estratégias. Neste raciocínio de possíveis cenários, teremos como resultados diferentes estratégias ou, como tratado por Shwartz, uma Estratégia Robusta, que serviria para atuar em vários cenários.

Quanto à metodologia, a análise SWOT é a mais difundida quando se trata de análise de cenários para o planejamento estratégico. A análise das forças (Strengths), fraquezas (Weaknesses), oportunidades (Opportunities) e ameaças (Threats) é um importante instrumento que consiste em selecionar e identificar dados relevantes que caracterizam o ambiente interno (forças e fraquezas) e externo (oportunidades e ameaças) da organização.

É importante levar em consideração que no decorrer do planejamento surjam contratempos que demandem ajustes de estratégias. Por isso, é fundamental possuir um modelo de execução flexível, que permita adequações no plano estratégico conforme necessário. Nessa análise de cenários e planejamento estratégico, deve-se que levar em consideração que pequenas mudanças no início de um evento ou de sistemas podem trazer consequências impactantes e mudanças drásticas nos resultados. Nesse ponto aparece a questão da Teoria do Caos ou Efeito Borboleta!

Tecnicamente denominada de “dependência sensível das condições iniciais”, a Teoria do Caos idealiza que, em certos sistemas, pequenas inconstâncias no início da situação acarretam em grandes mudanças nos resultados finais.

Como uma ciência em desenvolvimento,