Resenha Crítica do Livro O Monge e o Executivo
Por: John Melo • 21/6/2020 • Resenha • 1.337 Palavras (6 Páginas) • 220 Visualizações
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CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DA PARAÍBA
DIRETORIA DE ENSINO, INSTRUÇÃO E PESQUISA
ACADEMIA DE BOMBEIRO MILITAR ARISTARCHO PESSOA
CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS – 3º ANO
JOHN LENNON DA SILVA MELO
Resenha Crítica do Livro O Monge e o Executivo
O MONGE E O EXECUTIVO – JAMES C. HUNTER.
HUNTER, James C; O Monge e o Executivo: uma história sobre a essência da liderança. Tradução de Maria da Conceição Fornos de Magalhães. Rio de Janeiro: Sextante, 2004.
James C. Hunter nasceu no dia 26 de junho de 1955 em Detroit-Michigan nos Estados Unidos, e é Fundador e Consultor-Chefe da James Hunter Training & Consulting, uma empresa norte americana no ramo da educação corporativa, especializada no planejamento e no desenvolvimento de soluções nas áreas de liderança e do desenvolvimento de pessoas. Seus clientes incluem algumas das mais admiradas empresas do mundo, como Nestlé, American Express, Procter&Gamble, entre outros. Sua obra mais famosa, o livro O Monge e o Executivo, fala sobre como inspirar equipes e contribuir para o êxito corporativo, foi sucesso de vendas, traduzido em 9 línguas, teve mais de 3 milhões de cópias vendidas.
O livro é uma ficção que trata da essência da liderança e que mostra uma nova visão para liderar, visão essa baseada no servir. No livro o autor relata a história de John Daily, um homem bem-sucedido, gerente-geral de uma grande indústria, casado com uma psicóloga e com dois filhos. Uma vida aparentemente feliz, mas que começou a desandar quando se viu rodeado por problemas de relacionamento com a esposa e filhos, além de problemas na única área que se sentia realmente seguro, o emprego.
Em meio a tantos problemas foi sugerido que John se afastasse e participasse, durante alguns dias, de um retiro num pequeno mosteiro cristão chamado João da Cruz. Ele relutou, mas findou concordando com sua esposa, apesar de não compartilhar que o motivo para tal decisão era o fato de um dos frades ser o 'lendário' Len Hoffman, um ex-executivo de sucesso que John sempre admirara.
Ao chegar no mosteiro e enfim conhecer o Len hoffmam, que agora se denominava como Simeão, John ficou muito surpreso, já que esse nome havia acompanhado John por algumas estranhas coincidências durante sua vida.
Na primeira das várias reuniões realizadas do retiro, Simeão utiliza um antigo provérbio chinês para abordar a questão de velhos paradigmas que são tidos como verdades e acabam por não acompanhar as mudanças. Temos como ‘Gerenciamento’, ‘apego a um modelo’ e ‘lucro a curto prazo’, presentes no velho paradigma dão lugar a termos como ‘liderança’, ‘melhoria continua’, ‘lucro a curto e longo prazos’. A ideia de cliente como inimigo da organização dá lugar a ideia de cliente como foco. Ideia essa muito difundida na atualidade, como podemos ver no trecho a seguir.
“Com base nas tendências atuais e um mercado cada vez mais competitivo, tem surgido um aspecto cada vez mais presente dentro das organizações, o cliente em foco, ou seja, o cliente como o centro de todos os negócios da empresa.” (RAIMUNDO; MACHADO; ARAÚJO, 2016, p. 43).
Em uma nova reunião Simeão apresenta um modelo de liderança a serviço no qual destaca como caminhos para a liderança a vontade e o amor. Amor não no sentido de sentimento, mas no sentido de comportamento, comportamento esse que seria uma poderosa ferramenta para executar as ações já que, segundo Simeão, intenções sem ação não são nada.
À medida que os encontros acontecem Simeão resolve detalhar a importância e as principais características do amor. Termo que segundo o mesmo, nos faz sentir desconfortáveis em ambientes de negócios. Segundo ele tendo vontade e usando o amor como comportamento poderemos executar o serviço com segurança e eficiência. Ao fim da palestra Simeão usa um interessante paradoxo ao dizer que o maior líder é aquele que mais serve, e encera a reunião reduzindo a definição de liderança em quatro palavras, “identificar e satisfazer necessidades.”
Em uma nova oportunidade é abordada a necessidade de um ambiente saudável para que as pessoas desejem fazer um bom trabalho e alcancem o sucesso. Para isso Simeão usa a metáfora de plantar um jardim e mostra que um bom líder deve criar as condições adequadas para o desenvolvimento satisfatório. Essa questão é abordada por autores da área de administração.
“As pessoas passam a maior parte do seu tempo na organização em um local de trabalho que constitui o seu costumeiro habitat” (CHIAVENATO, 2014, PG. 401).
Segundo Chiavenato (2014) o local de trabalho deve oferecer bem-estar às pessoas do ponto de vista físico e proporcionar um ambiente agradável do ponto de vista psicológico. As pessoas devem sentir que seu local de trabalho é agradável e seguro.
A história continua com Simeão ensinando outra importante lição sobre liderança. Abordando o tema da escolha, ele ensina que apesar de sermos influenciados pelo ambiente, somos seres livres para fazermos nossas escolhas. É mostrado que o comportamento das pessoas influencia seus pensamentos e sentimentos, que por sua vez têm influencia sobre o comportamento. Com isso Simeão tenta mostrar como desenvolver um hábito e descreve os quatro estágios necessários para adquirir novos hábitos e habilidades, sendo eles: estágio 1, em que as atividades são realizadas de forma Inconsciente e sem habilidade; estágio 2, em que as atividades passam a ser realizadas de forma consciente e sem habilidade; estágio 3 em que as ações são feitas de forma consciente e habilidosa e por fim o estágio 4 que é o ponto em que se cria o hábito e as atividades são realizadas de forma inconsciente e habilidosa.
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