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Resenha Planejamento Governamental

Por:   •  20/5/2018  •  Trabalho acadêmico  •  622 Palavras (3 Páginas)  •  403 Visualizações

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Henrique Pereira aborda o programa de política externa dos Estados Unidos denominado de Aliança para o Progresso que se deu no início da década de 1960, onde o presidente dos EUA George W. Bush ecoava uma antiga construção discursiva segundo a qual os Estados Unidos seriam uma espécie de baluarte da luta pela manutenção e divulgação da democracia e da liberdade por todo o planeta. A América Latina tornou-se a primeira prioridade da agenda externa dos Estados Unidos.

Por sua importância geopolítica, o Brasil foi o país latino-americano que mais recebeu investimentos do então novo programa de política externa dos Estados Unidos no início da década de 1960. O governo estadunidense reforçou os governos estaduais com seu apoio a fim de contrapor às experiências “subversivas”, tal como ocorria em Pernambuco.

As posturas do Brasil nas suas relações com os Estados Unidos no início da década de 1960 seguiram um duplo movimento de resistência e submissão que, paradoxalmente, ocorreu às vezes de forma concomitante. A Aliança para o Progresso teve forte inspiração na Operação Pan-Americana (OPA), um programa desenvolvido pelo governo brasileiro durante a gestão Juscelino Kubitschek (JK) na segunda metade da década de 1950.

A prioridade dada ao Brasil deveu-se a pelo menos duas razões principais. A primeira era geopolítica, a segunda perante os olhos do governo estadunidense era de que uma grande parte do Brasil estava prestes a adentrar no caminho revolucionário de forma semelhante ao ocorrido em Cuba. Foi aí que os americanos se intensificaram no nordeste brasileiro. O Nordeste então foi encarado pelos Estados Unidos como locus preferencial de atuação da Aliança para o Progresso na medida em que era preciso impedir o crescimento de ações subversivas e revolucionárias a exemplo do que havia ocorrido anteriormente em Cuba.

A Aliança para o Progresso foi criada oficialmente no Encontro Extraordinário do Conselho Econômico e Social Interamericano, realizado em Punta del Este, no Uruguai em 1961. Na tentativa de garantir o estabelecimento de governos “plenamente democráticos” foi produzida uma carta de intenções, a Carta de Punta del Este, que propunha uma série de melhorias na distribuição de renda do continente latino-americano, reforma agrária e o desenvolvimento de planejamentos econômicos e sociais.

No fim da década de 1960, com a guerra do Vietnã e os Estados Unidos priorizando seus investimentos para a guerra de tal país, acabou-se reduzindo os recursos para a “Aliança”.

No Brasil, o golpe de Estado de 1964 contou com o decisivo apoio e aprovação dos Estados Unidos. Ainda antes do golpe, o governo estadunidense financiou a oposição ao governo Goulart através do complexo IPES/IBAD. Grande parte dos recursos da Aliança foram repassadas diretamente a governos estaduais graças a uma nova postura assumida pelos Estados Unidos: Criar Ilhas de Sanidade.

As Ilhas de Sanidade funcionariam como uma vitrine daquilo que os Estados Unidos poderiam fazer de bom não apenas pelo Nordeste e pelo Brasil, mas também por toda a América Latina. O Rio Grande do Norte foi a principal Ilha de Sanidade no Nordeste brasileiro.

O estado do Rio Grande do Norte teve um forte apoio dos Estados Unidos durante o período inicial de implementação da Aliança, onde teve uma série de experiências pioneiras em diferentes áreas,

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