A Arquitetura Eclética no Brasil

Durante a segunda metade do século XIX, a cidade do Rio de Janeiro foi muito ativa no teatro. Mesmo assim, a cidade não tinha uma sala de concertos totalmente digna do evento, o equivalente à capital do país na época.

Após a Proclamação da República em 1889, o dramaturgo Arthur Azevedo lançou uma campanha em 1894 para a construção de um novo teatro para abrigar uma corporação municipal que percorreria a Rota da criação da comédia francesa. Porém, o movimento gerou apenas uma lei municipal que determinava a construção do teatro municipal. Embora foram cobradas taxas para financiar a obra, as taxas nunca foram utilizadas para a construção do teatro.

Na época, o então prefeito Pereira Passos realizou uma grande modernização do centro da cidade e, a partir de 1903, a avenida central foi construída à imagem de um bulevar parisiense, ladeada por edifícios ecléticos e grandiosos. Dessa forma, foi realizado um concurso para a construção de um novo teatro, que foi vencido por Francisco de Oliveira Passos (filho do prefeito) e contou com a colaboração do francês Albert Guilbert.

Na fachada destacam-se: a escadaria de entrada, a paisagem nos dois pisos e as três cúpulas na cobertura. A verticalidade desta fachada é dada pelas grandes colunas do corpo central e pelas pequenas colunas da rotunda lateral. O equilíbrio das linhas é clássico, mas a rica decoração lembra o barroco.

• Quais são os elementos decorativos? P.ex. pilastras, frontão, colunas dóricas, etc.

Se observarmos a fachada do Theatro, podemos identificar duas rotundas laterais, coroadas com cúpulas, que remetem intimamente ao formato do Tempietto. Podemos notar que as colunas das rotundas do Theatro são de ordem coríntia, caracterizada por seu fuste canelado e seus capitéis ornamentados, diferentemente das colunas do Tempietto que seriam classificadas na ordem dórica. Tanto as rotundas do Theatro quanto a do Tempietto são rodeadas por balaustradas, atuando como elemento de proteção e também de ornamentação. As cúpulas do Theatro Municipal, por mais que possuam formatos diferentes do representado por Bramante em sua obra, possuem a mesma função de expressar poder e superioridade na arquitetura da época.

• Como eles se articulam ao edifício?

• Em caso de ausência de elementos, como se dá a composição estética do edifício? P.ex. texturas, cores, jogos volumétricos.

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