A Resenha Frank Gehry
Por: Douglas E Lilian Vieira • 8/10/2021 • Resenha • 1.080 Palavras (5 Páginas) • 210 Visualizações
FIAM FAAM |
Resumo |
Frank Gehry |
Lilian Martins Pereira |
12/05/2014 |
SÃO PAULO |
Frank Gehry
Nascido na cidade de Toronto, em 1929, o arquiteto Frank Gehry se estabeleceu na cidade de Los Angeles após viver e estudar em diversas outros locais. Los Angeles e a sua estrutura, como diz o autor, é fundamental no crescimento e desenvolvimento da arquitetura de Gehry, pois esta é fundada no movimento dos automóveis, com estradas que dominam a topografia enquanto esta é escondida sob o manto das casas. Tudo em Los Angeles está em movimento, até mesmo suas construções, estas com grande liberdade de normas de forma que o entorno não oferece ao arquiteto o suporte de um contexto que geralmente encontramos nas cidades, de forma que o seu trabalho de forma alguma se consolida com o restante. Nesta cidade, nada pode ser consolidado, sendo este um dos maiores atributos da cidade, enquanto a permanência nos espaços deve ser valorizada.
A arquitetura de Frank Gehry se inicia pela aceitação do "clima" de Los Angeles, buscando manter sua estrutura, alheia ao monumental e levando a marca do temporário e do efêmero. A ausência do interesse pela composição surge pela forma sem preconceitos de trabalhar em uma construção, sendo que para ele, a partir do momento em que a primeira pedra é colocada, o restante do edifício crescerá no futuro de uma forma que ninguém pode controlar. Assim, a forma não é perfeita, nem mesmo fechada.
Frank Gehy começou a ser conhecido no final dos anos 70, em uma época em que a proposta pós-moderna já perdia o seu interesse. Nos Estados Unidos, o modernismo era tido como europeu e muito dependente dos estilos históricos, em que havia sujeição às linguagens clássicas que eram desnecessárias e obsoletas para uma cidade americana. Assim, quando surge a arquitetura de Frank Gehry, que buscava se afastar do historicismo pós-moderno, foi celebrado como um "sopro de ar fresco". Desta forma, ele se destacou como pioneiro, como alguém disposto à conquistar uma nova arquitetura. Sua arquitetura é a expressão do individualismo de Los Angeles.
Gehry se preocupa com a materialidade do fazer e deseja mostrar como, não levando em conta as circunstancias do entorno, nem tipos ou imagens preconcebidas do que deve ser um edifício. Para ele, o fundamental é o programa, desmembrando o programa para assim dar origem à construção de uma forma abstrata. O inicio do projeto inicia-se com a maquete, que vai se transformando no processo de manipulação das suas formas previamente estabelecidas, de forma que assim pode vislumbrar o potencial de cada uma delas, se concentrando em manter a individualidade de cada obra sua, tratando-a como única e singular. Ele ignora, assim, a representação tradicional em plantas e cortes, sendo que o desenho das plantas é apenas uma formalidade que deve ser cumprida.
Anteriormente, nos primeiros anos de sua vida profissional, o arquiteto familiarizou-se com o oficio do arquiteto e com a construção restrita e simples. Assimilando a lição daqueles anos, consegue construir as figuras elementares como prismas cubos, cilindros e esferas com as técnicas convencionais que tinha aprendido. Gehry se torna um grande construtor, apreciando a manipulação, explorando os materiais e seu potencial quando não usados convencionalmente, o que lhe inspira a realizar sua nova arquitetura. Assim, o próprio arquiteto não quer que suas obras sejam consideradas como edifícios, mas sim como uma obra de arte.
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