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A Teoria da Arquitetura

Por:   •  21/10/2018  •  Resenha  •  3.086 Palavras (13 Páginas)  •  389 Visualizações

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Jacques DERRIDA: Uma Arquitetura onde o desejo pode morar (entrevista)

  • A arquitetura é uma arte que não representa algo existente
  • Se interessa pelo estudo do lugar, do “ter lugar” de um acontecimento
  •  Arquitetura como possibilidade do próprio pensamento
  • O pensamento é sempre um caminho
  • O estabelecimento de um lugar habitável é um acontecimento
  • A desconstrução é capaz de conceber, por si mesma, a ideia de construção
  • Arquitetura contemporânea é não representativa
  • Torre de Babel + arquitetura
  • Intervenção na arquitetura representa o fracasso, a limitação, imposta sobre uma linguagem universal; impossibilidade de controlar a multiplicidade das línguas; não há uma tradução universal
  • Diversidade de relações com o fato arquitetônico de uma cultura para outra
  • A arquitetura é uma espacialização do tempo

Bernard TSCHUMI: Arquitetura e Limites

  • “Os limites são áreas estratégicas da arquitetura”
  • Sem limites, a arquitetura não poderia existir
  • Limites= convite à transgressão. Devem ser ultrapassados.
  • Na arquitetura as obras “de limite” são indispensáveis
  • A arquitetura é uma forma de conhecimento em si e por si
  • O pensamento arquitetônico vai além de opor o zeitgeist ao genius loci
  • Os limites foram a tal ponto estreitados que hoje nos deparamos com um conjunto de reduções altamente prejudiciais
  • Ideologias reducionistas do modernismo: formalismo, funcionalismo, racionalismo
  • A história da arquitetura não é linear
  • Seus diversos momentos não são cuidadosamente determinados  
  • O corpo no espaço
  • Os corpos constroem o espaço por meio do movimento
  • Espaço como evento (não como função)
  • Os limites da arquitetura variam de acordo com a época
  • Exemplo de limite: trilogia vitruviana (foi rompida no século XX)
  • Venustas
  • Aparência atraente
  • Desapareceu quando a linguística estrutural se apoderou do discurso formal do arquiteto
  • Firmitas
  • Estabilidade estrutural
  • Desapareceu durante a década de 1960, não era mais o foco (bastava pensar que “posso construir qualquer coisa, desde que dê para pagar)
  • Utilitas
  • Acomodação espacial adequada
  • Corpo-como-objeto
  • Do espaço do corpo para o corpo-no-espaço
  • O espaço é algo que se ouve e no qual se age
  • Espaço dos sentidos e espaço da sociedade
  • Arquitetura não deve ser concebida como um objeto, mas como uma “interação do espaço com os eventos”
  • A experiência do corpo que se move no espaço distingue a arquitetura da arte
  • O movimento moderno acreditava que refletiria e modelaria a sociedade do futuro
  • Devemos ir além das interpretações reducionistas da arquitetura

Bernard TSCHUMI: Notas para uma teoria da disjunção arquitetônica

  •  Parc de la Villette: discute-se a noção de unidade
  • O projeto não precisa ter começo nem fim
  • São operações compostas por repetições, distorções, sobreimposições
  • Para definir disjunção, temos que ir além da ideia de limite e interrupção
  • Nenhuma das partes pode transformar-se em uma síntese ou totalidade autossuficiente
  • Casa parte leva à outra
  • Dissociação
  • Explora limites e sugere uma nova definição
  • Ex: Parc de la Villette
  • Ferramenta sistemática e teórica para a produção de arquitetura

Peter EISENMAN: A arquitetura e o problema da figura retórica

  • Noção de local como palimpsesto, cheio de registros
  • Sítio concebido em camadas; justaposição
  • Sobreposição de conteúdos antigos a fim de criar um novo
  • A ideia de lugar é simultaneamente negada e reforçada
  • Enquanto novos lugares são criados, a noção tradicional de lugar é eliminada
  • Cada lugar consiste, na realidade, em muitos lugares
  • A arquitetura se converteu no inconsciente da sociedade; é a permanente invenção do habitar
  • A arquitetura cria instituições
  • Precisa deslocalizar sem destruir sua essência
  • Cultura, história e arquitetura
  • Não são fixas ou meramente aditivas
  • São um processo constante de reiteração e simultânea deslocalização
  • A cada momento modificam o significado e a estrutura do instante anterior

T. L. SCHUMACHER: Contextualismo: Ideais Urbanos e Deformações

  •  Problemas da construção no contexto da cidade
  • Dar fim à destruição das áreas do centro da cidade em consequência nas novas edificações
  • Contextualismo = estratégia alternativa a essa destruição
  • Conciliar o urbanismo moderno com a cidade tradicional
  • Propões um meio-termo entre um passado irrealista congelado, que não admite nenhum desenvolvimento, e a renovação urbana que destrói toda a estrutura da cidade
  • As insuficiências e os problemas da arquitetura moderna são urbanos, não estilísticos
  • Diagramas analíticos de figura-fundo
  • Espaços urbanos sólidos (volumes dos edifícios)
  • Espaços urbanos vazios (rua, praça)
  • Cidade contemporânea: inverte a relação da cidade moderna e considera
  • Vazios: figura
  • Sólidos: fundo
  • Cidade-no-parque
  • Ex: Ville Radieuse de Le Corbusier
  • Inversa à cidade tradicional
  • Prédios isolados construídos em meio a uma paisagem de gramados e arvoredos
  • Parece realçar os volumes dos edifícios e não os espaços que eles delimitam ou sugerem
  • Edifício = escultura
  • A arquitetura moderna prometeu uma utopia
  • Pressões econômicas + preferências dos arquitetos => padronização da habitação (pacotes repetitivos que só podem ser edificados na cidade-no-parque) => estruturas urbanas que nada têm a ver com o homem nem com a vizinhança
  • Cidade-colagem
  • A cidade é composta por fragmentos, sobrepostos como “colagens”
  • Manhattan x cidade medieval
  • Manhattan: malha sem hierarquia, sem centros de convivência, desorientação, nenhum sentido de “lugar” (porque nenhum lugar é diferente do outro)

Rem KOOLHAAS: Por uma cidade Contemporânea + Para além do delírio

  • Condições essenciais para a cidade:
  • Mistura de elementos formais e informais
  • Combinação de ordem e desordem
  • Cidade como um território essencial de atividade
  • Cidade definida pelos espaços vazios
  • É mais fácil controlar o espaço vazio do que jogar com volumes cheios e formas aglomeradas
  • Flexibilidade para permitir a reutilização dos edifícios
  • Edifícios como uma acomodação permanente de atividades provisórias

ARGAN, COLQUHOUN,VIDLER: Tipologia e transformação

  • Tipologia:
  • No âmbito da arquitetura a tipologia consiste no estude de tipos elementares que podem formar uma norma pertencente à linguagem arquitetônica
  • Tipo:
  • Ex: colunas egípcias, e gregas (1500 anos de diferença); aqueduto romano
  • A ideia de um elemento que deve servir de norma para um modelo
  • A ordem formal e estrutural inerente que permite agrupar, distinguir e repetir objetos e elementos arquitetônicos
  • Protótipo
  • É um produto da fase de teste e planejamento de um projeto
  • É diferente da maquete, que é uma miniatura
  • Porque o protótipo é em tamanho real
  • Estereótipo
  • São generalizações feitas sobre comportamentos e características
  • Arquétipo
  • É o primeiro modelo ou imagem de alguma coisa
  • É por isso que os arquétipos estão presentes nos mitos, lendas e contos de fadas
  • São eles que dão o significado para as histórias que passamos de geração em geração
  • Referências
  • É o conjunto padronizado de elementos descritivos
  • Inspirado, interpretação
  • Modelos
  • Representação em escala de um objeto real (réplica)
  • Paradigma (primeira pedra)
  • Define um exemplo típico ou modelo de algo
  • É a representação de um padrão a ser seguido
  • Programa => infinitos partidos => infinitos projetos

ARGAN: Sobre a tipologia em arquitetura

  • A criação de um tipo depende da existência de uma série de construções que tenham entre si evidente analogia formal e funcional
  • Quando um tipo é definido pela prática ou pela teoria ele já existia na realidade como resposta a um complexo de demandas
  • Tipologia não é como só sistema de classificação, mas também como processo criativo
  • O aspecto tipológico e inventivo do processo de criação é contínuo e interligado, conduz a superação das soluções do passado
  • Tipologias
  • Configuração complexa das construções
  • Torre, lâmina, verticalidade, horizontalidade
  • Elementos estruturais
  • Pórticos, cúpulas, arcos
  • Materialidades
  • Para a arquitetura, a tipologia sempre requer uma definição formal
  • A estagnação no programa de igrejas e o desenvolvimento no programa de indústrias
  • Todo projeto tem um aspecto tipológico, ou você o controla ou o utiliza sem saber
  • Todo edifício é uma tentativa de produzir um novo tipo

COLQUHOUN: Tipologia e metodologia de projeto

  • “O recurso a alguma espécie de modelo tipológico é necessário”
  • A tipologia como instrumento de memória cultural é uma condição do significado arquitetônico
  • A relação entre arte e ciência entendida como tensão, continuidade e ruptura; uma distinção dos artefatos que resultam da aplicação das leis da física e que é artefato, inclusive no campo da arquitetura
  • A forma era mero resultado de um processo lógico; arte e ciência se compõe num processo só
  • Geodésica, Frei Otto (estádio de Munich e Centro Turístico Manhein)

VIDLER: A terceira tipologia

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