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Fichamento teoria da arquitetura

Por:   •  9/11/2015  •  Trabalho acadêmico  •  5.790 Palavras (24 Páginas)  •  752 Visualizações

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[pic 1]CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

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FICHAMENTO DOS LIVROS:

1 - O QUE É CIDADE - RAQUEL ROLNIK

2- O QUE É ARQUITETURA - CARLOS A. C. LEMOS

3- O QUE É URBANISMO - A. GONÇALVES, A. SANT'ANNA, F. CARSTENS, R. FLEITH

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Dourados

2015

[pic 6]CENTRO UNIVERSITÁRIO DA GRANDE DOURADOS

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LUANA LOPES – 081.1613

FABIANA ABRAMOSKI – 081.1656

TATIANA BALDASSO – 081.1659

                         

FICHAMENTO DOS LIVROS:

1 - O QUE É CIDADE - RAQUEL ROLNIK

2- O QUE É ARQUITETURA - CARLOS A. C. LEMOS

3- O QUE É URBANISMO - A. GONÇALVES, A. SANT'ANNA, F. CARSTENS, R. FLEITH

                                           

                                                                                         

Trabalho apresentado na Disciplina de Teoria da Arquitetura e do Urbanismo I do 6° Semestre, Curso de Arquitetura e Urbanismo, Faculdade de Ciências Humanas e Aplicadas

 Professora: Nicolle Suda

                                

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Dourados

2015

1 - O QUE É CIDADE

1.1 - CAPÍTULO I - DEFININDO A CIDADE

  • Quando, ao decidir escrever este livro, me perguntei o que é cidade, a primeira imagem que me veio à cabeça foi São Paulo, a metrópole que se perde de vista. Pensei na intensidade de São Paulo, feita do movimento incessante de gente e máquinas, do calor dos encontros, da violência dos conflitos. Milhares de habitantes (p.11).
  1. - A Cidade Como Um Imã
  • Assim foram os primeiros embriões de cidade de que temos notícia, os zigurates [...] Plantar o alimento, ao invés de coletá-lo ou caçá-lo, implica definir o espaço vital de forma mais permanente [...] Da justaposição dos materiais tal como eram encontrados na natureza, a arquitetura passava à livre composição de formas (p.13).
  • O empreendimento das novas construções implicava a existência de um trabalho organizado, o que por sua vez estabelecia a necessidade de alguma forma de normalização e regulação internas (p.14).

1.1.2 - A Cidade Como Escrita

  • É evidente o paralelismo que existe entre a possibilidade de empilhar tijolos, definindo formas geométricas, e agrupar letras (p.15).
  • Deste modo, construir cidades significa também uma forma de escrita. Na história, os dois fenômenos – escrita e cidade – ocorrem quase que simultaneamente, impulsionados pela necessidade de memorização, medida e gestão do trabalho coletivo (p.16).

1.1.3 - “Civitas” : A Cidade Política

  • Construir e morar em cidades implica necessariamente em viver de forma coletiva [...] O homem só é um fragmento de um conjunto (massas), parte de um coletivo (p.19).
  • Da necessidade de organização da vida pública na cidade, emerge um poder urbano, autoridade político-administrativa encarregada de sua gestão (p.20).
  • Desde sua origem cidade significa, uma maneira de organizar o território e uma relação política. Assim, ser habitante de uma cidade, significa participar de alguma forma de vida pública (p.21).
  • De todas as cidades, a polis, cidade-estado grega expressa a dimensão política urbano. As civitas, a cidade no sentido da participação dos cidadãos na vida pública. A ágora ou a cidadela, marcam a centralidade do poder na cidade e sua visibilidade (p.22).
  1. - A Cidade Como Mercado
  • Divisão do trabalho, cada indivíduo deve produzir tudo aquilo que necessita para sobreviver [...] A cidade, ao aglomerar num espaço limitado uma numerosa população, cria o mercado. E assim se estabelece uma especialização do trabalho no interior da cidade (p.26).
  • Nas cidades contemporâneas não há praticamente nenhum espaço que não seja investido pelo mercado (p.28).
  • Sem dúvida, é possível dizer que hoje o mercado domina a cidade (p.29).

1.2 - CAPÍTULO II - A CIDADE DO CAPITAL

1.2.1- “O Ar da Cidade Liberta”

  • A transformação da vila medieval em cidade-capital de um Estado moderno vai operar uma reorganização radical na forma de organização das cidades. O primeiro elemento que entra em jogo é a questão da mercantilização do espaço, ou seja, a terra urbana, que era comunalmente ocupada, passa a ser uma mercadoria [...] Em segundo lugar, a organização da cidade passa a ser marcada pela divisão da sociedade em classes: de um lado os proprietários dos meios de produção, os ricos detentores do dinheiro e bens; de outro, os vendedores de sua força de trabalho, os livres e despossuídos. Entre os dois estão os artesãos independentes, donos do seu próprio negócio, que oscilam entre identificar-se com os que estão com eles, alijados do poder [...] Finalmente, um poder centralizado e despótico ali instala; um poder de novo tipo, que interfere diretamente na condução do destino da vida dos cidadãos (p.39).

1.2.2 - Separar e Reinar: a questão da segregação urbana

  • Nas grandes cidades hoje, é fácil identificar territórios diferenciados: ali é o bairro das mansões e palacetes, acolá o centro de negócios adiante o bairro boêmico onde rola a vida noturna, mais à frente o distrito industrial, ou ainda o bairro proletário [...] É como se a cidade fosse um imenso quebra-cabeças, feito de peças diferenciadas, onde cada qual conhece seu lugar e se sente estrangeiro nos demais. É a este movimento de separação das classes sociais e funções no espaço que os estudiosos da cidade chamam de segregação espacial (p.40).
  • Além de um recorte de classe, raça ou faixa etária, a segregação também se expressa através da separação dos locais de trabalho em relação aos locais de moradia (p.42).
  • Fica evidente que estes muros visíveis e invisíveis que dividem a cidade são essenciais na organização do espaço urbano contemporâneo [...] Como já vimos anteriormente, na cidade medieval não há segregação entre os locais de moradia e trabalho (p.43).
  • A existência do trabalho escravo marcava a paisagem urbana no Brasil colonial de forma peculiar [...] Do ponto de vista espacial há no entanto algumas semelhanças entre os burgos medievais europeus e as cidades coloniais do Brasil (p.45).
  • Este movimento de segregação vai ser tremendamente impulsionado pela  disseminação do trabalho assalariado [...] É interessante observar que se a segregação se impõe da constituição de territórios separados para cada grupo social, é também sob seu império que se reorganiza o espaço de moradia (p.48).
  • Do ponto de vista da micropolítica da família, algumas mudanças importantes ocorrem no território familiar. A mulher – afastada da produção e do contacto com os assuntos do mundo exterior – acaba virando “ a rainha do lar “, uma especialista em domesticidade. Por outro lado, as crianças passam a ser separadas por grupos de idade e mandadas à escola (p.50).
  • Do ponto de vista político, a segregação é produto e produtora do conflito social. Separa-se porque a mistura é conflituosa e quanto mais separada é a cidade, mais visível é a diferença, mais acirrado poderá ser o confronto (p.52).
  • Há, em todos estes casos, a ação do Estado na cidade, produzindo ou gerindo segregação (p.53).

        1.2.3 - Estado, Cidade, Cidadania

  • A presença do aparelho de Estado na gestão da cidade foi por nós incorporada a tal ponto que nos parece fazer parte do cenário urbano, como o próprio asfalto e cimento (p.53).
  • Se hoje a presença do Estado na cidade é tão grande, isto tem também  uma história vinculada às transformações sociais, econômicas e políticas que ocorrem com a emergência do capitalismo. Na história da cidade, é no decorrer do século XVII que se esboça uma reviravolta na definição do poder urbano [...] Esta virada representa uma transformação na composição das forças políticas que sustentam este poder, fruto da incorporação do grupo social diretamente envolvido na acumulação do capital nas esferas dominantes. Isto vai significar que a ação  do poder urbano tende a favorecer a acumulação de capital nas mãos deste grupo (p.54).
  • Uma das características distintas da estratégia e modo de ação do Estado na cidade capitalista é a emergência do plano, na prática do  planejamento urbano.  O que há de mais forte e poderoso atrás da ideia de planejar a cidade, é a visão da cidade como algo que possa funcionar mecanicamente. Ruas retas e largas que permitem a passagem do ar e do tráfego; zoneamento funcional separando indústria e residência, demarcação de reservas de verde no interior do tecido urbano; tudo isto aparece em um desenho simétrico e regular, ordenado e preciso (p.55).
  • No mundo medieval as cidades não eram precedidas por planos, cresciam espontaneamente, na medida em que iam ocupando o sítio circundante. Mestres da construção conheciam a arte do ofício e, com suas equipes de trabalho, comandavam as obras. Esta forma de produzir e transmitir conhecimento sofrerá uma reviravolta no século XVII, quando um conhecimento racional, baseado no princípio de representação e nos princípios de ordem  e medida, é posto em marcha (p.56).
  •  A lógica da racionalidade, do cálculo e da previsão, penetra assim na produção do espaço, com planos e projetos debaixo do braço. Essa transformação, além de fundamentar-se em uma nova forma de pensar, baseia-se também em uma nova forma de trabalhar: a divisão do trabalho em minitarefas especializadas, a separação do trabalho intelectual e manual, o domínio do capital e do saber científico sobre a prática. Concretamente no canteiro de obras, os mestres da construção perdem o poder sobre seu ofício, assalariando-se [...] Evidentemente, as cidades imaginárias dos pensadores utópicos não viraram realidade. Sua importância entretanto reside no fato de expressarem claramente um programa de intervenção do Estado na cidade, cujos temas principais se repetem até no planejamento computadorizado de hoje (p.58).
  • Além do movimento migratório campo-cidade de camponeses destituídos, as capitais eram pólos de atração maior do que qualquer outro local. Assim, a cidade vai aumentando rapidamente de população, crescendo a miséria e as tensões sociais. A construção de instituições fechadas e isoladas procura confinar uma população marginal [...] Por outro lado, a construção desses equipamentos públicos tem a ver com o pacto que se estabelecia entre Estado e família, o poder na família é a garantia local para o cumprimento das leis do Estado  (p.61).
  • O próprio espaço urbano é uma mercadoria cujo preço é estabelecido em função de atributos físicos e locacionais. Como a valorização ou desvalorização de uma região depende dos investimentos públicos e privados naquele espaço, o investimento maciço, representado por grandes trabalhos de remodelação, alteram substancialmente o mercado imobiliário. Assim, as grandes obras públicas de redesenho da cidade funcionam como territórios reconquistados ou frentes pioneiras para o capital imobiliário [...] A definição do investimento público em infraestrutura (água/luz/asfalto/telefone/esgoto/guias e sarjetas) e equipamentos (escolas/hospitais/creches/parques/play-ground) também é decisiva na lógica do mercado imobiliário, na medida em que estes investimentos produzem localizações valorizadas (p.63).
  • As grandes obras, representam uma oportunidade importantíssima para o capital aplicado da área da construção, na medida em que abrem frentes de investimento para as empresas do setor (p.63).
  • Do ponto de vista político, o desenho proposto pelo plano barroco das grandes avenidas e blocos regulares baseia-se na ideia de um poder urbano que possa ser visto e ao mesmo tempo ver e controlar a cidade(p.65).
  • A rede pública de serviço de educação e saúde tem funcionado como campo de exercício de um poder urbano que vigia e disciplina. Tudo isto significa que a intervenção crescente do Estado na vida dos habitantes tem se norteado por produzir um certo modelo de normalidade e saúde aos cidadãos [...] O projeto normalizador dos equipamentos coletivos é apenas uma das instâncias onde o Estado atua como produtor e conservador de normas, isto é, modelos homogêneos de cidade e cidadãos impostos  ao conjunto da sociedade como regra. Para o planejamento urbano, as favelas e áreas de invasão, assim como os cortiços e os  quintais, são habitações subnormais. Geralmente, o que o planejamento urbano chama de subnormal, a polícia chama de marginal e o povo em geral de má vizinhança, que desvaloriza o bairro (p.67).
  • Do ponto de vista do capital, a favela ou cortiço é inimigo do capital imobiliário porque desvaloriza a região; da polícia, porque em seus espaços irregulares e densos é difícil penetrar; dos médicos, porque ali, espaço sem saneamento, proliferam os parasitas que se reproduzem nos esgotos a céu aberto. [...] A intervenção do Estado nestes territórios tem se dado geralmente através de programas e projetos que “racionalizam” estes espaços, adequando-os às normas do modelo (p.69).
  • O poder urbano funciona na cidade capitalista como uma instância que controla os cidadãos, produz as condições de acumulação para o capital e intervém nas contradições e conflitos da cidade (p.70).
  • A intervenção do Estado na cidade é, portanto, contraditória: sua ação pode favorecer mais ou menos certos segmentos da sociedade urbana (p.71).

1.2.4 - Cidade e Indústria

  • A produção industrial: a indústria está nos milhares de objetos que existem à nossa volta, na velocidade dos carros e aviões, na rapidez com que as estradas avançam distribuindo produtos por todo o mundo. Nas grandes metrópoles industriais de hoje não há tempo para ócio ou devaneio (p.71).
  • É também manifestação da indústria a homogeneização de nossa sociedade. A TV é indústria, tomando conta de nossas subjetividades [...] O ingrediente que falta para compor o cenário da indústria é apenas um : a máquina. Primeiro foram os enormes engenhos de ferro ou madeira impulsionados pelo vapor. Hoje são as máquinas de aço comandadas por programas de computador. O que aconteceu com as cidades quando passaram a abrigar as grandes indústrias foi, sem dúvida, uma revolução que alterou decididamente o caráter e a natureza da aglomeração urbana(p.72).
  • Com a industrialização da produção assistimos a um processo de urbanização, a gross-stadt, grande cidade, aglomeração urbana de centenas de milhares, de milhões de habitantes, é produto deste processo. É a indústria também que impulsiona o processo de urbanização da sociedade como um todo. A introdução da máquina, ao diminuir distâncias, transforma sem cessar regiões longínquas em mercados potenciais para os produtos da indústria (p.73).
  • A substituição da força animal e humana como força motriz pelo impulso de motor ampliou os limites da produção para além das capacidades biológicas (p.74).
  • A indústria é um fenômeno claramente urbano. Ela exige grande número de trabalhadores ao seu redor: para tornar rentável o investimento numa caldeira que produz vapor, é preciso produzir muito, fazendo-a impulsionar várias máquinas simultaneamente, dia e noite (p.76).
  • A penetração crescente desses produtos aniquila a produção artesanal organizada em bases corporativas e substituir, pouco a pouco, a produção doméstica. Com isto mais e mais setores da população são englobados pela produção industrial [...] A indústria tem portanto um efeito desterritorializador: nos espaços onde penetra opera rupturas, liberando energias que passam a alimentá-las (p.78).
  • A cidade industrial passa a ter uma característica de se constituir sobretudo por uma população estrangeira, quando muito, de passagem. Nas grandes cidades da Europa a maior parte dos trabalhadores na indústria é imigrante (p.79).
  • Mas a heterogeneidade e segregação da cidade fazem do território popular uma região explosiva: a história da cidade industrial é marcada pela violência (p.81).
  • Por essa razão, a história da cidade industrial é marcada também pela agitação das multidões: saques, quebra-quedas, passeatas, barricadas (p.82).
  • A indústria colocou para a cidade questões novas. É sob seu desígno que se gera a diversidade que faz a cidade industrial um universo estimulante e vibrante; que faz com que se amplie ao infinito a capacidade humana de inventar (p.83).

2 - O QUE É ARQUITETURA

2.1 - A CONSTRUÇÃO É BELA

  • [...] a arquitetura e a beleza e para quase todos, então, a arquitetura seria a proveniência de uma construção bela. (p.07)
  • [...] três grupos: as levadas segundo um critério artístico qualquer, por todos conhecidos; as erguidas sem um desejo específico de se fazer arte, mas admiradas por poucos elementos da sociedade a elas contemporâneos, [...] e, finalmente, as construções nascidas ao acaso, por iniciativa de pessoas realmente destituídas de senso estético e qua a ninguém agradam. [...]. (p. 08)
  • [...]  A beleza é cogitação da estética, disciplina que, naturalmente, não é exclusiva da arquitetura e sim das artes em geral, [...]. (p. 09)
  • [...] obras relacionadas como produto de "arte popular"[...] são trabalhos executados por uma comunidade e consumidos por essa mesma comunidade, segundo somatória de conhecimentos disponíveis a partir dos recursos que o meio ambiente oferece. [...]. (p.10)
  • [...] a arquitetura boa ou má, não se define pelo ornato oposto à construção, [...]. (p.13)
  • [...] Podemos argumentar que talvez Eiffel não estivesse atendendo aos conceitos "oficiais"de arte daquele tempo do ecletismo, mas estaria, sem dúvida, satisfazendo a seus ideais estéticos particulares de engenheiro, ligados à geometria, às formas puras, aos volumes derivados de equações cujo a dedução haviam dado prazer e possibilitado sensibilização espiritual. (p.17)
  • [...] duas posições: o belo e [...] satisfação nas normas técnicas [...] não havendo anteriormente uma intenção plástica – a beleza resultaria de modo natural a quem soubesse vê-la. (p. 20)
  • [...] a prioridade da aparência [...] capaz de emocionar esteticamente [...]. Arquitetura, para muita gente, seria a providência dessa aparência provocadora de emoções estéticas. A arquitetura já estaria definida ao nível do simples projeto. Arquitetura seria só a intenção de se fazer arte em cima de uma construção. [...]. Poderiam projetar um edifício, cuidando de suas aparências, de seus espaços monumentais, sem indagações concomitantes acerca das condições técnicas. (p. 20)

2.2 - A ARQUITETURA AO LONGO DO TEMPO

  • Platão ligava a arquitetura à lógica das construções, a arquitetura não seria uma aparência das coisas mas as coisas em sí próprias. [...] Aristóteles corroborava esse pensamento dizendo que a arte da arquitetura era o “resultado de certo gênero de produção esclarecida pela razão”(p. 22)
  • De início, Vitrúvio percebe na arquitetura três aspectos: a solidez, a utilidade e a beleza, [...] seis "divisões: á sua visão do que seja arquitetura: 1) Ordenação [...] 2)Disposição, [...] 3) Euritmia, [...] 4) Simetria, [...] 5) Conveniência, [...] 6) Distribuição, [...]. (p.23-25)
  • Pelo que vimos, Vitrúvio, nos seus seis princípios, dedicou-se praticamente à estética do projeto arquitetônico, não se referindo a ela somente na primeira e na Sexta categoria [...]. (p.25)
  • [...] Isidoro de Sevilha (c 560-636), que já vê imprescindível na arquitetura a ornamentação. Ele distingue três partes da construção: o traçado [...], a elevação [...] e a ornamentação [...]. (p. 26)
  •  Assim a arquitetura gótica, desenvolvida para a glória de Deus, foi uma verdadeira integração entre a ciência e as arte, pois a estereotomia chegou a perfeição, simbolizando ela, com seus engenhosíssimos cortes de pedras, todo o conhecimento aplicado à estabilidade de gigantescas construções, que exigiam conhecimentos interdisciplinares, que iam desde a mecânica dos solos e grafoestáticas até conhecimentos empíricos[...]. (p.28)
  • [...] Já de início houve a tentativa de se decorar, de se ornamentar os perfis pré-moldados das estruturas metálicas com o escopo de lhe dar a dignidade da arquitetura ortodoxa. (p.32 - 33)
  •  A partir dessa época é que se definiu completamente a separação entre o arquiteto e o engenheiro. [...] Goethe (1749-1832) [...] “a arquitetura é música petrificada, [...]  Schelling (1775-1854) [...] “arquitetura é a forma artística inorgânica da música plástica”. De qualquer forma, a demanda popular estava condicionada à orquestração dos ornatos dispostos ao longo dos paramentos frios de tijolos, deixando a decoração num segundo plano. (p. 33-34)
  • [...] Auguste Perret (1874-1954) o primeiro a dizer que “arquitetura é a arte de organizar o espaço e é pela construção que ela se expressa” “móvel ou imóvel, tudo aquilo que ocupa o espaço pertence ao domínio da arquitetura” (p.35).

2.3 - O PARTIDO ARQUITETÔNICO

  •  [...] “Arquitetura seria, então, toda e qualquer intervenção no meio ambiente criando novos espaços, quase sempre com determinada intenção plástica, para atender a necessidades imediatas ou a expectativas programadas, e caracterizada por aquilo que chamamos de partido. Partido seria uma consequência formal derivada de uma série de condicionantes ou de determinantes; seria o resultado físico da intervenção sugerida. Os Principais determinantes, ou condicionadores, do partido seriam:

a.  A técnica construtiva [...].

b. O clima, [...].

c. As condições físicas e topográficas, [...].

d. O programa das necessidades, [...].

...

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