A Teoria da Arquitetura
Por: Dolce 191 • 9/5/2022 • Trabalho acadêmico • 303 Palavras (2 Páginas) • 119 Visualizações
Segundo o autor, projetos produzidos manualmente, se diferenciam dos digitais de maneira similar ao caminhar e andar de carro. Os projetos digitais e o andar de carro resultam na acoplagem homem – máquina, que faz referência ao ciborgue, sujeito composto, híbrido de carne e máquina.
O computador pode ser considerado uma extensão da mente nessa relação homem – máquina, ampliando o campo das sensações humanas e modificando a maneira com que os objetos são assimilados, além de produzir novos gestos.
Dessa forma, a máquina não se reduz a um mero acessório. O impacto do uso do computador pelo homem funcionou como uma remodelação e deslocamento de sua nação, e não como um afastamento da experiencia física e da materialidade. A materialidade passa a ser definida como o encontro de dois aspectos que se mostram opostos: o totalmente abstrato e ultraconcreto.
Assim, a paisagem digital apresenta diversas oportunidades inusitadas, projetando materiais, moldando sua aparência e suas propriedades, ao invés de usá-los convencionalmente.
De acordo com Picon, as técnicas mais convincentes de representação não condizem totalmente à experiência da realidade construída. O modo de representação convencional (plantas, cortes e elevações) situa o observador no infinito, em uma posição impossível.
Além disso, as novas ferramentas digitais permanecem abstratas, mas permitem uma manipulação de fenômenos não materiais, como luz e textura. Essas mesmas ferramentas baseiam-se numa descrição esquemática do mundo, que despreza as diferenças de escala e as complexidades geográficas.
Os edifícios urbanos e espaços urbanos modelados através da tecnologia digital apresentam divergências entre o projeto de computador e a tectônica.
Ainda, são inerentes aos softwares modos de projetar que coagem o projetista. Apesar das limitações, o mundo digital que se revela ao arquiteto é multidimensional e permite maior liberdade projetual tanto na questão da forma quanto na ordem do processo de concepção dos edifícios e espaços urbanos.
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