As Dimensões da Qualidade dos Periódicos Científicos e Sua Presença em um Instrumento da Área da Educação

As dimensões da qualidade dos periódicos científicos e sua presença em um instrumento da área da educação

O meio cientifico sempre se apoiou na divulgação e compartilhamento de informações acerca de novos estudos através da utilização de periódicos voltados as áreas estudadas. Nesse contexto, os critérios de avaliação de periódicos são muito importantes, tanto para aquele que publica, quanto para aquele que avalia ou consome o conteúdo.  Porém, sempre existiu uma grande complexidade em padronizar critérios para a realização dessas avaliações.

O artigo em questão, As dimensões da qualidade dos periódicos científicos e sua presença em um instrumento da área da educação, publicado pela revista Brasileira de Educação em maio de 2006, pelo autor Piotr Trzesniak, destaca quatro dimensões para qualificar periódicos, são eles: técnico-normativa; finalidade do produto; processo de produção; e mercado. Segue abaixo detalhamento das dimensões:

Técnico-normativa: baseia-se totalmente na analise das normas técnicas, sendo que não há uma predefinição de normas padrões para periódicos. O que acaba acontecendo é que periódicos visam visibilidade internacional, por exemplo, seguem normas internacionais. Ao mesmo tempo, a escolha de normas específicas é prerrogativa da área de conhecimento que o periódico foca. Ou seja, é comum que cada periódico siga normas ou padrões que sejam populares de determinada área.  

Para realizar a avaliação desta dimensão, a uma padronização e automatização muito bem definidas e que independem da área de conhecimento aplicada no periódica, o que faz com que a avaliação possa ser realizada por técnicos treinados, sem a necessidade de pesquisadores da área.

Finalidade do produto: nesta dimensão a avaliação esta relacionada ao quão bem o periódico cumpre sua finalidade. Em linhas gerais, o conteúdo do periódico deve ser recente, inédito e relevante para o público alvo. Neste aspecto, não há uma padronização da avaliação, sendo que os padrões evoluem com o avanço da área.

Diferentemente da primeira dimensão, a avaliação precisa ser realizada por pesquisadores da área do periódico, visto que os critérios técnicos estão bastante ligados ao conhecimento da área.

A alternativa pratica acaba sendo avaliar os indicadores indireto, tais como: corpo editorial, consultores ad hoc, o respaldo institucional ou o regulamento e a escolha do editor. Porém, não a consenso quanto à efetividade destes critérios, visto que a presença de um corpo editorial respeitado, por exemplo, não garante que o conteúdo seja relevante.

 Processo de produção: para que esta dimensão seja atendida, é necessário basicamente a existência de um manual de procedimentos da qualidade, que especifique todos os passos associados a produção do periódico e que estes sejam seguidos  pela equipe de trabalho. Desta forma, a avaliação segue uma metodologia similar a realizada em empresas, pois baseia-se na analise de processos de produção, sendo que a forma mais completa de avaliar esta dimensão esta na realização de uma auditoria da qualidade e na certificação de acordo com normas internacionais, como por exemplo, a ISO 9000.