Fichamento : D’ALEMBERT, Clara Correia. Tijolo em São Paulo: modos de fabrico e aplicação nas construções
Por: Priscylla Sant'Anna • 25/4/2015 • Resenha • 697 Palavras (3 Páginas) • 722 Visualizações
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE
FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
PRISCYLLA SANT’ANNA RODRIGUES DE LIMA
FICHAMENTO DO TEXTO TIJOLO EM SÃO PAULO: MODOS DE FABRICO E APLICAÇÃO NAS CONSTRUÇÕES
SÃO PAULO
2015
Fichamento do texto: D’ALEMBERT, Clara Correia. Tijolo em São Paulo: modos de fabrico e aplicação nas construções , I: LOPES, João Marcos LIRA, José (orgs) memória, trabalho e Arquitetura. São Paulo: Edusp, 2013. P111-119
1.Argila e tijolo – Características, primeiras usos e produções
[pic 1]Desde os seus primeiros usos na construção, a argila é matéria prima para obras de taipas, tijolos e telha cerâmicas, pela sua facilidade de manipulação, confecção, custo, e propriedades de acabamento, conforto térmico e acústico.
[pic 2]A descoberta do aumento de sua resistência com a queima, e padronização das dimensões resulta no surgimento do tijolo, que passa a ser produzido em olarias manuais até meados do século XVIII. Posteriormente, com os adventos da Revolução Industrial, são desenvolvidos maquinários para a produção em larga escala, regidas por mais controle dimensional e técnico. [pic 3]
[pic 4]Utilizada a principio em panos e paredes, cujos principais assentamentos poderiam ser em cutelo¹, alvenaria de meia vez², paredes de uma vez³ e de uma vez e meia (fig.4).[pic 5][pic 6]
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[pic 9]
Os primeiros estabelecimentos oleiros da Vila de São Paulo localizavam se próximos a rios ou córregos, devido à necessidade de retirada da matéria prima e utilização de água na sua execução. Sendo, na maioria, próximos às margens do Tamanduateí, Anhangabaú, Tietê e Pinheiros.
A expansão ferroviária para o interior da cidade, por volta de 1860 e a chegada de imigrantes europeus, possibilitou a difusão do uso de tijolos em edificações cafeeiras, e a instalação de olarias para atender as demandas locais.
Dentro do processo de transição da taipa para a alvenaria, a experiência e conhecimento da mão de obra estrangeira especializada, contribuíram para o rompimento com a falta de confiança nas potencialidades desse material, além das possibilidades de avanços na construção civil, simultaneamente a disponibilidade de capital e a chegada de arquitetos e engenheiros habilitados para atender as demandas do poder público e da alta burguesia.
Os alemães podem ser considerados os introdutores dessa nova forma de construir a partir de 1850, e dentre as suas principais produções estão a Hospedaria dos Imigrantes, o Grande Hotel, o Palácio dos Campos Elíseos e o Julius Ploy.
Após esse período, a mão de obra italiana também passa a influenciar na concepção e construção da cidade, e adota-se o partido italiano, com alvenarias autoportantes e fachadas neoclássicas. A estrutura do edifício possibilita certa independência da fachada, que passam a serem revestidas e esculpidas por capiteis, frontispícios, platibandas, cornijas, consoles e outros elementos de ornamentação.
O enriquecimento da cidade financiou edifícios de grande porte e de luxo, que atenderam aos anseios da elite cafeeira, comerciantes e industriais, representadas principalmente pelo arquiteto Domiziano Rossi em parceria com o construtor Ramos de Azevedo. Dentre elas: o Monumento do Ipiranga, Liceu de Artes e Ofícios, Palácio da Justiça e o Teatro Municipal.
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