O PARQUE LINEAR

INTRODUÇÃO

O crescimento urbano se deu na metade do século XX, onde foi o resultado da transferência de pessoas do meio rural para o meio urbano, meio em que se concentrava a indústria e comercio, em busca de melhores condições de emprego e melhor qualidade de vida. Rondônia, especialmente da década de 70, sofreu esse intenso processo de ocupação territorial. Um dos fatores primordiais para o crescimento populacional no estado foram os diversos projetos de colonização, através do governo federal, e a extração artesanal do ouro.

Consequentemente, aumentava a demanda por moradia, equipamentos e infraestrutura urbana. Todavia, com o crescimento populacional constante, restaram apenas as regiões periféricas com condições topográficas, que nem sempre eram favoráveis a construção de casas e com grande deficiência de infraestrutura. Porém, mesmo com o baixo custo, nem todo mundo tinha condições de adquirir um loteamento desse. Havia então, a opção de ocupar morros, encostas, margens de rios e córregos, dando origem ao que se chama hoje de invasão, ora ocupados em lugares irregulares e clandestinos. Logo, a distribuição da população na cidade se deu através da condição social de seus habitantes. Esse fator provocou efeitos negativos que afetavam o meio ambiente e na atualidade, a vida nas grandes estava aliada a diversos conflitos e problemas.

Atualmente, a cidade vem crescendo em desordem e sem planejamento algum, visto que com esse crescimento carece cada vez mais de áreas verdes de qualidade e infraestrutura, dificultando ainda mais o bem-estar das pessoas e as afastando da natureza.

Outro problema que temos na falta de infraestrutura e planejamento é a priorização do automóvel como meio de transporte, o uso excessivo do mesmo acarreta vários problemas tanto para a humanidade quanto para o meio ambiente, como poluição, congestionamentos, contribuição para aumento do efeito estufa, devido ao excesso de emissão de dióxido de carbono (CO2), problemas de saúde, impermeabilização do solo, geração de resíduos, riscos de acidentes.

Tem-se como exemplo dessa ocupação irregular, as casas que estão construídas na encosta do Igarapé dos Tanques, situado em Porto Velho, na capital de Rondônia. Atualmente, a área está ameaçada pela deficiência de planejamento, gestão quanto ao uso do solo, desmatamento, erosões, acúmulo de resíduos sólidos, que causam poluição ao igarapé.

Dada a problemática tem-se como solução a criação de um parque seguindo parte do percurso do igarapé e uma ciclovia promovendo a conexão dos bairros Igarapé, Conjunto 4 de Janeiro, Conjunto Marechal Rondon e Aponiã, contribuindo para diversos usos e o bem-estar e a qualidade de vida da população que utilizará o espaço.

1 JUSTIFICATIVA

A construção do parque será de grande relevância pois do mesmo modo que ele irá promover a preservação dos recursos naturais, bem como a vegetação e o igarapé, que está ocupada de forma irregular por famílias a sua beira, que não só colocam suas vidas em risco, como também colocam em risco a vida do restante da população, visto que dejetos são atirados diretamente às águas por conta da falta de esgoto local. Ele também trará conforto, atividades de lazer, cultura, rotas de locomoção não motorizada, como ciclovias e caminhos de pedestres, e contato com a natureza para a população, visto que os bairros são carentes de natureza e arborização. O mesmo conciliara os aspectos urbanos e ambientais com as exigências da legislação de uso e proteção do solo com a realidade existente.

É valido ressaltar que as áreas verdes nas cidades trazem inúmeros benefícios, proporcionando melhor qualidade de vida a população através de melhorias das condições atmosférica, equilíbrio entre solo, clima e vegetação, diminuição dos níveis de ruídos, além de proporcionar embelezamento estético.

O projeto tem como intuito