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O Regionalismo Crítico

Por:   •  7/11/2018  •  Trabalho acadêmico  •  439 Palavras (2 Páginas)  •  156 Visualizações

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Neste capitulo Frampton discute os reflexos da universalização sobre as culturas do passado. Ele enfatiza que essa cultura se trata de consumo e interesses comerciais. O que pode ser observado em construções repetitivas como uma massa de edifícios amórficos, com um único objetivo do baixo custo.

O que entra em questão a necessidade de esquecer a cultura do passado. A partir deste questionamento Frampton começa a explicar, em seu entendimento, como seria uma arquitetura crítica e com valor político.

Sendo assim, Frampton afasta a ideia do regionalismo na arquitetura como a reprodução de estilos do passado ou de elementos que criam apenas um cenário estático. A arquitetura é dinâmica, sofrendo alterações ao longo do tempo.

A palavra “crítica” é utilizada muitas vezes no texto. Ele queria reforçar a necessidade de reflexão sobre a arquitetura e o fazer arquitetônico, que passam longe da reprodução usual no mercado. O arquiteto é também investido de uma função política, de posicionamento perante um mundo globalizado. A atual moda pelo povo e consequentemente pelo moderno, perde o significado ao longo do tempo, quando estas características se tornam vazias de significado. O sentido da arquitetura, se perde.

Frampton cita arquitetos que trabalham a arquitetura de forma singular. Com sensibilidade conseguem valorizar a topografia, a luz, o clima e até mesmo a história da região, como belíssimos exemplos inseridos no contexto da arquitetura contemporânea. O que acontece é uma recriação dessas influências locais, para tal é necessário o esforço de reflexão. A descoberta de uma nova forma, atual, de interagir com esses fatores. O que se percebe nesses casos é o uso da tecnologia como uma ferramenta para que o arquiteto atue em seu contexto, e não como responsável por diretrizes de projeto.

Frampton destaca o trabalho de Álvaro Siza, em Portugal, capaz de trazer a essência do local. Atento a aspectos fenomenológicos, que aproximam a construção da poesia. Através dos exemplos, Frampton vai deixando claro que os caminhos que levam a um regionalismo crítico passam pela fenomenologia, pela tectônica e pela visão crítica.

Entretanto, citando outros arquitetos como Tadao Ando, Barragán, Oscar Niemeyer, Affonso Reidy, entre outros, não existe uma fórmula fechada. Cada arquiteto possui seu olhar próprio sobre o local e suas referências. Revela que o que chamamos anteriormente de “escola” muitas vezes são gerados pelo esforço e trabalho de um único indivíduo, e sua forma de entender a arquitetura.

Por fim, a arquitetura do Regionalismo Crítico mantém a obra “livre do exibicionismo tecnológico e da composição pretensiosa”, utiliza detalhes como expressão de identidade, considera relevante o valor tátil dos componentes tectônicos e faz uso da luz e do vento como “materiais arquitetônicos”. Uma arquitetura repleta de significado e qualidade.

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