Paulo Mendes da Rocha
Por: pablotomm • 4/4/2016 • Trabalho acadêmico • 3.226 Palavras (13 Páginas) • 580 Visualizações
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Diêgo Silva Bruno Lima Fernando Moraes Kalrwillian Antunes Fernando Ávila Pablo Alves
Paulo Mendes da Rocha
Pesquisa solicitada como requisito de avaliação do 3° Semestre/N1, do Curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Para o Desenvolvimento do Estado e da Região do Pantanal – UNIDERP/ANHANGUERA, Com o intuito de Avaliar o Conteúdo Ministrado. Sob Orientação do Professor Alex Maymone da Silva.
“Eu acho que a questão fundamental da arquitetura é resolver problemas.
Portanto, se você quiser dizer assim, que qualidade a arquitetura deve ter, imprescindível, se tivesse que dizer uma só qualidade, eu acho que ela deve ser “oportuna”.
[pic 2] Estamos em cima desse planetinha, girando perdidos no universo. Agora, ninguém discute mais isso”.
Resumo
Na pesada e conturbada malha da cidade de São Paulo, a arquitetura de Paulo Mendes da Rocha constitui contraponto de confiança no projeto arquitetônico para a construção e Reorganização do espaço urbano. Tendo surgido a partir do final dos anos 50, adota uma postura. Concisa e crítica face às questões problematizadas no início do movimento moderno no país. Solidarizando-se com a vertente que seguiu Vilanova Antigas, resume as questões de ordens. Sociais, tecnológicas e econômicas, através de uma ideologia que vincula politicamente, arquitetura e cidade. O objetivo deste trabalho é uma análise da obra de Paulo Mendes da Rocha, baseada na premissa de que introduz, com habilidade, notória originalidade formal a tais questões utilitárias. Uma produção precisa e constante, que abre mais um caminho de interpretação da arquitetura Brasileira.
Introdução
[pic 3]A tônica na obra de Mendes da Rocha é sua capacidade de enxergar no espaço urbano que a graça de uma cidade está justamente no fato de ela existir antes de ser construída. “Ela nasce do desejo dos homens de estarem juntos”, diz o arquiteto.
Seu traço define o artista que ele e suas estruturas mostram seu valor, essa posição a característica humanista, sua obra modifica a paisagem e o espaço, procurando atender tanto às necessidades sociais quanto estéticas do homem. Um grande senso de responsabilidade para com os usuários de seus projetos e com a sociedade em geral baliza suas realizações nas mais variadas frentes, da residência individual ao edifício de apartamento, da capela a estádios esportivos, parques infantis, museus de arte e praças públicas. Produz trabalhos reveladores de uma permanente busca de harmonia entre a arquitetura e a natureza enquanto forças congruentes.
Paulo Archias Mendes da Rocha, nascido em Vitória (ES) a 25 de outubro de 1928, costuma dizer que foi criado vendo a engenhosidade do mundo. Ouvia em casa que poderia fazer um porto e até um navio. O avô, Francisco Mendes da Rocha, dirigiu o serviço de navegação do Rio São Francisco, conhecido como. O pai, grande engenheiro, tornou-se um respeitado professor de Naval e Recursos Hídricos na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo.
Em suas próprias palavras, “a primeira e primordial arquitetura é a geografia”. Paulo Mendes da Rocha é especial. Arquiteto-cidadão brilhante, ele luta por um mundo melhor. Sua obra é reconhecida internacionalmente e não é de hoje que lhe são conferidos prêmios importantes, como o Grande Prêmio ‘residência da República na VI Bienal de São Paulo’ em 1961, e o prêmio Mies Van der Rohe de Arquitetura, em Barcelona no ano 2000. Mendes da Rocha enche o País de orgulho, assim como todos os arquitetos brasileiros, que se sentem representados por ele.
Resistência ao desastre
Durante parte da ditadura militar brasileira (1964-1985), Mendes da Rocha foi impedido com Artigas de fazer e ensinar arquitetura. Era professor na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Seria depois reintegrado. Mas só no início na década seguinte, a sua presença foi celebrada. Numa famosa entrevista, publicada na revista Caramelo, criada pelos estudantes da FAU em 1990, caracterizou assim o novo Brasil, que entrava num processo de democratização: “Trata-se de ter consciência do momento em que vivemos. É um momento de transformações na vida do homem, e a expressão que ele dará a isso deve ser serena e belíssima. É o momento de compreender que uma pirâmide não é uma forma piramidal, simplesmente, mas um desejo daquela época de colocar uma pedra a 30 metros de altura naqueles horizontes, e que a inteligência do homem foi capaz de realizar. Que raciocínio você quer fazer, que discurso você deve querer atribuir a isso que aí está, e o que devemos fazer agora?”
Tinha começado, em plenos anos de 1980, a ser sistematicamente divulgado nos meios internacionais. Obras suas da década de 1950, lado a lado com edifícios mais contemporâneos, seriam nesse período dissecadas pela mesma crítica que, de fora do Brasil, apontara o dedo à arquitetura brasileira desde a construção de Brasília. O Museu Brasileiro de Escultura, em São Paulo, que desenhou no final da década de 1980, impunha-se como imagem maior da vitalidade da arquitetura do Brasil, surgindo como contraponto a um pós-modernismo que, no plano internacional, se encontrava já esgotado.
A dimensão artística do homem
O homem é, portanto o centro do discurso de Mendes da Rocha. Mas não é um homem fruidor ou consumidor do espaço arquitetônico; trata-se antes de um homem que o constrói através da inteligência como atual no mundo e é nesse sentido que existe convicção no exercício do arquiteto, como esclarece também em 2006: “A arquitetura (…) é justamente a dimensão artística do homem e uma totalidade, uma forma específica de conhecimento capaz de mobilizar tudo (antropologia, linguística, sociologia, ciências exatas…) para dizer: 'Façamos assim'.” A importância da obra de Mendes da Rocha na arquitetura contemporânea brasileira mede-se igualmente pelo reflexo que tem no ambiente profissional de São Paulo, de onde são atualmente originários os mais dinâmicos escritórios do país.
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