RESENHA: LÚCIA MASCARÓ, " A ILUMINAÇÃO DO ESPAÇO URBANO"

UNAERP

CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO

RESENHA: LÚCIA MASCARÓ, " A ILUMINAÇÃO DO ESPAÇO URBANO"

CONFORTO AMBIENTAL II – LUMÍNICO

Prof.: Ruth Cristina Montanheiro Paolino

        

NATHÁLIA A. DE LIMA – 831391

RIBEIRÃO PRETO

2021

        Lúcia Mascaró apresenta em seu texto “A iluminação do espaço urbano” questões importantes a respeito dos critérios de iluminação. Aponta e separa em partes a questão do tempo, dos objetivos, da paisagem, do perfil das cidades, do espaço urbano através do ano e dos problemas encontrados nos projetos lumínicos das cidades.

        A autora, de forma sucinta e com uma linguagem fácil de compreensão, mostra como a iluminação dos espaços urbanos é uma área negligenciada pelos iluminadores e arquitetos e urbanistas.

        Apresenta, também, como os projetos de iluminação são pensados a fim de atender diferentes objetivos e lugares. Por exemplo, a necessidade de uma iluminação para as avenidas é distinta da iluminação para uma área de prática de esportes, ou então, do centro de uma cidade que possuiu um objetivo estético para atrair consumidores aos comércios que o fazem parte.

        Além disso, a iluminação elétrica possibilitou a mudança de rotina na vida dos usuários das cidades. Depois da sua chegada, foi possível realizar atividades nos espaços públicos à noite que anteriormente não eram possíveis, além de trazer consigo, uma maior sensação de segurança para os cidadãos quando as ruas são bem iluminadas, por exemplo.

        Porém, apesar de seus benefícios, a iluminação pública noturna não é totalmente completa e coerente e isso se deve aos fatores históricos que contribuíram para essa situação. A partir dos anos 60, houve um aumento do uso de automóveis e, consequentemente, foi necessário incrementar ao entorno uma maior quantidade de elementos de iluminação, os quais não sofreram preocupações com os efeitos estéticos juntamente com os componentes do espaço urbano. A falha no projeto lumínico das cidades resultou em situações de poluição luminosa ou também em situações de sombras indesejadas projetadas nas calçadas, o que prejudica os pedestres e a segurança das edificações no entorno.

        São por esses e outros motivos que, conforme Lúcia Mascaró, que o planejamento urbano deve ser pensado juntamente com o projeto de iluminação, que pode se tornar favorável ou desfavorável para a cidade e àquelas que a utilizam, já que possuem o poder de promover a apreciação e percepção do espaço ou, negativamente, provocar o caos luminoso.

        A luz artificial possui o dever de carregar informações familiares para os usuários. Essa linguagem permite, através da psicologia visual, distinguir grandes e pequenas ruas, quarteirões e bairros. E também, deve levar em consideração a escala e adaptação humana da luz e do espaço.

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