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Resumo O Urbanismo (Françoise Choay)

Por:   •  17/8/2019  •  Trabalho acadêmico  •  1.732 Palavras (7 Páginas)  •  1.824 Visualizações

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O urbanismo (Françoise Choay).

  • O urbanismo em questão:

A sociedade industrial é urbana, porém nada do que ela produz é ordenado. Apesar de possuir especialistas em planejamento urbano, as criações do urbanismo são questionadas.

O dicionário Larousse define a palavra urbanismo como “ciência e teoria da localização humana”.

Disciplina que se diferencia das artes urbanas anteriores pelo caráter reflexivo e crítico.

O urbanismo quer resolver um problema (o planejamento da cidade maquinista) colocado nas primeiras décadas do século XIX.

  • O pré-urbanismo:

  • Gênese: a crítica da cidade industrial.

A revolução industrial é quase imediatamente seguida por um impressionante crescimento demográfico das cidades.

A Grã-Bretanha é pioneira desse movimento em 1801, seguida de França e Alemanha a partir de 1830.

Do ponto de vista estrutural, nas velhas cidades da Europa, a transformação dos meios de produção e transporte, e a evolução de novas funções urbanas, contribuem para romper os velhos quadros, da cidade medieval e da cidade barroca.

Haussmann adapta Paris às exigências econômicas e sociais do Segundo Império, apesar de prejudicar a classe operária, é a solução mais favorável aos capitães da indústria e financistas.

  1. Racionalização das vias de comunicação e a criação de estações;
  2. Especialização bastante ativa dos setores urbanos;
  3. Criação de novos órgãos como grandes lojas, hotéis, cafés;
  4. Indústrias se instalam no subúrbio e a cidade deixa de ser uma entidade espacial bem delimitada;

Descritivo: observa-se os fatos isoladamente, tenta-se ordená-los de modo quantitativo.

  • Levasseur e Legoyt são precursores na França e Adna Ferrin Weber, mais tarde, nos EUA.

Humanitários: denunciam com o apoio de fatos e números, o estado de deterioração física e moral em que vive o proletariado urbano.

  • dirigentes municipais, homens da igreja, médicos

Pensadores políticos: denunciam os problemas das cidades industriais, o habitat insalubre do trabalhador, a distância entre residência e trabalho, os lixões e a falta de jardins públicos.

  • Matthew Arnold e Fourier, Proudhon e Carlyle, Engels e Ruskin.

  • Os dois modelos.

Projeções espaciais, consideradas utópicas, de imagens de cidade futura.

  • O modelo progressista:

Passar os homens de alienados para consumados (indivíduo humano como tipo).

O racionalismo, a técnica e a ciência resolvem problemas do homem com o meio através do  progresso.

  1. Espaço amplamente aberto, rompido por vazios e verdes (exigência da higiene).
  2. Água, ar e luz igualmente distribuído para todos.
  3. Locais distintos para habitat, trabalho, lazer e cultura.
  4. Recusa qualquer herança artística do passado, para submeter-se exclusivamente às leis de uma geometria ”natural”.
  5. Precisão de detalhes e rigidez que eliminam a possibilidade de adaptações.
  6. Vias de circulação e casas cujo gabarito e alinhamento são calculados.
  7. Habitação é prioridade.

  • Solução individual: Proudhon.

Solução coletiva: Fourier.

Diferentes formas deste modelo apresentam-se como sistemas limitadores e repressivos.

  • O modelo culturalista:

O ponto de partida crítico não é mais a situação do indivíduo e sim o agrupamento humano, da cidade.

O problema  é o desaparecimento da antiga unidade orgânica da cidade sob a pressão desintegradora da industrialização.

O ponto capital desse modelo é a cultura.

  1. Contraste sem ambiguidade com a natureza, como reservas paisagísticas.
  2. As dimensões da cidade são modestas.
  3. Ruskin e Morris sugerem a irregularidade e assimetria, que são a marca de uma ordem orgânica.
  4. O estético exerce o papel que exercia a higiene anteriormente.
  5. Em matéria de construção, da de padrões, cada uma deve ser diferente, criando a especificidade.
  6. No plano político, democracia; no plano econômico, anti industrialismo.

  • A crítica sem modelo de Engels e Marx:

A cidade tem o privilégio de ser o lugar da história.

A ação revolucionária deve, em seu desenvolvimento histórico, realizar a implantação socialista, depois comunista: o futuro pertence aberto.

As certezas e exatidões de um modelo são recusadas em benefício de um futuro indeterminado.

Cidade-campo: resultado da “supressão” da diferença entre campo e cidade.

  • O antiurbanismo americano:

Restauração de uma espécie de estado rural, que eles pensam ser, com algumas reservas, compatível com a sociedade industrial.

  • Thomas Jefferson, Thoreau, R. Waldo Emerson.
  •  O urbanismo:

Não é obra de generalistas (historiadores, economistas, políticos) e sim de profissionais da área (arquitetos).

O urbanismo é despolitizado.

O urbanismo enfrentou condições econômicas desfavoráveis e o choque com o poder de estruturas econômicas e administrativas.

Atribui em seu método um papel imaginário.

  • Uma nova versão do modelo progressista.

Uma tentativa de ordenação e uma conjugação das soluções utilitárias e das soluções plásticas. Uma regra unitária distribui por todos os bairros da cidade a mesma escolha de volumes essenciais e fixa os espaços seguindo necessidades de ordem prática e as injunções de um sentido poético próprio do arquiteto.

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