Sociedade e Espaço
Por: Michelle Ferreira • 29/6/2017 • Trabalho acadêmico • 907 Palavras (4 Páginas) • 247 Visualizações
1- Ruben Katzman traz no seu artigo “a dimensão espacial nas políticas de superação da pobreza urbana” um debate sobre perspectivas de superação da pobreza. No entanto, segundo o autor, para o êxito dessa ação, um diagnóstico sobre as diferentes realidades locais é posto como essencial, Apresente as quatro tipologias de bairros pobres caracterizando: a) o perfil de seus moradores; b) possibilidades de mobilidade social; c) faça uma reflexão sobre o tipo de bairro que você considera mais vulnerável e aquele que apresenta as maiores oportunidades, justifique ambas.
Primeiro tipo: Comunidades formadas primariamente por migrantes internos que chegam à cidade.
a)- A maioria dos migrantes recém chegados aos grandes centros urbanos vinham de áreas rurais, ou de pequenos povoados em que predominavam padrões tradicionais de dominação patrimonial, eles não traziam consigo experiências relevantes de participação em organizações formais. Sua capacidade autônoma para processar e articular demandas individuais em demandas coletivas era frágil, e desse modo também eram frágeis suas oportunidades de mobilidade coletiva.
b)- Dado que as condições com que a cidade os recebia era tidas como favoráveis se comparadas a seus lugares de origem, é muito provável que tenha existido uma percepção generalizada de mobilidade social ascendente entre os que migravam para os grandes centros urbanos. Em geral, a cidade oferecia um melhor acesso aos serviços sociais básicos, uma bem maior diversidade de formas de entretenimento, melhores condições de infra-estrutura de moradia e, especialmente, melhores oportunidades de emprego.
Segundo tipo: Bairros operários tradicionais
a)- Esta categoria se refere às comunidades nas quais uma significante parcela dos residentes compartilha experiências de trabalho nos mesmos estabelecimentos, industriais, mineiros, firmas vinculadas ao transporte, para a construção de composições da infra-estrutura urbana.
b)- Diferentemente do caso anterior, as características dos bairros operários tradicionais parecem ter se consolidado em um meio onde as oportunidades de mobilidade coletiva dos pobres urbanos foram maiores do que as oportunidades de mobilidade individual.
Terceiro tipo: As comunidades populares urbanas
a)- Mesmo sendo predominantemente pobres, apresentam uma heterogeneidade maior em sua composição social do que dos tipos anteriores. Tal heterogeneidade é, fundamentalmente, um resultado da confluência de trabalhadores assalariados formais e informais de baixa qualificação, juntamente a trabalhadores autônomos, oficinas de reparação, empresários de pequenos empreendimentos industriais e comerciantes de microempresas familiares, que atendiam localmente a maioria das necessidades de bens de consumo e de serviço daquela vizinhança.
b)- Este tipo de comunidade floresceu em determinados momentos, nos quais se combinavam expansão econômica, reduzida competição de produtos importados e, por fim, a permanência e a expansão de microempresas familiares, que atendiam localmente a maioria das necessidades de bens de consumo e de serviço daquela vizinhança. Essas circunstâncias favoreceram a mobilidade individual e, em alguns casos, a mobilidade coletiva.
Quarto tipo: Os guetos urbanos
a)- De acordo com o ponto de vista da percepção da mobilidade individual, diferentemente das comunidades dos migrantes do interior do país, que, atraídos pelas oportunidades da cidade, povoaram as villas miserias, callampas, favelas, cantegriles etc, a maioria da população dos atuais guetos urbanos foi expulsa da cidade ou fracassou em seus esforços para manter uma cidadania urbana. Então, é mais provável que sua atual situação seja julgada como uma queda na escala social do que uma ascensão.
b)-
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