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TECNICAS DE PESQUISA CIENTIDIFICA - ABRIGO PARA PESSOA EM SITUACAO DE RUA

Por:   •  16/9/2017  •  Projeto de pesquisa  •  2.317 Palavras (10 Páginas)  •  497 Visualizações

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CENTRO UNIVERSITÁRIO MOURA LACERDA

RENATA JUNQUEIRA MEIRELLES

ABRIGO PARA PESSOA EM SITUAÇÃO DE RUA NO CENTRO DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

RIBEIRÃO PRETO 2017


RENATA JUNQUEIRA MEIRELLES

ABRIGO PARA PESSOA EM SITUAÇÃO DE RUA NO CENTRO DA CIDADE DE RIBEIRÃO PRETO

Projeto de pesquisa apresentado ao Centro Universitário Moura Lacerda para cumprimento das exigências parciais da disciplina de Técnicas de Pesquisa Cientifica ministrada pela prof. Me. Angela Rodrigues.

RIBEIRÃO PRETO

2017


SUMÁRIO

 1-APRESENTAÇÃO.........................................................................................................P. 4

2- PROBLEMÁTICA DA PESQUISA.............................................................................P. 6

3-OBJETIVOS....................................................................................................................P. 6

4-JUSTIFICATIVA............................................................................................................P. 7    

5-QUADRO TEÓRICO......................................................................................................P.7

6- PROCESSO METODOLOGICO……………………………………………………..P.9

7-CRONOGRAMA………………………………………………………………………P.10

8-REFERÊNCIAS..............................................................................................................P.11


1-APRESENTAÇÃO

O assunto escolhido para o TFG de Arquitetura e Urbanismo é abrigo para pessoa em situação de rua, que está inserido na área de projetos sociais e que tem como tema de pesquisa: Abrigo para pessoas em situação de rua no centro de Ribeirão Preto.

             O Interesse pela abordagem de tal assunto surgiu devido a quantidade de pessoas em situação de rua. O número de indivíduos que passam por tal situação, e sofrem com a exclusão e o preconceito é intenso, o que fez surgir uma motivação pessoal para que esse quadro mudasse e essa população passasse a ter um apoio.

Para o sociólogo francês Robert Castel, a exclusão é o resultado de um processo de ruptura do individuo com seu grupo de origem, devido a trajetórias diferenciadas de vida, e que não contemplaram com plenitude os resultados do modo de produção do capital. “Sua situação mais comum é a degradação de um status anterior” (CASTEL, 2000, p.23, apud ARRÀ, 2009), ou seja, a perda de vínculos com o grupo ao qual essa pessoa era incluída, seja ele a sua família, seu trabalho ou qualquer outro motivador.

             Geralmente, essas pessoas se encontram nas áreas centrais, onde comércio e serviços ficam concentrados, onde o fluxo de pessoas é maior e que possibilita a obtenção de alimentos e alguns recursos financeiros, sendo que durante o período noturno estes locais ficam praticamente "abandonados”, despovoados, se transformando assim em abrigos. Dessa forma o local de estudo escolhido foi o quadrilátero central da cidade de Ribeirão preto – SP.

     Por mais que o termo “morador de rua” seja muito utilizado pela maioria da população é importante saber que há um conflito imediato, portanto é necessário discutir as definições que envolvem os termos relacionados a essa população.

“A denominação dada pelas próprias pessoas que moram nas ruas, de acordo com o Jornal Folha de São Paulo”:

  • “Definitivo”: Aquele que não tem vontade de deixar as ruas e já está totalmente adaptado ao dia a dia de privações.  
  • “Temporário”: Também chamado de “em situação de rua”. Tem vontade de deixar as ruas e busca as alternativas para melhorar de vida.  
  • “Trecheiro”: Morador de rua que vive mudando de lugar e, em muitos casos, até de cidade e estado.  
  • “De cientes”: Aqueles com problemas físicos ou mentais são os que mais encontram rejeição dos outros moradores de rua.  
  • “Escondidinho”: ladrões que cometem pequenos crimes na área central de São Paulo e, para tentar despistar a polícia, se juntam a grupos.”.

       Assim, é das próprias pessoas que habitam as ruas a distinção entre uma situação definitiva, e uma situação temporária.  Imaginar que esta situação seja permanente, com certeza não agrada nem ao poder público, nem à sociedade para quem seria mais interessante que todos fossem “temporários”, que essa fosse apenas uma situação de passagem. Não é à toa, portanto, que a denominação o cial, utilizada inclusive pelo Censo (encomendado pela Prefeitura de São Paulo) seja “População em Situação de Rua”.

      É importante também definir as tipologias de pessoas que  habitam as ruas, existem aquelas que estão vivendo e aquelas que vivem nas ruas, saber diferenciar e identificar esses dois grupos é um dos primeiros passos para que o projeto seja bem sucedido.

Nem sempre o morador de rua escolheu esse caminho por conveniência, nem sempre uma pessoa desempregada consegue se manter por algum tempo e o mais impactante de tudo isso é saber que quase sempre é impossível reverter a situação  pois uma vez em situação de rua o cidadão torna-se esquecido pela sociedade, morre aos olhos dela.

        O que poucos param para pensar é que para sair das ruas não basta querer, essas pessoas não são aceitas na maioria dos locais, conseguir um emprego para um morador de rua é tarefa quase impossível.

Lima descreve bem o fato e nos faz inclusive pensar sobre o termo ‘morador de rua’.

Eles são moradores nas ruas, porque chamá-los de moradores de rua, além de confuso é contraditório, se a rua fosse deles, eles teriam onde construir e morar. Rua não foi feita para morada de nada, nem de ninguém. Rua surge por ser caminho publico, ladeado de casas ou muros nas povoações. A rua só existe, porque existe alguma morada. Então rua não é causa, é consequência, nunca ouvi dizer que um engenheiro se especializasse em fazer ruas. (lima, 2014, não paginado).

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