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A Atividade Individual Economia Empresarial

Por:   •  1/6/2022  •  Monografia  •  1.512 Palavras (7 Páginas)  •  203 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Aluno/a: Maria Eugenia Alves da Costa Santos

Disciplina: Economia Empresarial

Turma: 0322-2_11

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais.

     A geração de energia no Brasil teve seu início no século XIX, mas apenas na década de 1990 o setor começou a desestatização, devido a inadimplência das empresas do setor, houve a criação agência reguladora do setor, ANEEL, e a criação do Ambiente de Contratação Livre, o qual permite o consumidor, que atinja o consumo de carga elegível, negociar sua própria energia, diferentemente do ambiente regulado, onde o consumidor é obrigado a comprar da distribuidora. Os consumidores elégiveis para serem livres são aqueles que consomem pelo menos 500 kW de energia por mês, são exemplos deles, os shoppings, as indústrias e até mesmo grandes empresariais.

     Durante os primeiros seis meses da pandemia de Covid-19, estes grandes centros de consumo tiveram seu fluxo humano drenado, e por vez, seu consumo de energia, por vários meses os shoppings permaneceram fechados, e os escritórios também, com isso, os funcionários começaram a fazer teletrabalho, o que impactou os locais de carga do setor elétrico.

CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

     A pandemia do Covid-19 gerou retração na economia, em todos os setores, com o elétrico não seria diferente, ainda mais por ser setor que possui um forte vínculo com o desenvolvimento da sociedade. A quarentena forçou o teletrabalho, este migra parte do consumo do mercado livre, empresas e shoppings, para o mercado regulado, residências, e aumentou o índice de desemprego, o qual acaba levando pessoas para a linha de pobreza e tendo menos acesso à eletricidade, dessa forma, era esperado uma redução do consumo de energia no país.

     Nos gráficos a seguir, conseguimos averiguar que o consumo de energia retraiu ao mesmo patamar de 2016, aproximadamente 65,5 GWmédio de energia consumida no país todo. Podemos verificar também que o consumo vinha sempre em crescente, e teve uma queda abrupta em 2020, Figura 2, principalmente nos meses de março, maio e abril, Figura 1, o que nos leva a crer que está diretamente relacionado ao início da pandemia e quarentena no país.

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Figura 1: Carga Mensal no 1º semestre (GWmédio). Fonte: EPE.

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Figura 2: Carga de Energia no 1º semester. Fonte: EPE.

     Na figura 3, podemos observar a migração do consumo entre as classes de carga, podemos ver uma forte retração do comércio e indústrias, devido ao fechamento temporário dos shoppings, lojas, escritórios e fábricas, devido aos lockdowns e um leve aumento do consumo nas residências devido ao teletrabalho e ao maior aumento do tempo das pessoas em suas residências.

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Figura 3: Consumo por classe (janeiro-maio). FONTE: EPE.

ANÁLISE MACROECONÔMICA

Detalhe todos os indicadores macroeconômicos que possam auxiliar a sua análise.

     O Produto Interno Bruto, PIB, é um indicador que mede o fluxo de novos bens e serviços finais, segundo STOCKE. Na Figura 4, pode-se observar que o país tinha um PIB em decaimento, porém positivo, entre 1% e 2%, a partir do segundo trimestre, temos uma queda vertiginosa, provavelmente já em consequência da Covid-19, e começou a apresentar valores negativos. Olhando o último trimestre de 2020, podemos ver um indicativo de subida, após chegar em aproximadamente -4%, o que deve ser resultado das medidas de enfrentamento ao vírus, a vacina e restrição de circulação das pessoas.

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Figura 4: PIB do Brasil 2019 a 2020 - taxa acumalada em 4 trimestres. Fonte: IBGE.

     Outro indicador macroeconômico é a taxa de desemprego, na Figura 5, temos o a taxa em trimestres, esta vinha em queda até o último trimestre de 2019, em torno de 11%, e já nos primeiros meses de 2020, podemos observar ela crescendo até quase 15% no trimestre julho-agosto-setembro de 2020. A taxa de desemprego reflete não somente a quantidade de desempregados no país, mas também uma recessão de atividades econômicas, como é o caso do cenário estudado aqui.

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Figura 5: Taxa de Desemprego Trimestral. Fonte: IBGE.

     Por último, vamos analisar o IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que mede a inflação de um conjunto de serviços e produtos relativos ao consumo pessoal das famílias. O que podemos ver na Figura 6, extraída do IBGE, é uma deflação no início de 2020, o que pode causar certa estranheza, visto que comumente associamos crise econômica à inflação. Esta deflação mostra um desaquecimento do mercado, porém já em maio, vemos a inflação crescer até meados de dezembro de 2020, onde provalvemente devido aos esquemas de contenção, começa a cair novamente.

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Figura 6: IPCA em variação mensal. FONTE: IBGE.

ANÁLISE MICROECONÔMICA

Apresente como o impacto direto na oferta e demanda do setor e a estrutura de mercado a qual pertence são influenciadas pelos mercados interno e internacional.

     Sabemos que o consumo de energia está atrelado ao desenvolvimento socioeconômico de um país. As pessoas quando empurradas para linha da pobreza pelas altas taxas de desemprego tendem a ser inadimplentes com suas contas de luz, voltam até mesmo a utilizar fogão a lenha e luz de velas. Na pandemia, ocorrereu um efeito cascata na economia que refletiu no consumo de energia do país. A partir do momento que o governo iniciou a quarentena, houve fechamentos de grandes centros de consumo de carga, posteriormente, houve demissões, aumentando a taxa de desemprego e empurrando as pessoas para a linha da pobreza, e mais uma vez a dimuição o consumo de carga das residências. Ainda que, quando olhamos a Figura 3, possamos identificar o aumento percentual do consumo no setor residêncial, justificado pelo teletrabalho, ele não faz frente a retração dos outros setores

     Na figura 7, vemos o como o consumo de energia do país decaiu ao longo do primeiro semestre de 2020, principalmente quando observamos que os números ficavam muito próximos entre 2018 e 2019, anos sem a pandemia.

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Figura 7: Consumo (MWh). Fonte: CLARKE.

     Nas figuras 8 e 9, fazemos o comparativo entre as curvas de carga de 1 dia de abril de 2019 frente a 1 dia de abril de 2020 e de 1 dia de abril de 2018 frente a 1 dia de abril de 2019, respectivamente. É fácil de perceber que a curva de 2020 é completamente desacoplada da de 2019 enquanto a de 2018 é muito similar. Segundo CLARKE, nos primeiros cinco meses de pandemia, a energia não consumida no país como um todo, olhando apenas para o ambiente das distribuidoras, não levando em consideração os consumidores livres, conseguiria abastescer o estado da Bahia por um mês inteiro.

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Figura 8: Curva de demanda horária de 1 dia de abril de 2019 x 1 dia de abril de 2020. FONTE: CLARKE.

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Figura 9: Curva de demanda horária de 1 dia de abril de 2018 x 1 dia de abril de 2019. FONTE: CLARKE.

CONCLUSÃO

Apresente uma conclusão justificando a sua análise.

     Diante do que foi apresentado no presente trabalho, podemos concluir que a pandemia do Covid-19 causou impacto no setor elétrico, com redução do consumo e consequentemente da geração, visto que você só produz se houver consumo. Sendo assim, as geradoras tiveram uma receita menor do que o projetado.

     Ainda assim, a ANEEL liberou para operação comercial algo em torno de 3GW de potência instalada em 2020, (ANEEL). Estas usinas já estavam em obra anteriormente e conseguiram finalizar as obras, apesar da crise, pois assim teriam seus prazos, junto a bancos, a própria ANEEL e ONS pactuados.

     É esperado que o setor elétrico se recupere gradativamente e se reorganize financeiramente, lembrando que a conta será paga cedo ou tarde pelos consumidores.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Cite as fontes de consulta utilizadas de acordo com a ABNT.

ESFERA ENERGIA. Dos primórdios ao Mercado Livre: a história da energia elétrica no Brasil. Esfera Energia, 16 de mai. 2021. Disponível em: <https://esferaenergia.com.br/blog/historia-energia-eletrica-brasil/>. Acesso em: 18 abr. 2022.

EPE. BALANÇO COVID-19, Impactos nos mercados de energia no Brasil - 1º semestre de 2020. EPE, 2020. Disponível em: <https://www.epe.gov.br/sites-pt/publicacoes-dados-abertos/publicacoes/PublicacoesArquivos/publicacao-500/Balanco_Covid-19%20-rev.pdf>. Acesso em: 18 abr. 2022.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais/9300-contas-nacionais-trimestrais.html?=&t=series-historicas>. Acesso em: 18 abr. 2022.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em: <>. Acesso em: 18 abr. 2022.

IBGE – INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/precos-e-custos/9256-indice-nacional-de-precos-ao-consumidor-amplo.html?t=series-historicas>. Acesso em: 18 abr. 2022.

CLARKE ENERGIA. Um ano de pandemia: o que mudou no setor elétrico?. Clarke Energia, 17 de mar. 2021. Disponível em: <https://clarke.com.br/um-ano-de-pandemia-o-que-mudou-no-setor-eletrico/>. Acesso em: 18 abr. 2022.

PARANOA ENERGIA. Aneel libera para operação mais de 3 mil MW. Paranoa energia, 3 de jul. 2020. Disponível em: <https://www.paranoaenergia.com.br/o-que-se-diz/2020/07/03/aneel-libera-para-operacao-mais-de-3-mil-mw/>. Acesso em: 18 abr. 2022.

STOCKER, Fabricio. Economia Empresarial. FGV.

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