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Atividade Individual Economia Empresarial

Por:   •  26/2/2023  •  Trabalho acadêmico  •  2.905 Palavras (12 Páginas)  •  131 Visualizações

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Atividade individual

        

Matriz Análise de oferta e demanda e o seu impacto nos negócios

Aluno: Rodrigo Pinho Pires de Moraes

Disciplina: Economia Empresarial

Turma: 1122-30

INTRODUÇÃO

Apresente o setor econômico escolhido e fala sobre o seu trabalho em linhas gerais.

A construção civil é um dos principais setores econômicos de um país. No Brasil, em 2017, ela chegou a representar 34% do total da indústria, sendo responsável por 6,2% do PIB. Dentre seus inúmeros segmentos, as obras de infraestrutura são responsáveis pelo maior valor agregado econômico. Obras viárias, portuárias, ferroviárias, habitacionais, dentre outras promovem o crescimento da economia, emprego e, muitas vezes, ditam o termômetro econômico do país.

Em 2020, com o início da pandemia da Covid-19, a construção civil sofreu com uma série de impactos, necessitando adaptabilidade para continuar produzindo. Desde a redução de demandas e lançamentos de novos produtos até a continuidade de projetos. Passando ainda pela desvalorização do valor das construtoras e incorporadoras na bolsa de valores do Brasil B3.

Novos métodos de produção e convivência ditaram o chamado “novo normal”, fazendo com que as empresas e obras se adaptassem à essa nova realidade de lockdown, distanciamento e higiene pessoal.

E muitos reflexos como aumento dos preços dos insumos, aumento da taxa básica de juros, inflação, acesso a crédito com financiamentos e perda do poder de compra e venda vieram à tona.

Em contrapartida, vimos um comportamento peculiar no setor da construção civil indo na contramão do resultado geral do Brasil, provocado pelo aumento da produção, aumento de vendas dos imóveis, geração de empregos, renda e desenvolvimento social.

Por fim, é inegável a importância e relevância do setor para o PIB do Brasil, que mostra seu potencial para alavancar e reverter esse período anormal vivido durante mais de dois anos, trazendo um resultado acima da economial nacional.


CONTEXTO DO SETOR

Apresente número e índices relacionados à oferta, à demanda, à produção e aos demais indicadores necessários à contextualização.

Desde 2019, período pré pandemia, a construção civil tem impulsionado o resultado econômico do país. Com um papel importante no desenvolvimento econômico e social, o setor mantém uma projeção de crescimento consistente e positiva, inclusive para 2023.

Há três anos, o potencial econômico da construção civil supera o resultado nacional. Contrariando as expectativas com relação à pandemia, o poder de crescimento do setor, puxado pelo mercado imobiliário e a demanda habitacional, prevê continuidade nessa evolução.

Em 2020, com o início da pandemia, o setor foi impactado com reduções da carga horária de trabalho, paralização de obras, adaptação para o sistema homeoffice (em escritórios), desvalorização do real, redução de salários, alta da taxa básica de juros (Selic), aumento da inflação e, consequentemente, aumento de preços de insumos. E além disso, ainda tivemos os impactos sanitários como distanciamento social, melhorias nos ambientes corporativos com sanitizações e uso de máscaras e álcool em gel.

Todos esses impactos foram mais significativos para empresas menores que não se viam preparadas para lidar com os impactos econômicos. Com a determinação do Ministério da Saúde e Anvisa de se permitir apenas o funcionamento de serviços essenciais, muitas dessas construtoras e incorporadoras tiveram que encerrar as atividades por não terem capital de giro e não conseguirem adequar às restrições sanitárias dos órgãos federais.

Como reflexo dessas paralizações e isolamento no Brasil e no mundo, viu-se que as consequências poderiam ser catastróficas. O aumento da inflação, a falta dos insumos, atraso nas entregas das matérias-primas foram determinantes para a baixa produção. Essa, vinculada a “alta demanda, somada à desvalorização do real encareceu os materiais. ”.

Em 2021, com as revisões sanitárias implantadas e as readequações na forma de trabalhar, o cenário da construção civil mudou. Indicadores na época, mostravam que:

  • “10% dos trabalhadores brasileiros são empregados da construção civil
  • 9% de todos os tributos são gerados pelo setor
  • 7% do PIB Nacional é oriundo da construção civil
  • 62 atividades econômicas da indústria nacional são movimentadas pelo setor” (ABARINC, 2021).

A partir das figuras abaixo, percebe-se a importância da construção civil para o PIB do país. Desde 2021, já com os reflexos da pandemia, o setor sempre esteve num crescimento acima do resultado nacional. Essas variações positivas se dão por conta da flexibilização das restrições sanitárias, planejamento nos lançamentos de novos empreendimentos e obras, adequação nas compras com estoque mínimo necessário, aumento das vendas e aumento da produção. O crescimento, além de ser positivo para o setor, impulsiona “áreas importantes para o desenvolvimento urbano. A construção de mais moradias diminui o déficit habitacional, a ampliação do saneamento básico melhora as condições de saúde da população e a expansão da mobilidade urbana oferece praticidade ao cotidiano”.

Figura 1 – Variação % PIB Brasil x Construção Civil

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Figura 2 - PIB Contrução Civil

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Mas outro importante fator para as adversidades financeiras para as empresas foi a taxa Selic. Como mostra a figura abaixo, desde o início da pandemia, o índice descescia até atingir o patamar de 2% em setembro/2020. Essa redução provocou aumento da busca por crédito e financiamentos. O que futuramente viria a se complicar com aumento dos preços, escassez de produtos, insumos e aumento da inflação, atingindo um pico de 10,74% acumulado, conforme a figura 4. E para tentar controlar isso, o Banco Central se viu obrigado a aumentar a taxa de juros, subindo até o patamar de 9% no fim de 2021. Ainda assim, o resultado foi visto como positivo para as construtora e incorporadoras, com um bom desempenho nas vendas e lançamentos.

Figura 3 – Taxa Selic

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Figura 4 - Inflação

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E com relação ao desemprego, que apesar de em 2021 atingir o ápice de 14,2% do total da população, o ano também apresentou início da queda. A partir de julho, o número de desempregados começou a cair, influenciado também pela construção civil. É certo que mesmo em 2020 com a pandemia, a criação de vagas na construção não parou. Mas foi em 2021 que esse valor atingiu um potencial de mais de 957 mil postos.

Figura 5 - Criação de empregos na construção civil

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Em 2022, o setor da construção civil teve um resultado novamente acima do nacional, superando patamares pré-pandemia, conforme figura 6. Num contexto acumulado, vê-se que o PIB do setor cresceu 10,5% até o terceiro trimestre de 2022, contra 2,6% do país.

Figura 6 - PIB Brasil x PIB Construção Civil

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Com relação à Selic, pode-se encarar o resultado como positivo, uma vez que apesar de a taxa continuar crescendo, atingindo 13,75% em agosto, no ano o aumento foi menor que em 2021. Esse aumento foi um importante e fundamental ação do governo para controlar a inflação. É certo que no ano houve o ápice do índice. E certo também que a partir de junho esse valor iniciou a cair, chegando a um nível de 5,79% em dezembro. Vale ressaltar ainda que de agosto a outubro o IPCA teve deflação, puxada pela queda nos preços de energia e combustíveis. Essa queda fez que com que o país se destacasse no mercado internacional, sendo uma das economias emergentes com menor inflação e com uma projeção de crescimento do PIB.

Nesse ano, o mercado formal apresentou um saldo positivo de 665 mil vagas de trabalho criadas. Esse número mostra como o setor se comportou desde o início da pandemia, cuidando dos colaboradores, investindo nos cuidados conforme regulamentações sanitárias, impulsionando a economia, gerando valor, renda e desenvolvimento social.

Além disso, em 2022, o governo promoveu um estímulo para o financiamento do programa Casa Verde Amarela (CVA). Se trata de aumentar o incentivo do programa para melhorar as condições nos subsídios. Com o aumento dos preços dos insumos, muitas empresas se viram obrigadas a encerrarem as operações ou abandonarem o programa, o que traria muito prejuízo para a economia. Assim, permitiu-se que mais pessoas pudessem se enquadrar no programa, promovendo uma aceleração na demanda e oferta.

Figura 7 - Vendas x Lançamentos

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Em 2023, “a indústria da construção prevê um crescimento de 2,5%”. As perspectivas são positivas para o setor, uma vez que o setor habitacional poderá ter revisão no programa Minha casa, Minha vida (MCMV), e também tem-se expectativa de que os investimentos passem também pela infraestrutura e obras públicas. Mas para isso, é fundamental que o setor se paute em alguns pilares de desenvovimento, como: produtividade, competitividade, sustentabilidade e desenvolvimento social. “É prioritário que o nosso setor seja mais produtivo, que a competitividade setorial aumente e, para isso, é preciso do desenvolvimento tecnológico. Para ter desenvolvimento tecnológico, é preciso capacitar, inovar, incorporar muita tecnologia de gestão” (CBIC, 2022).

A promoção de novas vagas de trabalho também puxa o resultado para cima. Com mais de meio milhão de empregos desde 2020, período pandêmico, o setor civil se consolida cada vez mais no resultado a nível nacional.

Por sua vez, os preços dos insumos e custo das contruções continuam em patamares elevados, mesmo com uma desaceleração do IPCA e das alíquotas de importação de algumas matérias primas como o aço, por exemplo.

Figura 8 - Aumento no preço de insumos

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