Escolas do Pensamento Contábil
Por: Rafael Bernardo • 21/11/2018 • Resenha • 600 Palavras (3 Páginas) • 365 Visualizações
Resumo – Escolas do Pensamento Contábil
Pode-se considerar que a Contabilidade tem seu surgimento desde os primórdios da humanidade, onde o homem, por meios primitivos, fazia o registro dos seus bens e/ou rebanhos diariamente. Mas ainda não como uma ciência propriamente dita. Sendo a contabilidade uma ciência social, como é hoje conhecida, sua evolução segue a evolução da sociedade. Assim sendo, por volta de 1228 surgem as primeiras referências ao que seria a contabilidade e alguns primeiros métodos que foram formulados por meio de experiências de estudiosos, em grande maioria matemáticos (onde podemos citar Leonardo Fibonacci, Ibn Taymiyyah e o Frei Luca Pacioli), ou seja, de forma empírica. Com o passar dos anos e a constante evolução da sociedade, surgem as primeiras tentativas de dar base, por meio de um objeto de estudo, à Contabilidade, de forma que ela pudesse ser considerada uma ciência propriamente dita. Estas tentativas traduzem-se nas Escolas do Pensamento Contábil, que veremos, de forma condensada, a seguir. Por volta do século XV tivemos a 1ª Escola do Pensamento Contábil, que foi a Escola Contista. Para os contistas, a contabilidade era tida como uma ciência de contas e escrituração. Sua ideia principal foi o mecanismo de contas (assim como o funcionamento destas), subordinado ao modelo escrituração. Ou seja, a contabilidade deveria voltar seu olhar diretamente para o processo de registro destas contas, desconsiderando a operação em si. É importante ressaltar que nesta se trabalhou pela primeira vez com a noção da entidade, ou seja, com a assertiva que diz respeito a separação do patrimônio da entidade ao patrimônio do proprietário. Em reação ao contismo, por volta da segunda metade do século XIX (1867) surge a Escola Personalista. Esta escola dá personalidade às contas para, assim, ter base para explicar as relações de direitos e obrigações, ou seja, as contas deveriam ser abertas tanto para pessoas físicas quanto para jurídicas, assim sendo, o dever e o haver representariam os débitos e créditos destas pessoas. O foco deveria ser a “personalidade jurídica” das contas, e não o fato contábil propriamente dito. Por volta de 1880 surge, em oposição ao personalismo, a Escola Veneziana, ou Controlista, tendo como um dos seus maiores nomes o contabilista Fabio Besta. Nesta, era difundida a ideia de que o objeto de estudo da contabilidade deveria ser o controle econômico, o controle da riqueza. Para esta escola, os balanços, demonstrações de resultado, contas, orçamentos, etc. representariam uma forma de controle e análise da riqueza das entidades. Mais à frente com a “queda” do Controlismo surge a Escola Aziendalista, tendo como grandes estudiosos Gino Zappa e, novamente, Fabio Besta. De início, devemos saber que Azienda significa Fazenda, ou Empresa. Com base nisso, fica de melhor entendimento o que esta escola defendia, que era a premissa de que a Contabilidade deveria ocupar-se da demonstração dos fatos da gestão, da sua organização e administração, e não se resumir apenas a um simples método de registro. Muito por isso esta escola é considerada como a precursora da Contabilidade Gerencial. Seguindo, temos a Escola Patrimonialista, surgida, primeiramente, em 1923 e mais especificamente em 1926, que teve como grande expoente o contabilista italiano Vincenzo Masi. Para os patrimonialistas, o objeto de estudo da contabilidade deveria ser o patrimônio e defendiam que a contabilidade é uma ciência social. Nesta é apresentada os conceitos de Estática Patrimonial (representação do patrimônio no seu aspecto estático) - Balanço Patrimonial – e de Dinâmica Patrimonial (representação da obtenção e emprego de capitais) - Demonstração de Resultados.
...