Resumo Sobre a Crise Pontocom
Por: Ellen Maria • 19/5/2019 • Resenha • 644 Palavras (3 Páginas) • 430 Visualizações
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Ciências Contábeis
Ellen Maria Rodrigues de Souza
Data: 27/04/19
A crise das pontocom
A bolha começa a se formar lá por 1997. O termo "bolha" é um apelido dado pelos próprios acionistas em referência ao superaquecimento do mercado. O sentido é que uma bolha costuma crescer e inflar, porém, também pode explodir. Empresas online começaram a valer demais, muitas empresas como MSN-Hotmail, Yahoo, Google (que cresce muito até hoje em dia) somaram lucros absurdos com o crescimento da bolha. O mercado virtual não parava de inflar e novas empresas, ONGs, políticos, e tantos outros acabaram também invadindo o mundo tecnológico. Nessa época, a internet era considerada um mercado amplamente promissor e sem fim. Justamente pela supervalorização do meio na época, ocorreu uma falsa ideia de que o setor traria uma quantidade de lucro ilimitada. Com isso, muitas empresas passaram a ter seus próprios espaços na internet. A imagem do e-commerce era de que no futuro as empresas iriam conquistar lucros extraordinários e incalculáveis.
Essa supervalorização de empresas que nem eram tudo isso e os investimentos feitos por ricaços que ignoraram conceitos básicos de economia foram inflando a bolha do mercado online cada vez mais. Os investidores, levando em consideração a alta confiança do mercado no setor, bem com os lucros futuros, acabaram apostando nas companhias "ponto com" sem analisar os métodos tradicionais de avaliação dos ativos. A baixa taxa de juros também incentivou muitos empresários com projetos promissores a expandirem suas ideias para investidores. O negócio, na época, parecia sim a melhor alternativa de conquistar lucro.
Em 30 de março, a Nasdaq acumulava "só" 6 trilhões e 2 bilhões de dólares. Em 6 de abril? 5,78 trilhões. É isso aí: em menos de um mês, quase um trilhão de dólares foi pelo ralo pela desvalorização, que no total foi de 75%. Até hoje e com os valores corrigidos, a Nasdaq não chega nem perto de atingir o índice recorde do estouro da bolha. O que, vendo o que aconteceu, é uma boa notícia. A série Bull, da TNT, tentou mostrar esse mercado na época, mas foi cancelada antes do fim da primeira temporada.
O que parecia ir muito bem, um dia chegou ao fim. Especialistas no assunto dizem que a corrupção corporativa foi um dos principais fatores para o fim do evento, já que muitas empresas acabaram se envolvendo em fraudes, tendo, inclusive, que esconder dívidas no balanço final. Também foram apontados outros fatores para o estouro da bolha, como os altos gastos para a transição da virada do milênio, já que muitas empresas contavam com os equipamentos necessários e ainda os maus resultados das varejistas online na temporada de Natal de 1999. Por fim, quando o mundo se deu conta que a internet não era uma fonte ilimitada de lucros e que as projeções poderiam não ser reais, o valor das ações começou a diminuir. Com essa queda acentuada e sem perspectivas de alta, muitas empresas acabaram falindo.
A gente tem três tipos de empresas nesse período. Tem aquelas que perderam tudo e deixaram de existir. As que ficaram na beira do abismo, se salvaram e seguiram funcionando. E as que souberam aproveitar o período e ficaram ainda maiores. Entre as do meio-termo, dá para citar o Yahoo!, que já teve a história contada por aqui. A empresa tinha tudo para virar uma gigante, mas fez uma série de decisões questionáveis inclusive pré-bolha, tipo comparar a empresa de rádio online Broadcast.com por 5 bilhões de dólares e descontinuar ele três anos depois. O investidor Fred Wilson, que ajudou a financiar empresas da bolha, tem uma teoria bem curiosa. Ele diz que o estouro dessas crises na verdade é uma coisa boa. Isso porque alguns dos gastos descontrolados são bem feitos e deram origem a empresas boas, softwares de qualidade e aumentaram a infraestrutura da internet. Foi um sacrifício enorme, mas por uma boa causa.
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